José Jacob, presidente da Anedota Nacional da Sátira Rodoviária |
Ora esse senhor, que pelas imagens que vêm a público no espaço cibernético, não preza pela frugalidade alimentar e pela prática caminhante ou ciclística que tem tantas vantagens para a saúde dos indivíduos e que chefia a dita autoridade securitária para as rodovias, veio recentemente pronunciar-se usando daquela bocarra fedorenta, que “um dos problemas grandes que existe hoje é a indisciplina dos ciclistas”, sendo que estes precisam de ser “disciplinados”. Já me estou a ver de rabinho empinado com calça meio arregaçada, com os pés assentes nos pedais da minha bina, a ser violentamente chicoteado e “disciplinado” pelo carrasco inquisitório Jacob, obedecendo por sua vez este aos sacros comandos do seu Santo Ofício pagão, senhor de todos senhores, mestre de todos os mestres, o magno Popó!
Este asno, que pelo porte e robustez aparenta nunca ter colocado a cavidade perineal sobre um selim, esqueceu-se de apontar que todos os estudos referem em voz alta e em caligrafia bem clara e explícita, em várias línguas que obedecem às regras mais elementares da gramática e da sintaxe filológica (duvido que o titã conheça algumas) que cidades e zonas urbanas onde há mais ciclistas têm índices muito maiores de segurança para todos os utentes da via pública, automobilistas inclusive. Este parasita de bigode repleto de sebo e banha, sob pomposo e executivo fato engravatado, deve andar por certo a ser sodomizado pelos emissários do ACP, por Carlos Barbosa e o seu coio de preguicentos e néscios pagãos adoradores e idólatras do sacrossanto Popó.
José Jacob, em vez de promover um ambiente salutar entre todos os utilizadores da via pública, não; como por certo foi empossado por um governo que precisa de mediatismo e popularidade, lança estas bestialidades ímpias, néscias, pérfidas, idióticas, iníquas e animalescas, para que a populaça automobilística as acolha em orgiástico êxtase e regozijo, qual déspota tirânico que dá pão aos espetadores dum qualquer circo romano após terem atingido o clímax coletivo ao terem observado dez criancinhas cristãs a serem desventradas por feras leoninas; ou qual bacoco rude caçador que dá bife do lombo a uma matilha de trinta cães vadios esfomeados. José Jacob - aleluia irmão pois o Popó é o senhor na Lusitânia - é uma anedota nacional, é uma nulidade intelectual, faz parte da estirpe mais execrável e desprezível de insetos parasitas que aparentam prezar-se pelo bom nome e urbanidade, mas que não passa de ralé pertencente às famílias da rataria pestilenta, preguicenta e pseudocosmopolita, daquelas a que também pertencem os invertidos Barbosa e Seara, que vão comprar pão ao Continente do Colombo num final de dia de trabalho, porque na padaria do bairro é cinco cêntimos mais caro.
Deixo uma pergunta a esta anedota, que segundo consta, deveria preocupar-se com a segurança rodoviária. Porque não se pronuncia publicamente contra o evidente e claro excesso de velocidade nas cidades, que provoca tantos acidentes mortais em peões, essencialmente crianças e idosos? Desde quando alguém em Lisboa cumpre o caralho dos 50km/h de velocidade máxima? Porque não se esfrega em excrementos Jacob, e não se pronuncia contra as centenas de carros que estacionam sobre o passeio nas cidades portuguesas, situação que provoca situações de elevada insegurança para os utilizadores da via pública, essencialmente os mais vulneráveis como os peões? Porque não engole as próprias massas fecais Jacob, num rasgo escatológico de magna intelectualidade de índole rodoviária, e não se pronuncia, contra o facto de quase muito poucos automobilistas respeitarem o semáforo vermelho na transição do amarelo?
Será que Jacob, não percebe que cidades e países que contrariam a hegemonia do automóvel, que tornam as cidades mais humanas, mais amigas de ciclistas e peões, têm índices muito maiores de segurança, segurança essa que Jacob deveria promover? Lembremo-nos que Jacob é pago pelos camelos contribuintes, ciclistas inclusive, e não esquecer que o camelo mor Jacob recebe dinheiro do orçamento de estado, não de impostos cobrados exclusivamente aos automobilistas. Jacob não percebe que eu, enquanto ciclista sinto que é mais inseguro para mim, muitas vezes ficar parado no vermelho, porque quando vier o verde, o automobilista por norma fará um arranque tipo rally, e logo de seguida far-me-á uma razia a pente fino. O princípio do ciclista passar o vermelho é exatamente o mesmo de quando um peão atravessa o vermelho, situação que é encarada pelo senso comum como normal. Os semáforos rodoviários são uma parafernália tecnológica da era automóvel, que foi massificada nos anos cinquenta exatamente para diminuir a insegurança crescente que se sentia então devido ao incremento no número de carros nas urbes e consequentes acidentes e atropelamentos. Pelas leis da física e da energia cinética (não vos vou ensinar mecânica clássica, vão para a escola) os males para a insegurança rodoviária nunca podem vir daqueles que andam a 20km/h com uma massa total de 90 kg, mas tão-somente dos burgueses que andam com uma tonelada de ferro nas mãos a 70km/h. Sim, meus mentecaptos, um carro de uma tonelada a 70km/h tem uma energia cinética 136 vezes superior a uma bicicleta e condutor com massa total de 90kg a 20km/h! Estamos entendidos Jacob, qual é o principal problema da segurança rodoviária em meios urbanos; foda-se!?
Aónio Eliphis, Copenhaga
PS: Refiro que esta última interjeição gramatical é para ser entendida no sentido estrito e literal do termo, ou seja, faço votos para que José Jacob, com a sua extensa pilinha fininha, a faça contornar o seu enorme relevo abdominal, tipo pescadinha de rabo-na-boca, ou neste caso picha-no-cu, e coloque a cabecinha da sua alongada pilinha, bem fundo no interior do seu cilíndrico e flácido canal anal.
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