Economic growth and automobile in Europe

I research for the negative consequences of the automobile in societies for a certain time, and it may be evident to many individuals, that high motorisation rates - number of passengers cars per 1000 inhabitants - provoke inevitably more air pollution and noise, mainly in urban areas, more traffic injuries and fatalities, more sedentary life-style related deaths and less quality of urban space, with public space being allocated to parking spaces and roadway instead of leisure infrastructures such as gardens or open car-free squares.

Nevertheless the impact of the automobile in economy, mainly in Europe, has not been studied carefully. Many think, that high motorisation rates are good for Europe, because some European countries, such as Germany or France, produce automobiles. Nevertheless the recent European crises showed that actually, the high motorization rates are mainly positive for countries which have several car manufacturers, being thus able to export such cars to the other European countries. German or France are the biggest exporters of cars to several European countries. Countries such as Portugal, Spain or Greece, deprived from car industry, allocate several financial resources to car imports; for example in Portugal cars represent the second biggest import after fossil fuels, in-which the later serve mainly to run such cars.

In addition, Europe is 80% energy dependent, mainly on transports, which means that when an European buys a car, he or she, will spend huge amounts of financial effort in the future, to buy the fuel that runs such car, such fuel, being totally imported (there are very few exceptions in Europe, like Norway). It's not strange though that in Portugal one fifth of total imports are cars plus fuels.

I went then to Eurostat, the European statistics agency and I started to collect and relate some data.


It's not hard to understand the graphic above, as it comes with no big surprise, because as one on average tends to be richer, they tend more likely to acquire an automobile. Nevertheless I wondered if that applies also to economic growth, but the trend was interestingly the opposite.


If we consider Luxembourg (LU) as a statistic outlier due to its low population and surface, we have a clear trend on the graphic above over the almost one decade 2003-2012, concluding that high motorisation rates in the last years contributed to attenuate the economic growth. The explanation is not hard to understand, considering as said before the European continent has a very high dependency of fossil fuels. As more cars a certain country has, not having endogenous fossil fuels, all that energy which will serve to run the automobiles will be imported, affecting the country's commercial balance, prejudicing therefore the economic performance. In addition, the majority of European countries, like Portugal or Greece, do not have relevant car industries, importing not only the fuels but also the cars. Many of those countries also had enormous public expenditures in motorways, such road infrastructures serving basically the automobile, and many of those infrastructures in the last years were made either increasing taxes or with public debt, affecting therefore economic performance.

Edit: I remade the graphic considering only European countries whose population is greater than one million inhabitants, due to scale factors.

Da Europa, dos gregos e da crise

A grande questão que se coloca perante os novos tempos de mudança da política europeia, e mais precisamente a grega, é de saber em que ponto cada um se encontra no contraste ideológico entre a matemática financeira e os interesses do povo grego, e de uma forma mais geral, do povo europeu. Por um lado, devemos ser racionais e não nos deixarmos embrenhar por facilitismos da oratória repletos de sofismas e falácias argumentativas tantas vezes evocadas pela esquerda, e por outro lado, não podemos perder o nossa humanidade e como tal deixar de nutrir um sentimento passional e humanitário pelo próximo, ideários tantas vezes ignorados pela direita. Há muito tempo enquanto Filósofo, que tento procurar a Verdade, e não propriamente procurar a média ou o equilíbrio, entre a esquerda e a direita tradicionais.

Por um lado é verdade que os países sobre os quais recai o fardo da dívida pública, tiveram comportamentos do ponto de vista orçamental, desviantes e erráticos, usando a dívida não para fazer investimentos que promovessem o crescimento económico, mas tão-somente para despesas dúbias do ponto de vista económico, como autoestradas. Por outro lado, o serviço da dívida que cada um desses países paga, é um fardo pesado que impossibilita esse mesmo crescimento económico e por conseguinte o pagamento da dívida. Tal remete-nos para a velha e intemporal pergunta do foro ético-financeira, sobre a quem pode ser imputado responsabilidades perante um empréstimo com juros que não é cumprido, se ao devedor, se ao credor. Por um lado há devedores irresponsáveis, que usam o crédito fácil das economias de mercado para gastos completamente frívolos e sem qualquer retorno financeiro profícuo, como é o caso do crédito pessoal ao consumo; por outro lado, o credor fazendo uso muitas vezes da aflição dos devedores, pratica juros considerados pelo senso comum, como agiotas.

A Grécia, a Fundadora do pensamento ocidental

No caso grego, independentemente de poderem ser perdulários na forma como o Estado cobra receita fiscal, da corrupção endémica das elites, ou da forma cultural como cada um encara os impostos ou o dever público; denoto um sentimento primário em muitos cidadãos europeus, e muito particularmente nos portugueses, contra o povo desta ínclita nação. A Grécia representa em grande parte a fundação da Europa, tendo dado ao mundo a Democracia, a Filosofia e a Ciência ocidentais, o Teatro e grande parte da Arte, já para não falar de uma vasto número de verbetes do nosso dicionário. A própria palavra austeridade provém do grego e significa aproximadamente viver em retidão. Mais irónico ainda é atestar que a própria palavra Euro provém também do Grego, sendo o Euro na antiga Grécia o deus do vento do Leste, pois haviam deidades para cada vento proveniente de cada ponto cardeal. Por evolução linguística, a palavra Euro deu origem à própria palavra Europa. A Grécia é não só a raiz de um vasto conhecimento de que nos legou, como é a fundadora de uma grande parte dos valores ocidentais, essencialmente aqueles da era pré-cristã, muitos deles reacendidos com o Renascimento e com o Iluminismo. A Liberdade, a Democracia, a Arte, a Ciência, a Matemática, a Física, a Literatura, a Filosofia e até a forma como encaramos a nossa participação cívica nas cidades e nos estados, devemo-las em grande parte aos gregos.

Há todavia no mundo, um grupo de grandes membros do capital, que tendo vários ativos em fundos que por sua vez fazem investimentos em dívidas públicas de estados soberanos; que obtêm desses mesmos povos através da carga fiscal, enormes retornos de capital através dos juros. Interessa então perceber como funciona na realidade o mecanismo dos juros. Quando o leitor ouvir ou ler alguém na comunicação social falar em serviço da dívida, na prática esse alguém estará apenas a usar um eufemismo para se referir a juros. Os juros sempre foram ao longo da história milenar, e principalmente durante a era Cristã, encarados como uma prática menos própria e pecaminosa. Os cristãos estavam proibidos de os praticarem perante um empréstimo, sendo que os judeus, por não serem cristãos podiam fazê-lo abertamente. Assim, esta exceção aplicada aos povos semitas que viviam na Europa, permitiu-lhes ganhar bastante capital e riqueza, o que motivou discriminação e sentimentos de ódio étnico. A teologia escolástica proibia os juros, essencialmente porque não os considerava uma prática que estava de acordo com a palavra de Jesus, na medida que o credor, aproveitava-se da necessidade do devedor, para daí tirar lucro. O protestantismo, que de certa forma removeu a demonização do lucro, começou a tolerar a prática de juros como uma ferramenta aceitável numa economia de mercado, desde que fosse aceitável e não exagerado. Hoje a própria lei tipifica a usura não simplesmente como a prática de juros, mas como a prática de juros considerados elevados. Com o advir do sistema capitalista e da criação dos primeiros bancos na Europa, os juros começaram a ser uma ferramenta perfeitamente comum nas relações negociais de foro financeiro. Para alguns devedores os juros não trazem qualquer constrangimento, porque ao firmarem os seus negócios e cresceram em lucro e dividendos, conseguem pagar os juros e por sua vez irem abatendo o valor nominal do empréstimo.