Parece paradoxal mas não o é? O que mais deveria agradar a um grande capitalista e agiota internacional, era uma manifestação nas ruas da CGTP pedindo mais salários e mais benefícios sociais, principalmente durante os governos de José Sócrates. O agiota que emprestava dinheiro ao país, sabia muito bem que essas regalias seriam pagas com dívida e não com produção ou riqueza, e mais dívida, mais juros. O país paga agora por ano cerca de 7,5 mil milhões de euros só em juros, aproximadamente 4,5% do PIB, o dobro dos cortes que se procederam para o Orçamento de Estado de 2014. O país esta a pagar agora sucessivos governos fracos que se foram vergando a uma esquerda burguesa e a reivindicações sindicais. Sócrates, com o país em pré-bancarrota aumentou os funcionários públicos em 3% apenas por questões eleitorais. O governo de Passos Coelho corta agora os mesmo rendimentos em 10%. Muito provavelmente nesse diferencial encontram-se os juros da dívida que entretanto foi contraída para o dito aumento de 3%.
Nos dois governos de José Sócrates,
ou seja durante os 6 anos e 3 meses dos XVII e XVIII Governos
Constitucionais, entre março de 2005 e junho de 2011 a dívida cresceu
45,7% do PIB ou seja uma média aproximada de 500 Euros por segundo.
Os funcionários públicos e os portugueses estão a pagar em cada centavo as suas irresponsabilidades eleitorais. Em Democracia, o culpado da mediocridade da classe política é sempre do povo. Por isso apelo que nas próximas eleições votem mais com a cabeça e menos com o coração, e antes de pensarem apenas no vosso quintal, pensem no estado da nação.
Sem comentários:
Enviar um comentário