Caso o Primeiro-Ministro António Costa tivesse optado por vender o BANIF em 2016, altura em que entraram novas regras comunitárias para resgate de bancos insolventes, a carga para os contribuintes seria menos 1,3 mil milhões de euros, em comparação com o resgate que se efetuou em dezembro de 2015. Assim aparenta ser pelas minhas contas, tendo em consideração as declarações do ministro Mário Centeno no Parlamento.
Não me parece que tenha havido corrupção ou favorecimento na venda do banco, mas foi claramente uma opção política, que lesou os contribuintes em 1,3 mil milhões de euros. Caso se tivesse esperado uma semanas, entraria em vigor a nova diretiva comunitária com novas regras para o resgate de bancos insolventes, regras essas que fazem uso das parcelas dos depósitos acima de cem mil euros, para a recapitalização dos bancos. Tendo em consideração as declarações do ministro da finanças Mário Centeno no Parlamento, existem 7411 depósitos acima de cem mil euros, tendo esses depósitos um montante médio de 283 mil euros. Aritmética da mais elementar e conclui-se que, de acordo com as novas regras comunitárias, os contribuintes pagariam menos cerca de 1,3 mil milhões de euros pelo resgate do BANIF ((283.000-100.000)*7411).
Foi esse o montante que António Costa imputou aos contribuintes, por opção política. Colocou, de facto, cada português a pagar 130 euros, para salvar a parcela acima de cem mil euros de 7411 depositantes. A isto denomino de socialismo financeiro.
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