Bebo apenas água da fonte da Verdade
Autor desconhecido
Autor desconhecido
A questão é fraturante e como tal tentarei ser o mais científico possível, ignorando questões religiosas ou de convicções pessoais. Não posso todavia ignorar as questões morais, nem os próprios defensores da homoparentalidade o podem, pois “moral” vem do Latim e significa “relativo aos costumes”, mas embora sendo eu um homem para quem os costumes dizem muito pouco, não esqueçamos que a génese da palavra foi uma tradução para o Latim da palavra “ética”, esta que vem do grego. A ética diferencia-se da moral, pois enquanto a moral se fundamenta na obediência a costumes consagrados e hábitos recebidos por tradição, a ética busca o seu fundamento essencialmente através da razão, e por conseguinte da ciência. Logo, independentemente do credo ou quadrante político em que nos encontremos, a homoparentalidade envolve assim, indubitavelmente, questões éticas.
Os defensores da homoparentalidade, como o pediatra Mário Cordeiro, referem que diversos estudos académicos, segundo as suas palavras mais de 700, demonstram que uma criança educada por um casal homossexual é tão feliz, bem-sucedida e saudável como uma criança com pais heterossexuais. Segundo refere, para uma criança, não é necessário um pai e uma mãe no sentido clássico, mas somente um polo de crescimento e um polo de regressão. É na realidade esta dualidade, que a criança precisa na sua formação psicológica, para que tenha uma educação estruturada. Ou seja o polo de crescimento é dado tradicionalmente pelo pai, o chamado polo adrenalínico ou de ousadia, em contraste com o polo endorfínico ou maternal.
E concordo inteiramente, já Platão, em Fedro, reiteradamente referia que o homem arrebatado pelo Amor, sentia essa mesma dualidade, qual auriga que conduzia um carro puxado por dois cavalos, um cavalo negro e um cavalo branco. O cavalo negro puxava o amante ferozmente para a pessoa amada, forçava-o no sentido da procura da sua presença, sem rodeios ou restrições morais, já o cavalo branco, mais sóbrio, sistematicamente freava os ânimos do amante, ao travar os avanços do dito carro. O que a criança precisa na sua conceção psicológica é de uma dualidade, que não necessita de ser obrigatoriamente um pai e uma mãe no sentido tradicional, e que lhe incutam uma formação psicológica e educacional estruturada. O próprio pediatra Mário Cordeiro refere que um pai quando embala uma criança, está a ser mãe, e quando uma mãe obriga a criança a fazer os deveres está a ser pai.
Até aqui, totalmente de acordo. Já o pequeno detalhe que o próprio pediatra não alongou muito, foi referir que quer nos casais heterossexuais, quer nos homossexuais, o que pode afetar a educação da criança, é a instabilidade no casal ou as querelas entre os cônjuges, que tanto sucedem em casais heterossexuais como homossexuais. Então continuemos na ciência. Dados estatísticos referem que 28% dos homens homossexuais tiveram mais de 1000 parceiros ao longo da sua vida. É também referido que 83% dos homens homossexuais entrevistados no dito estudo estima que tenha tido relações sexuais com 50 ou mais parceiros ao longo da sua vida, e 43% estima ainda que teve relações sexuais com 500 ou mais parceiros. Refere a mesma fonte que 79% dos homens homossexuais entrevistados referiram que mais da metade dos parceiros sexuais que tiveram eram apenas estranhos.
Dir-me-ão que são apenas affairs de solteiro livre, e que perante o ato do matrimónio o homossexual homem tende a ser mais fiel ao seu parceiro. Mas os dados estatísticos revelem o contrário. Pois segundo os estudos científicos no que concerne ao matrimónio, e agora não podemos ignorar a ciência, há uma taxa extremamente baixa de fidelidade sexual entre os casais de homens homossexuais em relação aos casais heterossexuais. Nos casais heterossexuais 85% das mulheres relataram a sua fidelidade sexual, sendo que entre os homens o valor foi de 75,5%. Entre os homens homossexuais no seu relacionamento atual, apenas 4,5% relatou fidelidade sexual.
Pergunto eu então apenas, na senda pela tão apregoada verdade científica, como pode uma criança ter estabilidade emocional e ter uma educação estruturada, considerando os dados supra expostos? Falo-vos como homem-livre e devo referir que tenho forte aversão às denominadas tradições e aos bons costumes, todavia não posso deixar de evidenciar uma clarividência que tem de ser relevada, na defesa do maior e magno interesse das crianças.
Convinha também ter mais estudos que reportassem o mesmo. A associação de igreja com este estudo, leva-me a desacreditá-lo um pouco, ainda que talvez possa realmente ser verdade.
ResponderEliminarE a verdade também é que existem casais homossexuais que são fiéis um ao outro. Poderão realmente ser em menor número, mas existem, e esses também merecem ser tidos em conta.
Não sou um homem muito religioso e muito menos partidário desta "igreja" que cita os estudos, mas os estudos citados por uma igreja sobre o tema em apreço, têm tanta credibilidade como os "milhares" de estudos citados pela ILGA. Sejamos coerentes!
EliminarE "igreja" em causa ao referir os estudos aponta as diversas fontes que deram origem às afirmações.
O que diz é verdade, e no artigo, não nego que não devamos fazê-lo porque existe maior percentagem. Não podemos negar direitos à partida devido a estatística. Quis apenas evidenciar alguns factos que são olvidados por muitos.
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