O mercado regulado da energia terminará definitivamente em 31 de dezembro de 2015. A EDP Universal que fornece eletricidade no mercado regulado tem enviado aos seus clientes cartas, onde explicita detalhadamente o processo de transição e apresenta uma lista com os operadores no mercado liberalizado. A boa-nova, dizem os arautos do capitalismo, é que com o mercado liberalizado, desaparecerá o monopólio da EDP e a energia ficará mais barata. Tal paradigma poderá até ser verdade a longo prazo, mas por agora a fatura ficará mesmo mais cara. A fatura ficará mais cara, mesmo com os preços mais baratos, e a razão é simples: no mercado liberalizado acabarão as tarifas bi-horárias e tri-horárias.
Passo a detalhar o meu caso. Eu, como muito dos portugueses que têm tarifa bi-horária, faço muito do meu consumo energético durante os chamados períodos de vazio, onde há menos consumo de energia, e como tal, menos procura implica preços mais baixos. Toda uma série de eletrodomésticos nos dias de hoje, permitem que se façam programações do seu funcionamento, por exemplo podemos programar a máquina de lavar roupa ou de lavar loiça, para trabalharem apenas à meia-noite, sendo que estes eletrodomésticos são dos que mais consomem energia numa habitação. A questão é que com o mercado liberalizado, o preço será o mesmo para todas as horas do dia. Eu já em 2012 no mercado regulado pagava nas horas de vazio (regime diário, a partir das 22h) 8,33 cêntimos por kWh (sem IVA), sendo que nas horas fora do vazio o preço era 15,51 cêntimos. O que sucede é que eu por mês consumia aproximadamente 110 kWh nas horas fora de vazio e 95 kWh nas horas de vazio, i.e., consumia cerca de 45% de toda a minha energia após as 22h, a qual pagava apenas 8,33 cêntimos por kWh.
Com o fim do mercado regulado, desaparecerá a tarifa bi-horária, e dizem os operadores que a eletricidade ficará mais barata, mas tal é apenas nas horas fora do vazio. Vejamos: no meu novo contrato com a EDP Comercial, operador do grupo EDP no mercado liberalizado, o preço por kWh será 13,65 cêntimos, que na realidade é mais barato cerca de 12% face ao preço da eletricidade no mercado regulado nas horas fora de vazio, mas é mais caro 60% em relação ao preço que pagava pela eletricidade nas horas de vazio. Ou seja, feitas as contas, considerando o meu consumo médio total de 205kWh/mês, antes pagava 25€ em eletricidade (esquecendo as taxas de audiovisual, IVA e outros impostos). Com o mercado liberalizado, com um preço fixo de 13,65 cêntimos/kWh e com o mesmo consumo passarei a pagar 28€, ou seja um aumento de 12% na fatura da luz, esquecendo todos os aumentos que já houveram no princípio do ano, e no IVA.
A EDP, e mesmo as outras companhias do mercado liberalizado, ludibriam asssim os seus clientes, pois com o fim das tarifas bi-horárias e tri-horárias os clientes pagarão mais no final do mês. Já para não falar nas questões ambientais, e nas questões de otimização e eficiência da rede elétrica, pois a REN fica eventualmente obrigada a melhorar as suas infraestruturas, para que estas estejam preparadas para suportar picos de consumo, pois os clientes não se sentirão motivados a consumir em períodos noturnos ou em fim de semana, onde o consumo é muito menor.
De referir ainda que é mesmo muito estranha esta política, pois com o enorme parque eólico que Portugal tem, e sendo o armazenamento de energia elétrica em larga escala uma tarefa em termos técnicos e financeiros, praticamente impossível, haveria que incentivar o consumo energético durante a noite, quando o vento sopra nos aerogeradores e quando o consumo é diminuto. O que sucede é que mesmo com esse consumo diminuto, haverão sempre grandes empresas consumidoras de energia que comprarão essa energia a um preço quase gratuito, já o pequeno consumidor, paga-a ao preço máximo.
O problema é a desregulação consequente da política energética que temos tido. Leia mais em http://a-ciencia-nao-e-neutra.blogspot.pt/2009/09/energia-solar-negocios-portugueses-e-as.html
ResponderEliminarAssim percebe porque é que agora temos de pagar. Basicamente, o Estado não pode assumir tanto. O consumidor que pague os desvarios Socraticos.
Meu caro
EliminarLi atentamente o seu artigo!
Em relação às questões da subsidiação e dos preços altos da energia tenho apenas a dizer o seguinte a todos os ambientalistas que com esta política ideológica "matamos dois coelhos de uma só cajadada": incentivamos as energias renováveis e desincentivamos o consumo energético!
Ou seja, eu como consumidor consciencioso do planeta onde vivo, não me importo de pagar mais pela luz, se souber que esta vem na sua maioria dos aerogeradores ou do sol, e segundo, com o preço alto da luz, farei todos os esforços para que seja mais eficiente energéticamente.
Se os EUA e a China não ratificaram Quioto, é tão-somente porque não passam de governos irresponsáveis e insensíveis face às alterações climatéricas que vão acontecendo no planeta. Podemos todos voltar ao carvão e começamos todos a queimar desmesuradamente carvão, uma energia barata, mas com graves consequências para o planeta pelas altas emissões de CO2.
Já em relação ao facto de a tecnologia das renováveis ser estrangeira, bem meu caro, diga-me lá o que é que se faz por cá de tecnológico de relevo, sem ser rolhas e vinho? E o NAL, e a Alta Velocidade, e a expansão do metro de Lisboa, não se fazem à custa de tecnologia estrangeira?
Não sou do PS, não trabalho na EDP, nem em nenhum revendedor de aerogeradores, mas creio veementemente, que foi das únicas políticas POSITIVAS do governo Sócrates, foi a política energética!
Altos incentivos às renováveis-> Maior soberania nacional do ponto de vista energético a longo prazo.
Energia CARA-> Fomenta a eficiência energética
Concluindo, como sou ambientalista: consumimos menos energia, e a que consumimos provem de fontes renováveis. Só posso concordar!
Você é um monte de contradições. Rebela-se contra o aumento, mas quando lhe tento explicar porque é necessário, já diz que é favorável a esse aumento.
ResponderEliminarA forma de aumentar foi esta, provavelmente para obrigar todos os portugueses a pagar pelo custo enorme que se prodziu com a mafia das renováveis.
Acho que tem de ler um pouco mais e pensar. Se pensa como político, que compra a primeira ideia com bom marketing, terá problemas.
Por fim, a longo prazo, o investimento que fizemos não estará presente. Novas tecnologias existirão entretanto. Mas não as poderemos pagar. Por outro lado, estude que empresas ESTRANGEIRAS têm ganho com a nossa "inovação solar".
Eu não disse que era favorável à importação tecnológica para as energias solares! Eu perguntei todavia, qual empresa ESTRANGEIRA é que ainda não lucrou com a "inovação" do país? Desde as auto-estradas faraónicas, a Alta Velocidade, os Magalhães, o NAL, o metro, ou mesmo o telemóvel ou o carro de que o meu caro é proprietário! Faço-lhe outra pergunta: vê alguma empresa nacional com tecnologia para fornecer o país em larga escala e com preços competitivos, aerogeradores ou paineis solares?
EliminarQual era no seu entender a alternativa às renováveis? Carvão? Nuclear? Fukushima não serviu de exemplo...
Eu no artigo não disse que estava contra o aumento na fatura, apenas elucidei os leitores para a Verdade: que vai haver aumento na fatura ao contrário daquilo que eles dizem. Se esse aumento servir para financiar renováveis, pois meu caro: concordo!!!
Cumprimentos
O problema deste toto do tecnico , que era o maiuor cromo da turma é que não é ninguém, pá , anda ai a dar explicações e merdas e preocupa-se é com os carros .....Este tipo enfim, ainda lhe dão crédito...epá caguem no cromo,,,infeliz de merda...., olha lá ... ainda és gago?
ResponderEliminarLol... Que é cromo e um ze-ninguém ja deu para perceber, mm sem ter o desprazer de o conhecer pessoalmente.
EliminarSó não tinha dado para perceber que era gago!!! Ganda nóia!! Assim de repente estou a tentar visualizar a cena qdo este bem-falante diz que corrigiu/ajudou o agente da psp que estava com dificuldades na palavra ENERGÚMENO. AHAHAHAHAH!
EPIC FAIL!
Putos anónimos, voltem para o facebook!
ResponderEliminarÒ paulo vieira ganhe vida pp!! quem tá a essa hora a ler imbecilidades ou é zombie ou não tem gaja para comer!
ResponderEliminartenho para mim que esse paulo vieira é a mae do cromo; so nao percebi se esta a fazer um apelo ou a dar uma ordem, eheheh
ResponderEliminarse não for, olha... realmente a essa hora, nem sei o que te diga, mas provavelmente o melhor ainda será pedir a pagina do correio da manha e umas dicas ao teu amigo cromo http://www.youtube.com/watch?v=q1awTOoxAno&feature=youtu.be
tenho p mim q este paulo vieira é a mae do cromo.
ResponderEliminarse nao for, olha....... nem sei o que te diga! provavel/ o melhor que te resta fazer ainda é pedir a pag do correio da manha e umas qtas dicas ao teu amigo cromo http://www.youtube.com/watch?v=q1awTOoxAno&feature=youtu.be
ò cromo, dás explicaçoes? de que?e sera q passas recibo?
ResponderEliminarApenas para referir que o cromo dá explicações de matemática ao ensino superior e que tem orgulho em referir alto e bom som, que passa recibo de TODAS as explicações.
EliminarOra veja este artigo por mim redigido:
http://www.matematicaviva.pt/2011/07/o-explicador-e-fiscalidade.html
Saudações velocípedes
e tem habilitações para isso?é formado em matematica??
ResponderEliminarO cromo refere ainda ao anónimo, que o cromo é licenciado em engenharia electrotécnica e de computadores (pré-Bolonha, 5 anos) pelo Instituto Superior Técnico, estando o cromo inscrito na ordem dos Engenheiros, referindo ainda que o cromo fez todas as cadeiras SEM EQUIVALÊNCIAS.
EliminarSaudaçoes velocipedes