Meu povo, mereceis a merda que tendes!


Que dizer deste povo? É vê-los nas manifestações a gritarem por mais salários e mais direitos, é vê-los a fazerem greves constantemente, é vê-los dizerem que somos governados por corruptos, é ver os milhares de jovens encherem as ruas em protesto porque são quinhentoseuristas, é ver os estudantes aos berros dizerem "não pagamos" às propinas, é ver os polícias em protesto porque, coitadinhos, ganham pouco; é ver os nossos medíocres professores (comparativamente, dos mais bem pagos do mundo) aos berros porque ganham pouco e é ver os incompetentes funcionários públicos dizerem ao governo "eu quero aumento, porque eu quero, porque eu mereço". 

Um velho ditado deste mesmo povo diz que "cada um tem aquilo que merece"; pois então meu povo, mereceis a merda que tendes:

E não me venham os energúmenos do PC e do BE dizerem que a culpa é do governo e dos patrões.

Quando agora mesmo há pouco vim do café, e todo este meu povo gritou euforicamente porque um madeirense marcou um golo, e quando este mesmo povo meu dentro do mesmo café, vibrou e delirou alegremente com a vitória de um clube qualquer de Madrid, só porque tem por lá um madeirense famoso e um mercenário de Setúbal, que ganham 13 milhões e 10 milhões de euros por ano respetivamente (3387 ordenados mínimos em PT), e que contribuem com ZERO para as finanças públicas e para a riqueza de Portugal, pois meu povo, tendes mesmo a merda que mereceis.

Conhecem o síndroma daquelas mulheres que passam a vida a queixarem-se que só arranjam homens de merda que as tratam mal, mas quando um homem inteligente, bondoso e cordato lhes aparece na vida, elas até o desprezam e ignoram completamente, porque ele não tem o je ne sais quoi?

Quando um povo idolatra aqueles que só lhe dão circo,
nada pode mais esperar que tão-somente a miséria.


Viva Portugal!!!

4 comentários:

  1. Os ultraliberais e os capitalistas chulos, que por sua vontade poriam as pessoas a trabalhar 7 dias por semana, 12 horas por dia; despediriam (sem indemnização) na 2ª feira se o seu clube perdesse ou a mulher lhe pusesse os cornos, ficariam muito felizes ao lerem este texto, sabendo que há pessoas que pensam que a culpa é de quem trabalha, estuda e de quem se manifesta. Antes de te pronunciares tens de deixar de passar uma horas depois de presenciares algo que não gostes, para não escreveres "a quente".

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  2. Meu caro, e não escreveu vc também agora a quente?
    Mas usou o anonimato, para não se expor!

    Eu não estou de todo contra quem trabalha, pois eu também sou um mero e simples funcionário público. Agora, garanto-lhe que a dinamização da economia e a riqueza, em Portugal, são incompatíveis com um estado comunista. Nenhum patrão, mesmo que esteja muito mal disposto, o vai despedir, se souber que vc é uma peça produtiva na empresa, pois o objetivo duma empresa (é legítimo) é o lucro.

    A culpa do estado que vivemos, obviamente que não é de quem trabalha; é pelo contrário, daqueles que gastam mais energia a protestar nas ruas, do que a fazer algo construtivo, sendo que trabalhar (e produzir) é um caso particular dessa construção comum.

    Agora, volto à epígrafe da questão: Quando um povo idolatra aqueles que só lhe dão circo, nada pode mais esperar que tão-somente a miséria.
    Quem é que nos tem dado só circo nos últimos anos?
    Os senhores do futebol, as máquinas de propaganda dos partidos (de esquerda fundamentalmente), a comunicação social mais degradante como as grandes TV, etc.

    Enquanto o povo não começar a analisar de forma racional as propostas dos partidos, em vez de ir somente às jantaradas (a forma mais primária e instintiva de caça ao voto, "compro-te o voto com comida") e às inaugurações de obras ruinosas; não vão haver melhores ordenados, menores horários de trabalho, nem melhores condições de vida.

    Saudações

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  3. Estou inteiramente de acordo com a totalidade do que é dito no parágrafo alusivo aos madrilistas. Cambada de mercenários e intertesseiros.

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