Eu enquanto cliente da Caixa Geral de Depósitos, sou ferveroso adepto dos seus serviços em-linha (a que a plebe aduladora da cultura estrangeira e a própria empresa denomina por online). Todos os serviços em-linha dos bancos e das grandes empresas têm uma série de benefícios, entre os quais a poupança de papel o que significa menos umas árvores abatidas nas florestas. Claro que este é o factor que menos interessa às grandes empresas e aos grandes bancos, pois com as faturas eletrónicas e com os serviços em-linha que os bancos providenciam, poupam em correio, em material (papel, impressões, envelopes) e poupam em recursos humanos. No entanto o princípio que evocam para nos sensibilizar como clientes é sempre o factor ambiental e da comodidade.
Confesso que o princípio dos serviços em-linha não me desagrada de todo, até porque a disseminação do mundo eletrónico e a banalização do correio-e (a que a plebe denomina por email) torna estes métodos muito mais cómodos e rápidos. Aderi e todos eles, nos meus fornecedores de serviços (água, gás, eletricidade, inter-rede) e também no banco.
O que eu já não posso tolerar de todo, mas não tolero mesmo, é que além de ter facilidado a vida à empresa com a adesão aos serviços em-linha, estas empresas continuam muitas vezes a bombardear-nos com publicidade não desejada, quer no navegador, quer na caixa de correio-e. Eu optei, por questões filosóficas e pessoais, por não ter televisão, pois consumo muito menos publicidade, e fico muito menos propenso ou impelido a comprar futilidades de que não preciso e nem quero; mas tal não quer dizer que seja um indigente, um analfabeto ou alguém completamente alheado do mundo que me rodeia. Leio jornais, vejo as notícias pela inter-rede, e por aí. O que mais repudio é a publicidade, pois a publicidade dá o altar e o pódio a quem tem dinheiro, e não a quem tem o mérito.
A CGD (Caixa Geral de Depósitos) recentemente alterou o seu acesso aos seus serviços em-linha, que até então estavam desprovidos de publicidade, sendo que o utilizador era diretamente reencaminhado para a página de acesso. A partir de agora, para acedermos à Caixa Directa online somos reencaminhados para o sítio principal www.cgd.pt onde temos que mamar, passo o plebeísmo, com a nefasta publicidade do banco e dos seus respetivos produtos (PAP e diversos produtos com atores engravatados dos quais não sei o nome)
Assim sendo, enquanto cliente, manifestei o meu total repúdio aos serviços do banco, missiva que coloco de seguida.
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Exmo. Senhores
Venho por este meio manifestar o meu total repúdio pela nova (desde há algum tempo) forma inicial com que a Caixa Directa on-line se apresenta ao cliente.
Nós, enquanto clientes, e por comodidade, facilitamo-vos a vida a vós e melhoramos os resultados do banco, ao aderirmos aos serviços online.
Gostaria que a CGD mantivesse um sinal de reciprocidade.
Desagrada-me bastante, a publicidade inicial do sítio www.cgd.pt.
Rogo-vos que não me obriguem, enquanto vosso cliente, a consumir a vossa publicidade quando acedo ao serviço Caixa Directa on-line
Deem-me por favor um URL direto para a Caixa Directa online, sem passar pela publicidade do sítio www.cgd.pt
Muito obrigado e melhores cumprimentos
João Pimentel Ferreira
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