O caso mais recente da "barracada" socialista no que concerne à encomenda de golas inflamáveis para proteção das populações, é o resultado de termos abandonado de vez a tecnocracia (poder aos técnicos) e termos entregado o país à escumalha mais inútil e incompetente, cuja única característica é ter o sangue dos membros sediados no largo do rato, e para quem a única exigência na política se resume à retórica, ao marketing junto da comunicação social e à arte de encantar corações. Basta ver a purga que o PS fez na Proteção Civil colocando gente sua formada em desporto e história a comandar operações de combate aos fogos e como isso se pagou muito caro com vidas humanas. O aldrabão-mor Costa preferiu, numa matéria tão crítica como a proteção de vidas humanas, a lealdade à competência; preferiu conter as fugas de informação para a comunicação social a conter os fogos. Se exigimos mil e um requisitos técnicos a um piloto de aviação civil, a um médico ou até um electricista, porque raio nos deixamos governar por esta escumalha incompetente e analfabeta funcional? Da próxima vez que o ministro Cabrita tiver de ser operado às cataratas, talvez não seja má ideia que o cirurgião seja um irmão socialista licenciado unicamente em Direito; e no próximo voo que Carlos César efetuar até aos Açores, recomenda-se também que o critério principal para escolher o comandante da aeronave sejam os laços de consanguinidade com o líder socialista.
Este é o motivo principal pelo qual Sócrates, o Ateniense e não o Beirão, nunca acreditou na Democracia. Na República, Volume VI, através da pena de Platão, Sócrates dá o exemplo do navio que passa pela tempestade: deverá o comandante ser eleito pelos marinheiros e tripulação ou ser aquele com maior competência para pilotar o navio? No caso do modelo democrático, além de se perder tempo na escolha do melhor piloto para a embarcação que atravessa a tempestade, teríamos, de acordo com Sócrates, um debate técnico em torno de matérias tão complexas como a navegação marítima, a qual a tripulação pouco ou nada compreende, deixando-se levar unicamente pela pathos (emoção) discursiva. Sócrates ainda nos dá o exemplo da escolha entre dois candidatos, onde um seria um vendedor de doçarias, enquanto o outro seria um técnico que mais não faria do que explicar detalhadamente como funciona determinado processo, ou seja, o primeiro encantava a audiência qual publicitário enquanto o segundo com o seu discurso complexo e elaborado diria a verdade, independentemente do sentimento da audiência. O primeiro seria naturalmente o escolhido. Hoje em dia nas mais variadas tarefas da nossa vida, não escolhemos o modelo democrático. O piloto do avião que nos leva a casa não é o eleito pelos passageiros, mas o que é competente; o médico que nos opera não é o eleito pelos doentes, mas o que está inscrito na ordem dos médicos e os engenheiros civis que fazem os cálculos para as habitações, não são os eleitos pelos residentes, mas aqueles que têm um curso superior na respetiva área. Há apenas um domínio onde a competência do indivíduo é completamente desprezada: a gestão de um país. Infelizmente, Sócrates, o Ateniense, parece que tinha razão.
Este é o motivo principal pelo qual Sócrates, o Ateniense e não o Beirão, nunca acreditou na Democracia. Na República, Volume VI, através da pena de Platão, Sócrates dá o exemplo do navio que passa pela tempestade: deverá o comandante ser eleito pelos marinheiros e tripulação ou ser aquele com maior competência para pilotar o navio? No caso do modelo democrático, além de se perder tempo na escolha do melhor piloto para a embarcação que atravessa a tempestade, teríamos, de acordo com Sócrates, um debate técnico em torno de matérias tão complexas como a navegação marítima, a qual a tripulação pouco ou nada compreende, deixando-se levar unicamente pela pathos (emoção) discursiva. Sócrates ainda nos dá o exemplo da escolha entre dois candidatos, onde um seria um vendedor de doçarias, enquanto o outro seria um técnico que mais não faria do que explicar detalhadamente como funciona determinado processo, ou seja, o primeiro encantava a audiência qual publicitário enquanto o segundo com o seu discurso complexo e elaborado diria a verdade, independentemente do sentimento da audiência. O primeiro seria naturalmente o escolhido. Hoje em dia nas mais variadas tarefas da nossa vida, não escolhemos o modelo democrático. O piloto do avião que nos leva a casa não é o eleito pelos passageiros, mas o que é competente; o médico que nos opera não é o eleito pelos doentes, mas o que está inscrito na ordem dos médicos e os engenheiros civis que fazem os cálculos para as habitações, não são os eleitos pelos residentes, mas aqueles que têm um curso superior na respetiva área. Há apenas um domínio onde a competência do indivíduo é completamente desprezada: a gestão de um país. Infelizmente, Sócrates, o Ateniense, parece que tinha razão.