Cruzamento da segunda circular com o eixo norte-sul, imagem do Google |
Noticia o jornal Público, que a Câmara Municipal de Lisboa prevê efetuar obras de requalificação para a segunda circular, todavia o presidente da câmara apenas adianta expressões totalmente vagas e pouco claras sobre os detalhes do projeto, como por exemplo o objetivo de tornar a segunda circular "próxima do conceito de boulevard". Feita uma análise técnica mais detalhada, conclui-se que na realidade a segunda circular é, de facto e para efeitos técnicos, praticamente uma autoestrada. Não recebe a denominação de autoestrada por questões essencialmente políticas.
Analisemos então as características desta circular urbana, do ponto de vista estritamente técnico:
- a segunda circular não tem semaforização nem qualquer tipo de interrupção, como passagens para peões, o que no meio de uma cidade é muito pouco urbano,
- tem duas faixas, uma em cada sentido, tendo cada faixa três vias de trânsito,
- tem ainda em algumas zonas vias laterais de emergência,
- tem separador central entre as duas faixas, ao longo de todo o seu trajeto,
- tem velocidades que não se enquadram dentro das velocidades que o Código da Estrada consagra para meios urbanos,
- tem em algumas zonas barreiras laterais para evitar o acesso a peões ou animais,
- tem raios de curvatura condicentes com o desenho de uma qualquer autoestrada,
- tem interseções com outras vias rápidas, que se enquadram no desenho de uma autoestrada
- tem estações de serviço nas suas laterais.
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