De acordo com a neurociência e a psicologia evolutiva, a esquerda, ou seja o lado esquerdo do corpo controlado pelo hemisfério direito do cérebro, é, científica e simbolicamente falando, feminina, passional, criativa, compassiva, artística, literata, erudita e cultural. Pelo contrário, a direita, relacionada com o lado direito do corpo, que é controlado pelo hemisfério esquerdo do cérebro, é, nos mesmos pressupostos científicos e evolutivos, masculina, racional, analítica, especulativa, vigorosa e objetiva. Um matemático quando escreve um poema, faz uso da sua "esquerda", da mesma forma que uma poetisa, faz uso da sua "direita", quando executa um cálculo mental. O que nos define a todos é a nossa Humanidade, e em todos os seres humanos, existem componentes racionais e passionais, em diversos graus, independentemente do género. O conceito de esquerda e direita na política surge apenas com a Revolução Francesa, visto que no parlamento de então, os representantes o povo se sentavam à esquerda, e os da aristocracia à direita, e é um facto, que desde então, a esquerda sempre foi muito mais passional no seu ideário que a direita. A saudação Romana, que faz uso do alongamento vigoroso do braço direito, foi rebuscada pelo fascismo, enquanto os socialistas fazem uso do punho esquerdo estendido, enquanto cantam. A República sempre fez uso de iconografia feminina na sua propaganda, metodologia que o fascismo não seguiu. A maior simbiose destes dois pólos está na pessoa de Karl Marx, um dos maiores filósofos da história ocidental, tendo escrito um autêntico tratado político-económico, para o qual enveredou por uma dialética analítica, objetiva e racional, e que se tornou um dos pilares mestres da ideologia da esquerda.
Jamais podemos olvidar todavia que a Emoção, por muito importante que seja na vida do ser humano, nunca distorce a Verdade!
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