Quero deixar bem vincado que nestes tempos de pandemia valorizo muito, não o SNS em particular pois não passa de uma sigla, mas os médicos, os enferimeiros e todo o pessoal que tem auxiliado os enfermos a superar esta crise de saúde pública. Quem resolve os problemas são as pessoas, não as instituições per se, pois as segundas em última análise são compostas pelas primeiras. Contudo, e aí vem a adversativa, com a tele-escola precisamos mesmo de 150 mil professores? Não bastaria um por cada disciplina e ano lectivo, o melhor de todos, e depois para dúvidas usar-se-ia fóruns ou aulas de dúvidas, aliás como já acontece nas universidades com aulas teóricas e práticas? E os funcionários do estado que fazem atendimento ao público quando presentemente as repartições estão fechadas? E os auxiliares de educação, o que fazem com as escolas fechadas, auxiliam o professor no acesso à Internet? E os funcionários das cantinas escolares que não estão adjudicadas a empresas externas, estão a fazer comida para fora? E os funcionários da ASAE com os restaurantes fechados, inspecionam a higiene e segurança na casa dos portugueses? E os funcionários dos tribunais, auxiliam julgamentos por vídeo-conferência? E os funcionários do INEM quando houve um decréscimo acentuado no número de chamadas e ocorrências? E o parlamento com 1/3 dos deputados? Não há um único funcionário público em layoff, nem sequer apenas um. Quando perguntados os serviços o que estão a fazer nesta época de pandemia, dizem-nos imediatamente que "estão a fazer uma série de coisas úteis", tipo responder requerimentos por email em teletrabalho. Não seria da mais elementar racionalidade orçamental em época de pandemia, poupar recursos em áreas supérfluas do estado e alocá-los para os hospitais? Tivesse a Padaria Portuguesa o Orçamento de Estado a suportá-la, e os seus funcionários estariam todos na cozinha a fazer pão para fora ou a responder a dúvidas e requerimentos por email.
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