O rei português que nunca existiu, é apresentado nesta série como um velho decrépito, senil, caricatural, sexualmente glutão e proferindo umas palavras que se assemelham a Espanhol |
Longe de mim ser muito nacionalista, mas não soube se haveria de rir ou chorar perante o que hoje assisti. Dir-me-ão que por certo é assunto menor que nem deveria ser abordado, todavia parece-me relevante mencioná-lo neste espaço.
Tenho acompanhado de perto uma série televisiva algo famosa denominada os Tudor que tem das melhores opiniões da crítica internacional, e milhares de espectadores na televisão e Internet, essencialmente no mundo anglófono. A série, que segundo consta é fidedigna à história da época em questão, foi transmitida pela BBC, pelo canal público português (RTP), ganhou vários prémios televisivos e só nos EUA esta primeira sessão teve 870 mil espectadores.
Na dita série, no episódio quarto da primeira sessão, Henrique VIII da casa de Tudor envia a sua irmã, Margaria Tudor para casar com o Rei de Portugal de então. Na viagem que fazem de Londres até Lisboa de barco, a dita Margarida copula numa relação sexualmente intensa com um dos belos, bravos e jovens vassalos do Rei de Inglaterra antes de se casar oficialmente com o Rei de Portugal.
Na dita série, no episódio quarto da primeira sessão, Henrique VIII da casa de Tudor envia a sua irmã, Margaria Tudor para casar com o Rei de Portugal de então. Na viagem que fazem de Londres até Lisboa de barco, a dita Margarida copula numa relação sexualmente intensa com um dos belos, bravos e jovens vassalos do Rei de Inglaterra antes de se casar oficialmente com o Rei de Portugal.
Chegados todos a Portugal, com imagens da cidade de Lisboa e figurantes que até falam português, o suposto Rei de Portugal recebe a bela jovem princesa inglesa com um comportamento apresentado como caricatural, decrépito, rude, senil e sexualmente voraz. O suposto Rei de Portugal é apresentado como um velho senil, coxo, sexualmente glutão, feio, meio desdentado, barba por fazer, orelhudo, rude, analfabeto e com uns trajes mais de circo que de realeza, e que perante uma bela e voluptuosa princesa inglesa, se baba de imediato ao imaginar a correspondente noite de núpcias tão luxuriosamente promissora. Os membros da corte portuguesa são apresentados como torpes mulatos, homens aparentemente sem qualquer civilidade, velhas com aspeto de bruxas e um pérfido cardeal patriarca, que abençoa a dita noite de núpcias.
A bela idílica princesa, horrorizada por ser obrigada a casar e a dormir com um monstro como o Rei de Portugal, faz um esforço estoico e lá se deita com o velho senil para a noite abençoada, enquanto a corte portuguesa observa tal cópula com uma curiosidade infame e mexeriqueira. Na manhã seguinte, a bela princesa inglesa, ao ver com o monstro que tinha casado, decide matar o rei português com uma almofada, sufocando-o, terminando assim em grande suspense o quarto episódio da dita série que é das grandes referências televisivas no campo da História.
Investigada a veracidade histórica da dita situação constata-se que tal evento nunca aconteceu nem tal rei português alguma vez existiu. A data a que se refere o quarto episódio da primeira sessão, pelas evidências com o princípio do divórcio entre Henrique VIII com Catarina de Aragão e a sua paixão com Ana Bolena, rondaria entre 1520 e 1530. D. Manuel I de Portugal reinou até 1521, altura em que faleceu com 52 anos. Teve três consortes, Isabel de Aragão, D. Maria de Aragão e D. Leonor da Áustria, nenhuma inglesa e muito menos Margarida Tudor, irmã de Henrique VIII. A partir de 1521 reinou em Portugal D. João III, que aos 19 anos é aclamado como Rei e que teve apenas como consorte D. Catarina da Áustria sem qualquer relação com a casa de Tudor.
Significa que o rei português retratado na série nunca existiu, nem nunca nenhum rei português casou alguma vez com alguma irmã de Henrique VIII e nem naquela altura um rei português poderia ter a idade apresentada como alguém que aparenta ser pelo menos sexagenário. Já Henrique VIII, o fundador da igreja Anglicana, que executou duas das suas seis mulheres porque queria casar com a próxima, alguém comprovadamente irascível, rude, cruel, que preferia a guerra à paz, que preteria os desígnios da Lei canónica aos prazeres da carne, que teve imensas amantes, que às suas ordens foi condenando à morte uma das mentes mais brilhantes do pensamento ocidental, Sir Thomas More, por este não lhe ter jurado fidelidade preservando a sua integridade intelectual e moral, o rei inglês é todavia apresentado como um belo, atlético, jovem, bravo e erudito galã, irreverente e audacioso.
Já há muitos anos que bem sei que somos por norma os bobos da corte, mas da próxima vez que se indignarem com as querelas entre Ronaldo e o Sr. Platini, pensem duas vezes. A nacionalidade e a pátria não se resumem ao futebol.
A bela idílica princesa, horrorizada por ser obrigada a casar e a dormir com um monstro como o Rei de Portugal, faz um esforço estoico e lá se deita com o velho senil para a noite abençoada, enquanto a corte portuguesa observa tal cópula com uma curiosidade infame e mexeriqueira. Na manhã seguinte, a bela princesa inglesa, ao ver com o monstro que tinha casado, decide matar o rei português com uma almofada, sufocando-o, terminando assim em grande suspense o quarto episódio da dita série que é das grandes referências televisivas no campo da História.
Investigada a veracidade histórica da dita situação constata-se que tal evento nunca aconteceu nem tal rei português alguma vez existiu. A data a que se refere o quarto episódio da primeira sessão, pelas evidências com o princípio do divórcio entre Henrique VIII com Catarina de Aragão e a sua paixão com Ana Bolena, rondaria entre 1520 e 1530. D. Manuel I de Portugal reinou até 1521, altura em que faleceu com 52 anos. Teve três consortes, Isabel de Aragão, D. Maria de Aragão e D. Leonor da Áustria, nenhuma inglesa e muito menos Margarida Tudor, irmã de Henrique VIII. A partir de 1521 reinou em Portugal D. João III, que aos 19 anos é aclamado como Rei e que teve apenas como consorte D. Catarina da Áustria sem qualquer relação com a casa de Tudor.
Significa que o rei português retratado na série nunca existiu, nem nunca nenhum rei português casou alguma vez com alguma irmã de Henrique VIII e nem naquela altura um rei português poderia ter a idade apresentada como alguém que aparenta ser pelo menos sexagenário. Já Henrique VIII, o fundador da igreja Anglicana, que executou duas das suas seis mulheres porque queria casar com a próxima, alguém comprovadamente irascível, rude, cruel, que preferia a guerra à paz, que preteria os desígnios da Lei canónica aos prazeres da carne, que teve imensas amantes, que às suas ordens foi condenando à morte uma das mentes mais brilhantes do pensamento ocidental, Sir Thomas More, por este não lhe ter jurado fidelidade preservando a sua integridade intelectual e moral, o rei inglês é todavia apresentado como um belo, atlético, jovem, bravo e erudito galã, irreverente e audacioso.
Já há muitos anos que bem sei que somos por norma os bobos da corte, mas da próxima vez que se indignarem com as querelas entre Ronaldo e o Sr. Platini, pensem duas vezes. A nacionalidade e a pátria não se resumem ao futebol.
Vocês de Portugal estão obnubilados por uma ditadura infame de costumes e informações. Uma ditadura anglo-saxónica. Aliás, toda a Europa está agrilhoada por tal ditadura. Pelo índex dos novos costumes, é proibido ser nacionalista, a menos que seja para exaltar a Inglaterra e os Estados Unidos. Pior que proibido; é considerado de mau gasto ser nacionalista, justamente o que querem os saxões, despir de sentimentos nacionais todos os outros povos - que não eles - para que dominem tudo com mais facilidade. O filme que acaba de ser narrado merece uma interdição diplomática. Mas não, só se faz mera crítica, e ainda pedindo antecipadas escusas e mil perdões se porventura for tida como nacionalista.
ResponderEliminarEu por norma sou contra interdições artísticas de qualquer género. Todavia, após este episódio, simplesmente cessei a visualização da série, dada a gritante imprecisão histórica. E sim, concordo consigo, existe uma clara hegemonia da cultura anglo-saxónica em todo o mundo, delegando as culturas nacionais para segundo plano.
EliminarJoost Hensen, Las Vegas, Nevada. Em primeiro lugar, graças a João Pimentel para apontar essa mentira flagrante em um programa de TV reclamando prestigio internacional, fingindo de ser historicamente correto. Por outro lado, vamos ser francos, o que mais a esperar no mundo actual dominado pela mídia anglo-americano, refletindo uma cultura que brilha só em termos duma vulgaridade crescente e a querer reescrever a história para uma opinião pública cada vez mais boba e credula. Ainda mais triste, a maioria das elites políticas no mundo ocidental humildemente aceitam. Ja faz tempo que o antigo centro da civilização ocidental tem ido ausente no campo de coragem politica. E eu estou escrevendo isso como americano. Triste realidade mas verdade.
EliminarAlgo que diz que o autor da critica não é nem Português, então porque é que está preocupado?! A série fala de um rei que nem sequer existiu, uma série que nem é assim tão boa; porque raios é que eu haveria de me revoltar e achar que seria necessária uma intervenção diplomática?!
EliminarEstá louco?
O direito à liberdade de expressão pertence a todos e apesar de não gostar da caracterização que fizeram ao meu país eu respeito, porque por aqui também há severas criticas aos Ingleses.
E lamento, mas sim, eu sou nacionalista e como nacionalista que sou, sei que a história do meu país está entrançada com a de Inglaterra e se respeitar e apreciar também uma cultura alheia à minha é crime, então venha prender-me, Sr. Moralista.
Vocês brasileiros, realmente... sempre a exaltar a cultura europeia e Anglo-Saxónica, veja lá se não se torna uma colónia do EUA meu caro.
O Sr. João Pimentel Ferreira é Português e não brasileiro como a senhora diz acima. Lamento decepcioná-la. Ah, quanto preconceito e ódio há em seu coração. Sou brasileiro.
EliminarConcordo. Os Portugueses principalmente as mulheres, odeiam a sua ex Colônia.
EliminarFicou um eterno ranço pela perda de um País ( o Brasil ) outrora tão lucrativo para eles.
Para com isso!
Manuel Barreira- Porto, Portugal: Claudia Rebelo, é absolutamente falso que os portugueses odeiem o Brasil, é precisamente o contrario, os portugueses adoram o Brasil e os brasileiros, adoram o sotaque brasileiro da língua portuguesa, as novelas brasileiras, a gastronomia brasileira, a música brasileira,... e em oposição ao que afirma, são principalmente as mulheres que adoram o Brasil. É exagerado e abusivo se, pelo facto de encontrar um português ou portuguesa, idiota, que não gosta do Brasil, concluir que os portugueses odeiam o Brasil. Cara Cláudia, quando Portugal não está no mundial de futebol, os portugueses torcem pelo Brasil, tem outro país que faça isso? PS: Eu adoro o Brasil, mas detesto o Bolsonaro.
EliminarCuriosamente, ainda não compreendi a que propósito vem esta discussão de alegados ódios Portugal/Brasil, que afinal, nem é o cerne da questão. Nem os portugueses odeiam o Brasil, nem o Brasil foi tão prejudicado como é ideia geral. Quanto à série em causa, alto lá quanto às liberdades criativas! Uma série pseudo histórica, não pode inventar reis e rainhas, e se o fizer (mal) deve fazê-lo de forma a não ferir susceptibilidades. Afinal à época, bem ou mal, por muito que isso ainda irrite tanta gente, Portugal e Espanha dividiam o mundo, e quem foi Henri VII? Um assassino sem escrúpulos, com uma perna podre e pés imundos. Só se lhe deve a rainha Isabel I.
EliminarTrata-se realmente de uma falta de respeito, primeiramente com o telespectador, por ser uma série supostamente baseada em fatos históricos, o que na verdade não é bem assim e com a história em si, pois desrreipeita clarmente a história de Portugal e exalta um dos maiores monstros, capaz das maiores atrocidades para garantir o próprio prazer.
ResponderEliminarA licença poética é permitida e tolerada em casos de retratar fatos históricos, transformando-os em séries para TV, mas tem limites! Para quem assistiu outras séries de igual tema, "Os Tudors " chega a ser uma decepção no que se refere à veracidade dos fatos. "isabel", a série espanhola sobre Isabel de Castela e Fernando de Aragão, e até "Reign", que fala de Mary Stewart, conseguem ser mais fidedignos. Acho estes erros graves porque muitos dos que assistem não têm a curiosidade de verificar a veracidade dos fatos apresentados e ficam com idéias completamente errôneas a respeito destes.Uma pena.
Vivemos numa época em que cada vez mais História e Ficção se confundem. O telespectador mediano, crédulo e acrítico, "ingere" tudo o que vê. Resta-nos sublimar o ridículo em que se tornam estas séries pelo facto de serem falaciosas.
EliminarCurioso ninguém ter sublinhado o facto da RTP ter passado a série.
ResponderEliminarCurioso a RTP não ter pedido uma indemnização aos Produtores da serie por venderem algo com suposto rigor histórico e manifestamente não passar de uma farsa sem qualquer aderência à realidade.
Enviei este texto em forma de missiva ao provedor da RTP, que me respondeu, tendo mesmo feito um programa televisivo do provedor, em que abordou o referido assunto.
EliminarMas em que deu essa abordagem?
EliminarProvavelmente na compra de mais series dita HISTORICAS produzidas pelos ingleses em que voltam a fazer os portugueses e Portugal de bovos da corte.
Sou Brasileiro. Descobri este site procurando fundamentações acerca da veracidade da série. Achei muito estranho mostrarem uma imagem tão irreal de Portugal. Na época, Portugal era uma das grandes potências. O que eles fizeram foi denegrir, claramente, a imagem de seu País. Muito triste...
ResponderEliminarFaz parte da cultura anglo-saxónica ridicularizar os outros povos que não lhes são serviçais, e todavia engrandecer as suas virtudes anglófonas. Tal é patente em toda a cinematografia e cultura anglo-americana. Repare por exemplo que em qualquer grande filme comercial, a bandeira dos EUA aparece pelo menos uma ou duas vezes numa qualquer cena. A idolatria dos valores anglo-americanos faz parte da cinematografia americana, a mesma que depois é exportada para o mundo inteiro. Os valores da Europa, ou os da cultura eslava, otomana ou asiática, ou de qualquer ideologia que não seja coincidente com a dos EUA, são ridicularizados ou simplesmente forçosamente ignorados. É normal fazê-lo pois todos os povos produzem cultura que lhes engrandece, o que não é normal é os outros povos, neste caso os europeus ou os restantes americanos, isto é da América-Latina, menosprezarem a sua própria cultura em prol da cultura anglo-americana que importam. Isso é marcadamente patente por exemplo na música.
EliminarBrasileira e revoltada com essa situação! desrespeito total... até porque nesse período Portugal dava as cartas no cenário mundial!
ResponderEliminarSou brasileiro. Curioso, pesquisei sobre esta tal de Margarete, suposta rainha de Portugal por alguns dias, e encontrei a sua ressalva. Simplesmente lamentável o que esses cineastas de terceira categoria fazem para encher os bolsos. Isso não é cultura, é chicana. Outros erros da série no link http://www.jn.pt/mundo/interior/nove-coisas-que-talvez-nao-saiba-sobre-sua-majestade-5136160.html.
ResponderEliminarCorrigindo, mais erros da série no link https://www.google.com.br/amp/s/boullan.wordpress.com/2011/02/09/erros-em-the-tudors/amp/.
ResponderEliminarBoa tarde caro Paulo. Li o texto, mas na grande maioria dos casos trata-se apenas de gafes, o que é normal no cinema, como o quadro elétrico no castelo ou o relógio de pulso num elemento da multidão. Aqui, do que falo, não se trata de uma gafe, de um erro não deliberado; trata-se de uma intenção premeditada, para tornar a histórica comercialmente mais apelativa, fazendo dos Portugueses os bobos da corte. Por vezes são os Russos (Rambo III), os Alemães (Assalto ao Arranha Céus/Duro de Matar/Die Hard), os Chineses, os sul Americanos (corruptos e dirigidos por ditadores como em The expendables); desta vez calhou aos Portugueses serem os bobos da corte.
EliminarBobos são os que fazem bobagens. No caso, os autores da série.
ResponderEliminarminha opinião é que é um enorme desrespeito a historia de portugal e que obras artisticas que não respeitam a historia não merecem nenhum credito.
ResponderEliminarSéries dessas são feitas para vender não para contarem exactamente como as coisas foram.
ResponderEliminarClaro, mas segundo "a crítica" que propala pela mídia, essa série é uma grande referência histórica.
EliminarUma pouca vergonha! O capitalismo não olha a meios!
EliminarGosto de assistir a séries históricas para aprender um pouco de forma lúdica... e fui pesquisar sobre a princesa inglesa que se casou com um rei português velho. Ao retratarem corte, tudo parecia tão velho e feio. E o rei mais bizarro ainda! Mas inventar um casamento que não houve com um rei que não existiu, é um pouco ruim. Só comparável quando eles retratam como mau o argentino, como bobos os alemães.
ResponderEliminarMargarida Tudor, irmã de Henrique VIII, foi rainha da Escócia. Nenhum rei português casou nessa época com uma princesa inglesa. O rei de Portugal, D. Joao III, por quem não nutro admiração, tinha 19 anos e casou com Catarina de Áustria. Que vão reescrever a história para a pata que os pôs!
EliminarBom dia!
ResponderEliminarSou brasileiro, e me chamo João Cândido. Estou a ver a série. Intrigado, fui procurar saber se a Casa Tudor havia de fato, se unido à Portugal. Trabalho na Biblioteca Nacional do Brasil e grande parte do seu acervo veio com o Regente D.Joao VI. Não vi em livro dinástico algum tal citação. É uma inverdade absurda. Me decepcionei com a série... E só a verei pois, tenho particular interesse na história de Ana Bolena... abs!
[email protected]
Edmar Rabello de Moraes Rio de Janeiro,também achei caricato e grosseiro esse capítulo que se refere ao Rei de Portugal,preconceituoso até,mal pesquisado e mal feito o que não condiz com a qualidade da série.
ResponderEliminarAchei absurdo também mostrarem os cortesãos portugueses quase como cachorros, alguns colocavam a lingua para fora ao ver a princesa na cena do casamento. Sou brasileiro e achei absurdo, imagina então vocês portugueses.
ResponderEliminarSou brasileiro e ao assistir a série, reparei que não tinha ideia de tal fato. Vim pesquisar na internet e aqui achei. Realmente como pensava, esse casamento nunca aconteceu e é ridícula a maneira caricata que colocam uma das grandes potências da época na série. Estou cogitando parar de assistir porque perdeu toda a confiança em um mínimo de embasamento na história real.
ResponderEliminarConhecia uma pouco da história das famílias reais da Inglaterra, e quando tive acesso a esse episódio fiquei indignado com tamanha imprecisão histórica dos fatos. Para aqueles que não tem a curiosidade de pesquisar um pouco mais a fundo sobre o assunto, passam a acreditar naquilo que foi mostrado. Grande incompatibilidade, haja vista o fato de que Portugal nessa época era uma grande potência internacional, ao lado da Espanha. Lamentável esse erro crasso!
ResponderEliminarToda a série é um erro crasso, aliás como todas as séries "históricas" de proveniências anglo-saxónicas. Ora compare a imagem plausível de Henrique VIII com a figura do ator apresentado na série. Um é "gordo e feio", o outro "belo, jovem e galã".
EliminarNão, definitivamente não penso,como o João, tratar-se de um erro crasso. É óbvio que se trata sim, de deliberado propósito de alguns governos da Inglaterra, em permitir que se possa achincalhar outros povos em favor duma propalada superioridade anglo-saxónica que, se começa a reconhecer cada vez tão mais falsa quanto estúpida.
EliminarOs anglos são assim mesmo: O que não lhes agrada eles simplesmente ridicularizam, o que lhes agrada eles enaltecem, o que é historicamente é importante, porém não muito abonador eles douram, como é caso da feiura do rei Henrique VIII em “TUTOR” retratado como um belo mancebo.
ResponderEliminarVejam, por exemplo, na série Downton Abbei, também do Netlfix. Embora tratar-se de novela, num dado momento aparece o príncipe de Gales da época (1924 – Príncipe Eduardo, depois rei Eduardo VIII) em trajes principescos ridículos, se comparados com os demais personagens da série, e em um episódio extremamente negativo e mal explicado. (Diga-se, o príncipe ou princesa de Gales só existe um(a) e este(a), a principio, será o próximo rei ou rainha da Inglaterra). Sequer o nome dele, “Príncipe Eduardo”, é declinado na série.
Sabem por que ele foi tratado daquela maneira? Por que os ingleses não gostam desse príncipe (Eduardo). Porque ele era nazista. Inclusive manteve encontros secretos com Hiltler. Em 1936, quando era hora de ele ser rei, obrigaram-no a renunciar usando como desculpa o fato de ele ter se casado com uma americana plebeia divorciada. Sempre que os ingleses se referem a essa renúncia eles enaltecem o fato que ele teria renunciado por “amor” quando na realidade ele foi obrigado a renunciar e exilados, primeiro nas Bahamas e depois em Paris.
Na mesma novela, em outro momento, quando um suposto criminoso e inocentado o conde brinda entre os empregados do castelo: A justiça inglesa, “INVEJA DO MUNDO”
Como referi anteriormente, é normal os próprios povos produzirem arte que os enaltece. Sempre assim o foi ao longo da História das civilizações. O que não é normal, é os demais povos "consumirem" essa arte de forma completamente acrítica. Pergunte a qualquer ocidental, qual a gravidade do Holocausto e da utilização das bombas atómicas sobre civis, e poderá ficar surpreso, com a resposta.
EliminarBem realçada esta imprecisão histórica caricatural deliberada por parte de uma série inglesa. Infelizmente não é a primeira vez que acontece. Os espanhóis também têm um pouco tendência para denegrir (literalmente) a imagem de Portugal, como na conhecida série "Isabel", cujo tema é precisamente Isabel de Castela, a Católica, e o seu marido, Fernando de Aragão. Vi pelo menos a primeira temporada da série, que supostamente é extremamente fidedigna, e apesar de a deturpação não ser tão gritante como neste caso da série "Os Tudor", nota-se que há ali alterações deliberadas. Por exemplo, quando disse que denegriam a imagem de Portugal literalmente, foi porque cada vez que mostravam as cenas passadas no reino de Portugal a imagem escurecia drasticamente: castelos e salas sombrias, tudo escuro, sem luz do sol, quase que não se via as caras das personagens, por vezes. Quando passava a cena outra vez para Castela, tudo reluzia de uma luz áurea, um ambiente luminoso e quente. Isto acontecia sistematicamente. Portugal era sempre sombrio (não só em relação à luz mas em relação às próprias vestimentas) e Castela, Aragão ou Granada (conforme as cenas que filmassem) eram sempre resplandecentes. Apesar de se gabarem da coerência histórica, os espanhóis também falharam, deliberadamente, em questões que não se prendiam só com o cenário. Por exemplo, o rei Afonso V de Portugal, viúvo, casou com a sua sobrinha, D. Joana, filha da sua irmã e do rei Henrique IV de Castela, irmão de Isabel que lhe sucedeu no trono, ao passar por cima da sucessora legítima que era a infanta D. Joana. A infanta era uma menina de apenas 9 ou 10 anos quando casou com o tio, tendo sido um casamento simbólico, não consumado. Contudo, na série puseram o rei português de meia-idade a consumar o casamento com uma criança, demonstrando-o como escandaloso e horrível, algo que não só não era consentido na altura (as esposas teriam de ter no mínimo 12 anos para a consumação) como nunca aconteceu. Depois puseram o príncipe D. Afonso, filho de D. João II, a ser assassinado em vez de cair do cavalo e a assemelhar-se a um adolescente medíocre com alguma espécie de atraso, quando na realidade os testemunhos que nos chegaram sobre ele, era os de um excelente porte físico e aparência, excelente preparação enquanto futuro rei, em suma, um verdadeiro príncipe à altura.
ResponderEliminarJá noutro plano, uma recente série(novela?) brasileira que passou na SIC creio, intitulada de Novo Mundo é toda ela uma ofensa à História de Portugal. Desde um futuro D. Pedro IV (primeiro do Brasil) que perseguia tudo o que era mulher, a disputas estilo crianças birrentas entre D. Pedro e o D. Miguel (a fazerem queixinhas aos reis como miúdos, mas sendo já homens de idade adulta), um D. João VI lambazão, gordo, suado, mal-educado, sem qualquer tipo de modos (aliás toda a família real é apresentada como se fossem habitantes de uma favela pelos modos como se comportam numa peixeirada constante no palácio que mais parece uma casa de um rico qualquer), sem qualquer ambiente de corte, sem cerimónias, protocolos e etiquetas, com a D. Carlota Joaquina a descalçar e a atirar sapatos em público....Enfim.
Triste, verdadeiramente triste. Não só porque o rigor histórico é zero, mas pior ainda, o sentimento de impunidade com que se introduzem fatos como sendo reais denegrindo a dignidade de um país que para além de ter com a Inglaterra a aliança mais antiga do mundo como pelo fato de existirem há data laços profundos entre os dois países.
ResponderEliminarPortugal há data dos fatos desta série, era seguramente uma das maiores e mais ricas potências do mundo. Mas com isso os ingleses convivem muito mal. Para os ingleses o mundo começa e acaba na sua triste e sombria ilhota.
Quando precisam de ver sol para onde vão? Para Portugal. Pois esta claro.
Não há nada mais triste do que a ignorância convencida de que é inteligência..
Quem governava nessa altura em Portugal era João III com 23anos
ResponderEliminarAlguém do povo (sem agua para lavar os pés) conseguiu enganar a casa Tudor fazendo-se passar por rei de Portugal
Bom comentário, realmente só levando para o lado hilário esse tipo de preconceito. Acabei de desistir da série. De fato a série espanhola é muito positiva. Até mesmo porque mostra a rainha católica, suas atitudes em nome da fé, os acertos com matrimônios nem sempre felizes, tudo para manter o poder na Europa. A série Isabel merece ser vista. Respeita a língua, a maioria dos fatos históricos, e também traz um romance mais próximo da realidade do que é mencionado nos livros de História.
EliminarA série Isabel não é assim tão fidedigna. Leia o comentário que escrevi acima acerca das imprecisões deliberadas que surgem na série em relação à História de Portugal.
EliminarSou brasileira também e fiquei muito curiosa com essa cena e vim pesquisar. Mas ao contrário dos meus conterrâneos que ficaram indignados com a representação do rei de Portugal, eu vim de curiosidade para saber finalmente se a explicação para o comportamento do homem brasileiro seria herança portuguesa. Aqui no Brasil, mulher andando na rua recebe esses mesmos gestos obscenos e expressões esdrúxulas: 'delicinha', 'gostosinha', 'oh lá em casa', língua para fora em gesto vulgar. Então fiquei até surpresa de brasileiros criticando essa representação quando isso ocorre diariamente na vida da mulher brasileira e se criticamos somos ofendidas. Se o homem português não é assim, talvez o criador da série pesquisou o comportamento brasileiro e supôs que em Portugal seria a mesma coisa.
ResponderEliminarA questão não é essa! Essa atitude é naturalmente censurável. A questão é que os anglos fizeram do rei de Portugal um velho pervertido e sem qualquer modos.
EliminarRealmente é una imprecisão histórica incrível. A irmã de Henrique VIII que casou com com um rei velho é Mary que casou com o rei da França e depois com o Conde citado.Ademais, naquela época,Portugal era um reino extremamente rico e políticamente tão importante ou mais que a Inglaterra
EliminarComecei a ver esta série agora, janeiro de 2018. Deparei-me com o incrível (de difícil de crer) episódio 4. Como assisti outras séries históricas fiquei confuso e fui procurar ajuda no Google. Após várias tentativas finalmente encontrei este blog que me esclareceu a questão (agradeço a vcs, autores, pelo trabalho esclarecedor). Fiquei muito indignado, mas me permiti 48hs de reflexão. Conclusão: não assistirei mais este série, embora estivesse gostando. E divulgarei o fato para as pessoas do meu relacionamento.
ResponderEliminarEstou vendo está sério, entendo a necessidade da ficção para melhor enredo, porém não é necessário mudar a história dando vida e morte a um rei português que não existiu. Um desrespeito a princesa inglesa e a história de Portugal.
ResponderEliminarComo é bom ter um pouco de discernimento, acabei de assistir ao 4 capítulo da série, e já corri para o Google inconformada com o enredo!
ResponderEliminarEu, brasileiro, também acho um erro grave da série que se pretenda fidedigna inventar fatos históricos falsos. Lamentável.
ResponderEliminarMuito feliz em saber que os brasileiros que acompanharam a série vieram apurar os fatos e manifestar legitimamente suas indignações, assim como eu.
ResponderEliminarAqui no Brasil, aprendemos que Portugal nas primeiras décadas do século XVI era a grande potência comercial no mediterrâneo, principalmente por serem pioneiros nas grandes navegações e, consequentemente, pela bem sucedida empreita de Vasco da Gama no Oriente. Deixo registrado minha repulsa a essa deturpação histórica e a essa clara ofensa aos costumes portugueses. Isso tudo se torna particularmente grave numa série que visa enaltecer um tirano sanguinário e egocêntrico. Absolutamente reprovável essa conduta anglófona de superioridade.
Lembrando que a América Portuguesa foi um parceiro comercial de suma importância dos ingleses no século XVIII e XIX. Deixo esse questionamento aos respeitabilíssimos irmãos portugueses: o que seria dos ingleses sem o ouro luso-brasileiro?! Fica claro o mais absoluto escárnio com a nossa história.
Michael Hirst já nos tinha "oferecido" algumas (bastantes) inexactidões acerca dos Vikings, as entre as quais a falta da resistência de Alfredo o grande aos dinamarqueses nos pântanos de Sommerset e outras as quais me dispensarei de mencionar aqui. Isto só pode
ResponderEliminarJá a invenção de um rei de Portugal completamente caduco, imbecilizado e doente como aparece é mais grave. Claro que só pode advir de duas intenções: ou a ignorância monumental de Michael Hirst aliada á ganãncia pelos valores de mercado ou então a intenção deliberada de ofender um povo que se orgulha de ser a mais velha nação da Europa quando a "anglia" ainda se batia pelos diversos reinos. É pena porque eu até tenho alguns herois ingleses com os quais me identifico nomeadamente Harold e o seu esforço inglório como rei saxão de impedir os víkings de Hardrada de pisarem o solo inglês e apenas com o intervalo de oito dias ser obrigado a dar batalha aos normandos em Hastings.
Mas Portugal está habituado a estes insultos de "luva branca" em nome da "sacrossanta" mais "velha aliança do mundo". Espero sinceramente e até pelos comentários que li antes do meu que este "senhor" rfealizador e argumentista não pense que está a lidar com um povo de "hillbillies" do Arkansas. Eu por mim quando ele quiser discutir a História Inglesa ou a Portuguesa estou ás ordens !
Sei perfeitamente que os ingleses desprezam a Europa a quem chamam "aqueles do continente" mas não se esqueçam que não passam de uma ilhota disfarçada de Reino Unido cada vez mais desunido.
Muito obrigado pela sua mensagem caro José, saudações lusófonas
EliminarMargarida Tudor casou com Filipe de Espanha e Portugal.... não há qualquer erro histórico. Portugal teve 3 reis de Espanha e Portugal = Dinastia dos Filipes. Margarida Tudor casou com Filipe I.
ResponderEliminarFilipe I de Portugal com Maria I de Inglaterra e não Margarida.
EliminarFilipe II de Portugal com Margarida, mas da Austria
A cena em causa passa-se em Lisboa e não em Madrid, além disso pela data em causa com a paixão com Ana Bolena e pela idade do personage, só poderia ser D. Manuel I de Portugal.
EliminarDescobri este sítio, porque incrédula com o que vi, resolvi verificar o fundamento do meu pasmo, perante erro tão crasso que culmina no 4.º episódio, mas que já vinha de trás. Margarida Tudor nunca teve nada a ver com D. Manuel e certamente nunca veio a Lisboa.
ResponderEliminarÉ inacreditável a presunção com apresentam a corte de Lisboa que nessa época era considerada uma das cortes mais cosmopolitas da Europa, para não falar dos pormenores de D. Manuel a quem até pés sujos de quem não se lava atribuem.
Mas há mais. Enquanto na série Maria Tudor, filha de Henrique VIII está prometida a Carlos V, na realidade este estava noivo da filha de D. Manuel, Isabel, por negociações iniciadas em 1518 e terminadas por D. João III em 1525. A primeira cerimónia do casamento celebrou-se em Janeiro de 1526.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPassou ontem no AXN WITH o capitulo em que a linda princesa inglesa irmã de Henrique Vlll casa contrariada, com o "porco e maltrapilho rei português," onde nem a COROA REAL PORTUGUESA aparece na cabeça do monarca. Perdi completamente o interesse pela série...Se isto é para parecer como querem fazer passar baseado em factos históricos, pobres jovens em que tudo acreditam... Nem nenhum Rei português casou com uma irmã de Henrique VIII, nem a coroa real portuguesa teve tal espécie de monarca, e nem Henrique VIII era o belo jovem retratado na série... Era obeso feio um criminoso e de uma promiscuidade assustadora e devia cheirar mal, p'a caramba !!...Se é para repor verdades históricas façam-no para os dois lados com clareza... mas tirem a COROA REAL PORTUGUESA deste "filme"...!
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Mas na série podem muito bem ter-se referido a Filipe II, de Espanha O coxo que governou o país por meia duzia de anos,depois de invadido e daí o velho ditado "De Espanha, nem bons ventos nem bons casamentos" .Mas REI PORTUGUÊS não existiu nenhum casado com uma irmã de Henrique Vlll, uma vez que Filipe era espanhol e considerado um invasor.
Também perdi o interesse pela série, é lamentável quererem ridicularizar Portugal.
ResponderEliminarTambém perdi o interesse nesta série. Em todos os povos, todas as nações há pessoas melhores e piores. Portugal teve reis que governaram melhor e outros não. Mas a história é como é. Não há que deturpar. Inventarem um rei que não existiu só mostra desconhecimento, falta de respeito e talvez um pouco de frustração.
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ResponderEliminarSempre tive interesse em ver esta série. Nem tanto pela história de Henrique VIII, um Rei e homem malévolo e impiedoso, mas pela de Ana de Bolena.
ResponderEliminarJá tinha assistido ao filme "Duas irmãs e um Rei", que apresenta o percurso histórico da mesma (personagem interpretada pela maravilhosa Natalie Portman).
Porém, quando presenciei o 4 episódio de "Os Tudors" fiquei estupefacta com tamanha falta de credibilidade e de respeito para com a nossa História. Retratam um Rei português sem nome, septuagenário,rude,com comportamentos grotescos, bizarros, anômalos, assim como uma corte portuguesa constituída por elementos aberrantemente ignorantes e grosseiros. Mas o que é isto??? Que falta de sensatez e de respeito para com os Portugueses, numa série inglesa de franca audiência, mas cheia de contrariedades históricas!!!
Uma desilusão...
depois de muito matutar e regressar à série e às alianças de interesse entre países, Henrique Vlll em conversa com o seu conselheiro Thomas Cromwell que o manipulava conforme mais lhe convinha falavam de uma Aliança com Espanha, e de repente lembrei-me até porque na conversa apareceu o nome de Portugal ,( estivemos anos sobre o jugo de Espanha e com um rei espanhol a fazer um part-time em Portugal. Filipe ll o coxo, ) um homenzinho ridiculo e que por sinal foi tão bem retratado , ia para a cama aos saltinhos e com os pés cheios de lixo, e estas imagens dão uma ideia na série sobre nós , quando afinal não é bem assim, mas não desculpo a gaffe, porque: Poderiam muito bem ter-se referido a Filipe II, de Espanha, um invasor, nunca aceite pelos portugueses cairia bem melhor .Mas REI PORTUGUÊS não existiu nenhum casado com uma irmã de Henrique Vlll, Mas não existiu mesmo!!
Eliminar1581 - 1598
ResponderEliminarD. Filipe I "O Prudente" (21 Março 1527 Valhadolid-13 Setembro 1598 Escorial)
Casou com D. Maria de Portugal; D. Maria Tudor, D. Isabel de Valois e com D. Ana de Áustria
1598 - 1621
D. Filipe II "O Pio" (14 Abril 1578 Madrid-31 Março 1621 Escorial)
Casou com D. Margarida de Áustria
1621 - 1640
D. Filipe III "O Grande" (8 Abril 1605 Madrid-17 Setembro 1665 Escorial)
Casou com D. Isabel de França
Qual é a relação dos Filipes com Henrique VIII, se este faleceu em 1547?
EliminarTambém tinha começado a ver a série e desisti quando vi esse episódio. Percebi que se estavam a referir a D. Manuel I e fiquei atónita. A cena dos pés imundos foi surreal. Fizeram o mesmo quando Maddie desapareceu, há 13 anos, dizendo que os portugueses não sabiam investigar e descreveram-nos como "um povo comedor de sardinhas"... Que estúpidos!
EliminarSempre ouvi dizer que esta serie era muito boa e sempre tive curiosidade em ver... Achei que seria historicamente correcta. Ao ver a cena do casamento no quarto episódio fiquei bastante surpreendida e revoltada. Porquê representarem Portugal como um circo? Porquê o Rei de Portugal ser assassinado com uma almofada? Por ridículo que pareça fui investigar quem seria o rei com quem a irmã de Henrique VIII teria casado... E pasme-se, nenhum!!! Perdi o interesse na série... Agora já não sei o que poderá ser histórico ou o que é palhaçada...
ResponderEliminarBoa tarde,
ResponderEliminarAinda bem que vi este comentário esclarecedor, porque não tem nada a ver com nacionalismos, mas com o respeito que Portugal e os portugueses, devem exigir de outros países e outras nacionalidades. O modo como os Portugueses são retratados, considero uma ofensa e agravada pelo facto de ser um rei que não existiu.
Por último, penso que alguém com responsabilidades políticas deviam ter pelo menos comentado, esta situação. Ainda bem por lado, que aquele rei nunca existiu porque eu estava cansada de ler e pensar com as minhas filhas, quem era tal rei e nunca mais chegávamos a nenhuma conclusão.
Obrigada.
Boa noite a todos os q me lerem. Foi por um mero acaso q encontrei estes comentários a esta série e q remontam a 2015. Nunca vi a série quando estreou em Portugal e, desta vez, apenas tenho conseguido ver um ou outro hepisódio. Mesmo assim, o q me colocou neste vosso caminho, foi o facto de estranhar a frescura de Margarida Tudor, que na série morre de tuberculose, quando devia ser uma mulher mais avançada na idade, pois teria cerca de 50 anos quando morreu e, segundo documentação histórica, de acidente cardiovascular, ao q tudo aponta. Incongruência!
EliminarMas ainda bem q não vi a degradante estreia do nosso suposto rei decrépito.
Em primeiro lugar, nada me admira por parte dos ingleses e no q respeita à sua relação com a nossa Nação. Desde a birra do Tratado de Methuen, à ajuda militar para libertar Portugal do jugo napoleónico, q nos deixou aflitos com a prolongada presença inglesa e um reinante general Beresford, passando por um vergonhoso Ultimato inglês... São apenas alguns marcos históricos que comprovam como os nossos laços diplomáticos com Inglaterra se traduziram sempre em subserviência. Não estou recordada de algum momento dignificante em q Inglaterra nos tenha reconhecido ou tratado de outra forma que não a de subalternos, aliás... Como retrata a maior parte do mundo. Mas, adiante!
Inglaterra tem, como todos, o seu prestígio e reconhecido mérito, mas sofre de um problema q ultrapassa o nacionalismo e toca o chauvinismo, sentimentos bem diferentes. A prepotência e a suposta missão civilizadora dos ingleses dos finais do séc XIX e inícios de XX, com forte cariz racista, ainda não se perdeu com o passar da História.
A BBC tem series e programas de uma reconstituicao histórica extraordinários, que merecem reconhecimento, mas esta série não é nem nunca será um desses exemplos.
De reconstituição histórica, terá os ambientes de corte, indumentária (embora as rainhas não andassem quotidianamente com aquelas enormes coroas a adornar as suas reais cabeças, a não ser em determinados momentos e cerimónias ou perante a presença de certas entidades em q o protocolo exigia)... Os lugares corresponderão à verdade... Mas nem para com a sua própria História os ingleses foram fiéis.
A questão da verdade histórica não é um assunto nacional, mas um direito internacional, universal. Todos temos direito à verdade histórica quer se trate da nossa como da dos outros, porque a verdade histórica é isso mesmo, universal, e cruza-se facilmente com várias nações. Daí que, uma série vendida como reconstituição histórica e, neste caso, biográfica, não pode beliscar a verdade nem distorcê-la. É pura ficção criada em torno de uma personagem histórica. E como ficção, pode ser premiada mas, vendida com um cunho de verdade, com tantas imprecisões históricas, é muito grave e só pode denegrir quem assina a autoria.
Passa a ser uma afronta quando passa por vários países que lhe reconhecem veracidade e não os seus limites. A ser premiada, q não seja pela suposta verdade, mas pela eloquência fantasiosa dos deslumbrantes ambientes e cenários.
É isto q lamento - a mentira bem embrulhada, como um lindo presente, que engana facilmente os mais incautos ou menos cultos. Isso é inclassificável. Mas como vos digo, dos ingleses, nada me admira, sobretudo no q toca a Portugal. Quanto a mim... Mudei de canal e voltarei a mudar sempre q estes Tudor aparecerem no écran.
Fiquem bem e bem-hajam por nos esclarecerem ainda mais.
Concordo totalmente com a sua opinião.
ResponderEliminarPortugal posee una gran riqueza histórica que ha ido formando la sociedad portuguesa actual. No puede ser posible que se profane la historia con una ridiculez descrita en el capítulo 4 de esta serie. Es indignante ver como una serie que parecía ser de calidad, haya caído en un error garrafal de producción donde se ve a Portugal y a su historia, como una “bobada” irrespetando sin consideración a un pueblo entero. Creo que el Estado Portugués y los medios de comunicación deberían presentar su malestar frente a este hecho irresponsable de producción de una serie.
ResponderEliminarA sériie é uma grande aldrabice ... ainda perdem tempo com estas porcarias?
ResponderEliminarNa altura vi esse episódio e fartei-me de rir com a falta de credibilidade. Ainda bem que pessoas mais intelectuais que eu ao nível da História foram capazes de escrever este texto. É uma vergonha uma série com um perfil histórico mostrarem factos não verídicos. Já para não falar que Portugal teve uma imagem péssima e vergonhosa por causa de ditos profissionais pouco inteligentes.
ResponderEliminarComo estudioso da História nunca havia lido sobre essa cena a que assisti na série "Os Tudors". Liberdade de criação engloba mentira histórica?
ResponderEliminarNós até temos o falso duque de Bragança https://pt.calameo.com/read/006378311e94d85ef6a2a?fbclid=IwAR1Wst8y5rAIW0G1XXplnWMqm1yZuj2HdIa1B2SIKkda5jF3EaX8Z8ovCFg e www.reifazdeconta.com porque é que os outros não podem inventar um falso Rei já que os nossos meios de comunicação, a maçonaria enfim o sistema também inventaram um falso duque de Bragança??
ResponderEliminarCarina Silva, vivo em Guimarães.
ResponderEliminarSe quiserem assistir series relativamente mais verídicas no que toca a certos pontos da historia desta família aconselho The White Queen; The White Princess; The Spanish Princess, pelo menos quanto ao ponto que aqui referem essas series foram mais verídicas. E apesar de não retratarem completa verdade ao menos avisam que alguns pontos foram alterados em prol da ficção/dramatização
Nessa série eles criaram uma relação incestuosa entre Elizabeth York e Richard III antes de ela casar com Henry VIi. Isso me deixou meio chocada, mesmo sabendo que casamentos incestuosos eram comuns na Europa. O choque foi menos pela relação incestuosa do que pela informação falsa. Não sei de o de eles tiraram isso…
EliminarOntem dia 18/11/2020 no canal televisivo AXH white vi a série OS TUDORS e do tal falado casamento da irmã Henrique VIII com o Rei de Portugal, fiquei de beiço caído pela aldrabice dos dados narrados neste filme como é possível esta mentira
ResponderEliminarHist, O Deformador da História. O bom é que as pessoas de bom senso sabem que entretenimento televisivo serve, basicamente, para divertir. Muito bom é quando as pessoas buscam livros e outras mídias especializadas para confrontar e aprender. Acredito que uma série contando das dinastias portuguesas, desde que bem feita, terá grande sucesso. Financiamento popular resolveria bem e seria muito melhor em parceria com o governo. Toda a comunidade de língua portuguesa se interessaria. Afinal, a História de Portugal será sempre parte de nossas Histórias. Seria muito bom tb as opções de áudio original e com dubladores nativos dos países. São muitos os sotaques e modos de falar. Se nenhuma grande produtora estrangeira quiser fazer, a internet está aí para facilitar tudo
ResponderEliminarHist, O Deformador da História. O bom é que as pessoas de bom senso sabem que entretenimento televisivo serve, basicamente, para divertir. Muito bom é quando as pessoas buscam livros e outras mídias especializadas para confrontar e aprender. Acredito que uma série contando das dinastias portuguesas, desde que bem feita, terá grande sucesso. Financiamento popular resolveria bem e seria muito melhor em parceria com o governo. Toda a comunidade de língua portuguesa se interessaria. Afinal, a História de Portugal será sempre parte de nossas Histórias. Seria muito bom tb as opções de áudio original e com dubladores nativos dos países. São muitos os sotaques e modos de falar. Se nenhuma grande produtora estrangeira quiser fazer, a internet está aí para facilitar tudo
ResponderEliminarEu sou espanhol, desculpe meu português se houver erros.
ResponderEliminarMas lendo os comentários, gostaria de acrescentar algo. Concordo plenamente com a opinião de João Pimentel. É muito comum encontrar erros históricos semelhantes em séries e filmes anglo-saxões, que mais do que erros às vezes podem ser considerados insultos completos. Neste caso, foi a vez de Portugal, mas muitas nações foram insultadas. Poderia ser esclarecido que esses erros são ficção, o que neste caso não foi feito.
É verdade que se trata de uma série inglesa, e que eles são livres para apresentar os fatos (históricos ou fictícios) como bem entenderem. Mas também o resto de nós é livre para dar nossa opinião e criticar, se acharmos que merece crítica.
E neste e em outros casos merece uma crítica profunda. Não é apenas uma licença artística inocente, uma ferramenta para contar melhor uma história. Trata-se de ridicularizar nações e culturas, perpetuar um estereótipo racista segundo o qual aqueles de nós que nascemos um pouco mais ao sul foram, são e sempre serão inferiores.
Na altura da série, Portugal era uma das nações mais importantes, ricas e cultas do mundo, moderna e aberta ao mundo. Comparada com Portugal, a Inglaterra era pobre, tecnologicamente atrasada e sem educação. Com o tempo, os papéis podem ter se invertido, o que é normal. Impérios sobem e descem, outros os substituem.
Apresentar os anglo-saxões de qualquer época sempre como superiores, e não só militarmente, mas também cultural e até moralmente, serve ao propósito de convencer e demonstrar que quem não tem seus genes e sua cultura não tem esperança. Mesmo em nosso auge, não chegamos ao fundo de seus sapatos. É um problema de inferioridade genética? Devemos aceitá-los como nossos superiores? Não há esperança para pessoas que, como nós, apenas oferecem essa imagem, no passado e no presente? É isso que nossos filhos também devem esperar de seu futuro?
Sinto muito, mas acho que é um dever nos rebelar e também contar o nosso lado da história. Temos o mesmo direito que eles, e devemos isso aos nossos filhos, e também aos nossos antepassados (pais, avós, tataravós ...) a quem esta e outras séries insultam.
Não se trata de semear ódio aos ingleses. trata-se de falar a verdade para que nossos filhos tenham dois pontos de vista à escolha, e que não haja apenas um ponto de vista que os envergonhe de sua herança.
Porque somos sempre os mesmos: ibéricos, mediterrâneos ... Não se atrevem com outros países. Talvez porque nesses países as pessoas ficassem mais indignadas, em vez de se debaterem como nós.
Um abraço a todos
Muito obrigado caro Ricardo pelo seu comentário. Concordo inteiramente consigo e parabéns pelo seu Português. Um bem-haja!
EliminarEm O Último Cabalista de Lisboa, romance histórico ambientado nos últimos anos do século XV em Lisboa,Richard Zimler também não é nada generoso, digamos assim, com os portugueses de então, incluindo o rei, vassalo de Isabel e Fernando de Espanha. Eu, brasileir, apesar de vir de duas antigas famílias portuguesas, Carneiro de Mendonça e de Paula Machado, não morro de amores pelos nossos colonizadores, não pelas obras citadas, mas pelo escravagismo, pelo genocídio dos indígenas e pela contemporânea exploração da mão de obra barata - portugueses pagam mal e exploram seus empregados ainda hoje no Brasil.Assim como antes, os portugueses que nos chegam aqui, não são as melhores pessoas. Chegam pobres e semi analfabetos e fazem fortuna, que enviam para a "terrinha"...
ResponderEliminarNão entendo o que vocês têm em mente quando falam em “torpes mulatos”… Pra mim que sou brasileira, o tom da expressão me soa um tanto “supremacista branco”, e por isso, asqueroso. Caso tenha me equivocado com a interpretação da linguagem usada, peço desculpas, mas sugiro mais cuidado com o uso das palavras. Elas podem revelar num ato falho, os preconceitos mais nojentos.
ResponderEliminarDeviam ter dito brancos escuros sem o adjetivo torpes. Tem toda a razão!
EliminarAo ver a série, vim procurar fundamentação histórica a propósito do patético rei português do 4. episódio. Estranhei que um tal rei fosse descendente da Ínclita geração: "Mas, para defensão dos Lusitanos,
ResponderEliminarDeixou, quem o levou, quem governasse
E aumentasse a terra mais que dantes:
Ínclita geração, altos Infantes." Pois a figura da série não existiu.
Sou português, já vi esta série duas vezes. Em ambas, fiquei mal impressionado com a imagem apresentada pelo provável rei português que presumivelmente seria D. Manuel I (com todas as reservas). Todavia já estou habituado à representação quase veridica que as series estrangeiras dão do povo tuga. Isso para mim não aquece nem arrefece. Sempre primámos pelo negativismo e continuamos assim
ResponderEliminarem pleno século XXI. Há uns anos, em Belo Horizonte, vi um filme brasileiro que retratava D. Carlota Joaquina como uma mulher de vida fácil capaz de se envolver sexualmente com 3 homens ao mesmo tempo. O Rei D. João VI é retratado como um verdadeiro corno manso. Pensam que me incomodei?
É um caso de estudo sociologico.para entender/explicar a necessidade de alterar a historia e a caracterização socio-cultura da época só e apenas com o objectivo de denegrir um pais e um povo. Ou será um caso de psicoterapia? Também pode ser pura ignorância e burrice
ResponderEliminarEstou indignada