Sobre a taxa audiovisual da RDP


Se queremos ter televisão pública com qualidade, temos de pagá-la. Temo é que muitos trabalhadores e pessoas ligadas à RDP não se manifestem em prol do interesse público, fazem-no apenas pois estão em causa os seus próprios interesses pessoais, prática comum em Portugal.

O princípio do pagamento da referida taxa que se paga juntamente com a fatura da luz é que normalmente quem tem luz, tem rádio ou televisão e usufrui por defeito dos serviços públicos de rádio e/ou televisão (exceção óbvia para iluminação pública, jardins, elevadores, etc.). Relembro que a taxa é para a RDP, não apenas RTP. As rádios públicas não têm publicidade por exemplo e passam excelentes programas informativos. Lembro-me por exemplo dos filmes da SIC e da TVI e até extenuava com meia-hora de publicidade em cada intervalo. A SIC não disponibiliza muito conteúdo gratuito na Internet e a TVI apenas muito pouco. A RTP pelo contrário, fornece todo o seu conteúdo na Internet de forma gratuita e sem publicidade.

Este sistema de taxação na Noruega funciona com fiscais do estado que vão a casa das pessoas confirmar se têm TV e paga-se a dita taxa por cada TV que houver em casa. Em Portugal, por questões mais que óbvias, tal medida seria impraticável.

Venho aqui defender a RTP e nunca tive televisão em casa, pagando sempre a dita taxa a muito custo. Todavia enquanto emigrante sinto que a RTP fornece conteúdo muito útil para mim, no seu sítio de Internet, sem publicidade e de forma completamente gratuita. E isso é serviço público, e o serviço público tem de ser pago.

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