Noticia o jornal Público que o número de venda de veículos ligeiros de passageiros - todos totalmente importados - cresceu 36% em 2014 face ao ano de 2013; tendo esse acréscimo sido de cerca de 37 mil unidades em 2014 a mais que em 2013. A um preço médio aproximado (apenas uma estimativa empírica) de 13 mil euros por veículo novo, desconsiderando impostos, temos apenas nesta parcela uma contribuição negativa para a balança comercial de cerca de 480 milhões de euros. Fica então explicada, também a outra notícia do Público, que refere que nos primeiros dez meses de 2014 o valor do saldo da balança comercial passou de 1260 para 694 milhões de euros (diferença de 566 milhões de euros) "por causa da subida das importações"; ou decifrando, por causa do aumento do número de novos veículos vendidos.
A equação macro-económica que os nossos políticos e economistas precisam de decifrar é simples. Queremos promover o crescimento económico e aumentar as receitas fiscais, financiando assim o Estado Social, unicamente através do consumo de bens unicamente importados, que por sua vez consequentemente agravam o nosso défice externo e deterioram a nossa balança comercial?
Na chamada década perdida (2000-2010), em que tivemos um crescimento médio de cerca de 0,2% do PIB, o número da venda de veículos não parou de sucessivamente aumentar a cada ano.
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