Desde há uns anos que faço Lisboa Amesterdão com frequência. No início apenas voavam TAP e KLM, as dita companhias de bandeira e as usadas amiúde pela elite pequeno-burguesa. Os preços dos bilhetes eram caríssimos pois rondavam os 500 euros, e raramente se viam pessoas com dificuldades financeiras. Veio a "vil concorrência" e hoje temos adicionalmente na mesma rota a Vueling, Level, Transavia e a easyJet. Hoje os emigrantes com poucas posses e os jovens podem fazer a mesma viagem ida e volta por menos de 100 euros, sem perda de segurança. Claro que a TAP para poder acompanhar o mercado foi forçada a ser mais eficiente e competitiva, baixando os preços e a qualidade do serviço que providenciava, o que deixou indignada a pequeno-burguesia, pois agora tem de partilhar a aeronave com pessoas com cheiros desagradáveis (ouvi isto diretamente de um pequeno-burguês de esquerda). Mas será que os passageiros ficariam minimamente afetados com a extinção da TAP? Reparemos, por exemplo, que a PT, outrora empresa pública, praticamente faliu uns anos após a privatização; e ficámos por isso sem comunicações ou com problemas associados? Pelo contrário, o número de cidadãos com acesso à Internet ou com acesso a telefones móveis subiu substancialmente. Faliu também a Cimpor? Sim, e alguma obra parou por falta de cimento? Os estaleiros navais de Viana do Castelo faliram? Sim, e alguma viagem marítima deixou de ser feita por falta de barcos? Ficámos com problemas elétricos desde a privatização da edp? Já na Venezuela falta a luz todas as semanas (sabotagem, diz o camarada Maduro)! A total extinção da TAP não acarretaria qualquer problema para os passageiros nem para o mercado. As rotas que a TAP faz que têm procura seriam imediatamente suplantadas por outras companhias. Os EUA têm centenas de companhias aéreas, por lá fazem-se milhares de voos diários para os mais variados destinos, e não há nenhuma empresa que seja pública. As companhias de "bandeira" são um legado decrépito, anacrónico e muito oneroso para o erário público que remonta dos anos 1950, basta ver que a TAP foi criada ainda no Estado Novo.
Sr. Contribuinte, está disposto então a pagar mais 1000 milhões de euros (100€ por cidadão) para salvar mais esta empresa "estratégica"? A dita companhia "de bandeira", que praticamente não voa para o Porto porque alegadamente a rota não é rentável, quando um dos argumentos para a empresa ser deficitária é exactamente o de providenciar "a coesão territorial" em rotas não rentáveis; considerando ademais que a empresa que nos últimos anos mais voou para o Porto foi a privada Ryanair, na dita rota que a empresa pública TAP diz não ser rentável? Está disposto Sr. Contribuinte a ser roubado e gozado de forma descarada e desavergonhada? Na Ryanair um piloto aufere cerca de 2600 euros por mês, enquanto na TAP esse valor ultrapassa os 8500 euros por mês. É isto, prezado Sr. Contribuinte, que você vai salvar com os seus impostos: uma empresa essencialmente "estratégica"! A iliteracia económica dos cidadãos é tal, que a esquerda obterá sempre créditos através da ignorância crónica do povo no que concerne aos assuntos económicos, pois a esquerda defenderá sempre a velha máxima demagógica e falaciosa de que "o que é nacional e de todos é bom".
Sr. Contribuinte, está disposto então a pagar mais 1000 milhões de euros (100€ por cidadão) para salvar mais esta empresa "estratégica"? A dita companhia "de bandeira", que praticamente não voa para o Porto porque alegadamente a rota não é rentável, quando um dos argumentos para a empresa ser deficitária é exactamente o de providenciar "a coesão territorial" em rotas não rentáveis; considerando ademais que a empresa que nos últimos anos mais voou para o Porto foi a privada Ryanair, na dita rota que a empresa pública TAP diz não ser rentável? Está disposto Sr. Contribuinte a ser roubado e gozado de forma descarada e desavergonhada? Na Ryanair um piloto aufere cerca de 2600 euros por mês, enquanto na TAP esse valor ultrapassa os 8500 euros por mês. É isto, prezado Sr. Contribuinte, que você vai salvar com os seus impostos: uma empresa essencialmente "estratégica"! A iliteracia económica dos cidadãos é tal, que a esquerda obterá sempre créditos através da ignorância crónica do povo no que concerne aos assuntos económicos, pois a esquerda defenderá sempre a velha máxima demagógica e falaciosa de que "o que é nacional e de todos é bom".
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