ACP, declaro que não sou sócio


Nota prévia: Devido ao conteúdo deste artigo, fui constituído arguido com termo de identidade e residência, numa acusação criminal por difamação e calúnia, feita pelo ACP e pelo seu presidente Carlos Barbosa. Veja mais informações AQUI, AQUI e AQUI.

Carlos Barbosa e Associados, os fdp que andam a lixar a vida aos portugueses

Tenho carro, fodo o país e os outros.... e que se foda!!!
O idiota e o energúmeno que dirige os desígnios do Real Automóvel Club de Portugal, entidade nefasta para os desígnios da nação, cuja plebe denomina somente por ACP, veio recentemente a público referir que considera que os preços dos combustíveis estão altíssimos, e que se deveriam instituir bombas de gasolina de baixo preço para que se incentivem as pessoas a andar de carro. Este biltre, cujos pais decidiram chamar de Carlos, e cujo patronímico deve ser Barbosa, não deve por certo estar satisfeito com os desígnios claramente catastrofistas e quase apocalípticos que o nosso país atravessa, e ainda por cima ousa abrir a boca para pronunciar-se sobre medidas que nos enterrarão ainda mais como nação. Faço um apelo veemente a todos os nacionalistas: irradiquem, sem qualquer mácula física obviamente contra a pessoa em questão, os interesses instalados do ACP e do seu coio de preguicentos, que tanto definham este país, pois deveria ficar lavrado em decreto real e republicano que o senhor em apreço só se poderia deslocar doravante a pé, e quanto muito de transportes públicos, após um pagamento extraordinário de 10€ por viagem, para que se ajude a sanar o passivo brutal das empresas públicas de transportes.

Passo a detalhar a minha indignação em seis pontos:

Sai mais barato suster uma amante do que um carro

Vários estudos demonstram claramente que ter carro sai caríssimo. Os estudos mais moderados apontam para cerca de 290€/mês, sendo que os mais encarecedores referem cerca de 600€/mês. O estudo, de fonte teoricamente mais séria que encontrei foi de uma jornalista do Expresso que detalhando todas as despesas apontava para um valor de cerca de 450€/mês. E parece que num momento de crise poucos hábitos de mobilidade se alteraram, sendo que os portugueses não prescindem de todo do seu automóvel particular. Á pois é, o tuga prescinde de pão para os filhos se for preciso, mas não lhe tirem o santo carrinho para as suas frívolas viagens até ao Colombo e até Cascais. Se me estiver a ler, já alguma vez fez as contas ao custo total em que fica um carro? Pois eu quis saber e inquiri o INE nesse sentido, e uma funcionária muito zelosa desse magno instituto de estatística referiu-me muito cordialmente: “Lamentamos mas não temos essa informação nem sabemos onde obtê-la”. Este ínclito país fundado por Afonso I entrou no século XXI com cerca de 500 automóveis por mil habitantes, e se descontarmos os recém-nascidos, os enfermos, os indigentes, os acamados nos hospitais e os velhos que recebem a extrema-unção, pode claramente atestar-se que não há nenhum português que não tenha o seu carro. Pois meus caros; faço-vos um anúncio: não quero fazer parte da estatística que afunda o país e digo-vos que vou vender o carro nas próximas semanas.

Já pensaram nas despesas que gastam em combustíveis (gasolina, gasóleo, GPL, eletricidade), em seguro automóvel, em estacionamento e parquímetros, em portagens, em imposto único de circulação (IUC), em manutenção e revisões, em substituição de peças que se desgastam (pneus, suspensões, etc.), em inspeção periódica e reinspecção, se caso disso, na desvalorização do carro, no risco de acidente (custos de saúde, custos com reparações, indeminizações, agravação de prémios, valorização do tempo perdido), em multas, em risco de roubo e ainda nas lavagens e até nos arrumadores. Se o carro for novo, pode contar meu caro, com pelo menos 400€/mês. E parece que com a crise a mudança é muito pouca. Com o 25 de Abril, passámos do miserabilismo salazarista para o novo-riquismo socialista, e parece que o carro sempre foi um menino de oiro dos nossos governantes, mesmo que tal vá enterrando as finanças públicas com as conhecidas consequências funestas para a nação. Portugal é dos países da UE com mais autoestradas, Portugal está no terceiro lugar na EU em número de carros por pessoa, e tem o maior crescimento da rede de autoestradas. Lembrem-se meus caros, que este belo país à beira mal plantado, tem-se endividado muito e mesmo muito para construir as famigeradas autoestradas por esse país fora. Belas obras socráticas e cavaquistas que ficaram na memória como a quase extrema-unção num país que não tem indústria automóvel própria nem tem recursos petrolíferos endógenos.

O carro é uma máquina de morte

A maior causa de morte em Portugal são indubitavelmente as doenças cardiovasculares. Os fatores de risco para este tipo de doenças são entre outros, o sedentarismo, ou seja, é mesmo fazer pouco ou não fazer nenhum. Naturalmente o carro, entra nesta estatística macabra, pois com o santo carrinho, só levantamos a peida para a pôr dentro do banco do habitáculo e só a levantamos novamente para nos sentarmos no café, no trabalho ou no sofá a ver o Benfica-Porto (escrevo enquanto dá na TV o Benfica-Porto e não se vê ninguém na rua: este povo básico e frívolo quer mesmo só carro e circo). De referir ainda que ocorrem 800 mortes na estrada todos os anos devido a acidentes de viação. Abdicar do carro, é passarmos a ir para o café a pé, é passarmos a ir para o trabalho de transportes públicos e a pé, é movimentarmo-nos, é mexermo-nos, é queimar aquela barriga e aquela gordurinha que nos anda a chatear e a molestar, é vivermos mais tempo e de forma mais saudável. Esqueçam os ginásios, não passam de salas de tortura para bisontes e armários que se exercitam apenas com o intuito meramente egoístico da autoestima e da beleza corporal; sendo quase sempre completamente centrados em si próprios.

Percebe-se por que é que o ACP já nos traz o médico a casa. Quando só levantamos a peidola para a meter e tirar do assento do carro, ficamos mesmo predispostos a precisar de um médico muito zeloso para curar as nossas enfermidades do foro cardiovascular. O Sr. Carlos Barbosa e o seu cartel criminoso de compadres e associados, promovem assim a desgraça dos cidadãos e dos portugueses, pois se a maior causa de morte em Portugal são as doenças cardiovasculares cujo grande fator de risco é o sedentarismo, leia-se, o carro; culpo eu assim o Sr. Carlos Barbosa e seus associados por homicídio por negligência ao abrigo do n.º 1 do art.º 137.º do Código Penal. Aliás, nem é homicídio, deveria mesmo ser genocídio generalizado da população lusa, pois 37 mil mortes todos os anos devido a doenças cardiovasculares é muita gente que morre por ano, devido ao sedentarismo excessivo, ou seja, devido à democratização do carro. Mais uma vez faço um apelo generalizado a todos os homens e mulheres conscientes e nobres deste país, para que irradiquem sem pudor ou sentimentalismos, os interesses instalados do Sr. Carlos Barbosa e da mafia que com ele se dá. É para o bem dele, verão que durará mais anos.

Esquecendo agora o sedentarismo provocado pela democratização do automóvel, que é uma causa indireta da mortandade em Portugal, existem as causa muito diretas que são os cerca de 35 mil mortos provocados por acidentes de viação em Portugal desde 1987, tal como consta no somatório dos relatórios anuais da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, estando o automóvel envolvido na quase totalidade destes acidentes mortais de viação. De referir ainda, e não menos importante, são os quatro atropelamentos que ocorrem todos os dias em média em Portugal (uma média diária de 2,2 em Lisboa e 1,7 no Porto), sendo a maioria das vítimas pessoas de terceira idade, naturalmente mais frágeis. E o que é revoltante é que segundo a mesma fonte por exemplo em Lisboa em 2006 dos 1111 atropelamentos 353 foram nas passadeiras. Só no ano de 2007 até agosto, em Portugal, tinham sido atropelados mais de quatro mil peões, dos quais 74 morreram.

Conclui-se assim muito facilmente que o carro é uma máquina de mortandade em Portugal, desde as causas indiretas como o sedentarismo excessivo, assim como as causas diretas como os acidentes de viação fora das localidades em vias rápidas e auto-estradas, ou mesmo dentro das cidades; mas também a mortandade que o carro provoca nos peões, a parte mais fraca e mais débil na mobilidade urbana, e que deveria ser protegida, e a sua segurança zelada a todo o custo pelas autoridades nacionais.

Pensamento ACP: tenho carro, fodo o ambiente e que se foda

Cerca de um terço de todas as emissões de dióxido de carbono (CO2) na Europa vem dos transportes. O CO2 emitido pelos automóveis provoca efeito de estufa e aquecimento global, cujas consequências são amplamente conhecidas, como secas e consequentes incêndios, inundações com a expansão dos oceanos e o derretimento das calotas polares, catástrofes naturais como furacões e tempestades e desaparecimento de espécies. Portugal, segundo dados da Comissão Europeia tem a suas emissões de CO2 em níveis acima daquilo que se comprometeu no protocolo de Quioto. Mas para o biltre e patife do Sr. Carlos Barbosa, Quioto é tão-somente uma cidade longínqua no Japão onde alguns países assinaram um acordo de intenções que não é para ser cumprido. Mas não se tratam só de emissões de dióxido de carbono, pois dióxido de carbono, emitimos todos nós quando respiramos; os carros emitem além do CO2, muitos outros gases poluentes que são extremamente severos para a saúde dos seres humanos como hidrocarbonetos, monóxido de carbono (CO), óxido de nitrogénio (NOx), partículas em suspensão e óxido sulfúrico (SOx). E esta poluição atmosférica é particularmente severa nas cidades devido à elevada concentração de veículos, mas também devido ao facto de nas cidades os carros andarem muitas vezes no denominado pára-arranca, em que nestas situações, os índices de emissão de gases poluentes é muito maior. A poluição atmosférica provocada pelos veículos provoca graves patologias para a saúde humana, e muito particularmente para o sistema respiratório, como asma, bronquite, pneumonia, cancro do pulmão, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica), fibrose quística e também doenças cardiovasculares. Aliás há vários estudos que referem que a probabilidade de se apanhar doenças mortais do foro respiratório é muito maior se vivermos na cidade em comparação com o campo, e tal deve-se quase na totalidade aos automóveis, cujo clube nefasto é dirigido pelo patife do Sr. Carlos Barbosa. Um estudo da universidade de Birmingham no Reino Unido correlaciona mesmo a poluição causada pelos veículos com milhares de mortos por pneumonia.


Pensamento ACP: tenho carro, faço muito barulho e que se lixe

As cidades portuguesas estão repletas de carros, e estes provocam uma poluição sonora extremamente ruidosa e severa para a saúde das pessoas. Faça este exercício: vá até a uma rua comum da sua cidade; pare perto da estrada de forma discreta; feche os olhos durante um minuto e analise cuidadosamente o que ouve. Reparará que o que ouvirá é essencialmente ruído provocado por automóveis. A poluição sonora, que é deveras elevada nas nossas cidades e que é essencialmente provocada pelo carro, degenera em estresse, enxaquecas, problemas ao nível hormonal, desordens do sono, perda de audição, hipertensão e problemas cardiovasculares. Aliás, um relatório recente da OMS revela mesmo que morrem todos os anos no mundo 210 mil pessoas devido a enfartes causados pela poluição sonora. A mesma organização revela que um em cada cinco europeus está regularmente exposto a níveis de ruído durante a noite que pode prejudicar significativamente a saúde, e tal deve-se maioritariamente aos automóveis. Façamos todos um exercício nacionalista e dirijamo-nos todos à mansão onde habita o biltre do Sr. Carlos Barbosa e coloquemos-lhe uns altifalantes bem elevados em frente à janela onde dorme, altifalantes esses que simulem o barulho noturno provocado pelos automóveis; e não o deixemos dormir como retribuição pelo que este mafioso promove nas cidades portuguesas.


Tenho carro, ocupo passeios e espaço público; e que se foda

O caso de Lisboa é paradigmático do que refiro. Entram 400 mil carros todos os dias em Lisboa; se os quiséssemos estacionar todos lado a lado, frente a frente, considerando os valores regulados para o estacionamento individual em parques de estacionamento que é 12 m2, teríamos um parque de estacionamento de 8,4 km2. Esse parque de estacionamento para todos os carros que entram em Lisboa seria a segunda maior freguesia de Lisboa, só ultrapassada pelos Olivais com cerca de 10 km2. O caso do centro de Lisboa é paradigmático do que refiro. Os carros estão em cima dos passeios desrespeitando pessoas com mobilidade reduzida, velhotes, mães com carrinhos de bebés. O tráfego é insanável dentro de Lisboa, ocupando espaço público vital que poderia muito bem ser usado proficuamente para fins muito mais prazerosos de lazer público, como jardins, parques infantis, esplanadas, praças e passeios maiores. Como resolve a CML este problema? Com parques de estacionamento subterrâneos extremamente onerosos para o erário público; aliás, a EMEL vai investir nestes próximos anos 40 milhões de euros em parques de estacionamento.


Tenho carro, afundo a economia do país; e que se foda

Vamos à parte que mais interessa a muitos destes medíocres neossemitas engravatados e higieno-fascistas que adoram folhear as páginas dos jornais económicos de tons alaranjados, meras e mui frívolas cópias de jornais financeiros com proveniências anglo-saxónicas. Falemos então das questões económicas para o país, pelo facto de quase cada português ter um carro. Estranha-me mesmo bastante que os nossos afamados economistas nunca tenham abordado esta questão deveras premente. Ora vejamos: Portugal como todos sabem, não tem indústria automóvel própria, tem somente fábricas cujos lucros vão para acionistas estrangeiros. Não há uma empresa com capitais portugueses que produza automóveis, assim sendo quando um tuga compra um carro, além de se estar a endividar a si através das financeiras e do crédito automóvel, está invariavelmente a endividar o país. Entre 1990 e 2004 houve um aumento no parque automóvel em Portugal de cerca de 130 por cento. Eu relembro os mais incautos que todos estes carros foram importados, ou seja, endividamos o país para os poder importar, pois não os produzimos. Mas tal como à puta amante luxuosa, não basta pagarmos a primeira foda; também o carro tem os seus vícios financeiramente sorvedouros para o país. Ao importarmos um carro, além de estarmos a endividar seriamente o país para o adquirir, estamos a criar as condições para nos afundarmos ainda mais na manutenção do carro, ou seja: combustíveis. Portugal não tem recursos petrolíferos e dados da Comissão Europeia, revelam que 99 por cento dos transportes em Portugal movem-se a derivados do petróleo que temos que importar. Aliás, dados do INE revelam mesmo que as maiores importações que Portugal faz são combustíveis (15%) e as segundas maiores importações que o país faz são automóveis (12%). Eu fiz as contas: Portugal em 2010 teve de importações 66 mil milhões de euros e de exportações 55 mil milhões de euros. Bastava que num determinado ano, simplesmente embargássemos todas as importações de automóveis, e com a consequente poupança de combustíveis, e em menos de dois anos teríamos a nossa balança comercial equilibrada, com as conhecidas vantagens económico-financeiras para os portugueses e para o país; algo que já não sucedia desde os tempos do tio Salazar. Estranha-me mesmo muito, todavia, que nunca tenha ouvido nenhum economista de renome da nossa praça, abordar esta questão.


Irradiquemos os interesses do ACP

Serei radical, fundamentalista, ou deu-me apenas um ataque extremo de lucidez em prol do interesse público?

As singularidades astrofísicas do Verso


Se sou a singularidade astrofísica por desvendar
Apenas um fator periódico mundial e milenar,
as partículas do cosmos incutem-me o verbo Amar
e cada batalha feroz é um gesto, um zumbido ou um olhar
A cada letra sei que escrever é cada vez mais premente
É com a chama do caracter que apodrecem as algemas da mão
percorro a cada dia, os labirínticos trilhos da mente
Leio Pessoa; aguardo serenamente El-Rei Dom Sebastião

Porque a Mensagem que nos deixou é Profecia
É a Mensagem que o Infante iniciou, é Maresia
Escrevendo escreverei o que mais ninguém diria
É a Mensagem indelével do Mensageiro: É Poesia
E no dia-a-dia, faço cálculo combinatório e integral
Derivo e resulto na magna singularidade que represento
A cada jorna, sinto a impetuosa lascívia racional
É só sal de Adamastor. É só tormento!

Deus é Grande e o Homem soube-O sonhar
em cada átomo, em cada astro a gravitar
em cada ave dos céus, flor do jardim, ou peixe do mar
em cada mulher com os fartos seios por mostrar
em cada homem que a ama sem cessar
em cada Templo infindável do Amor por edificar
em cada onda eletromagnética que se propaga pelo ar
Em cada gesto teu, no teu sorriso, no teu olhar

Numa equação algébrica vejo a Análise Divina
em cada integral revejo a serpente de Adão
Se não tivesse a bíblica Eva como prima
dir-me-ia que uso apenas e somente a mão
Vejo Deus nosso Senhor em cada face feminina
Falta-me compreender a Sua magna Perfeição
Procuro de entre as partículas do cosmos a minha sina
Dai-me Senhor os Mistérios d’El-Rei Dom Sebastião

Martinho da Arcada, Março de 2012

O aborto urbanístico denominado ciclovia da Expo


Exmos. Senhores do Jornal do Parque das Nações

Venho por este meio, reportar a V. Exas. o estado lastimável e completamente inadequado da ciclovia principal do Parque das Nações, ao longo da Alameda dos Oceanos, entre a rotunda dos Vice-Reis e a rotunda inferior da Av. de Ulisses.

Esta ciclovia com cerca de um quilómetro e meio, é uma autêntica anedota urbanística, e um autêntico aborto em termos de mobilidade. Acreditem que não deverá existir nem um único velocipedista, que tenha conseguido percorrer de bicicleta este quilómetro e meio. Percorrer esta pseudociclovia é mais árduo e desgastante que percorrer o mais temeroso e irregular trilho de BTT. Os blocos do asfalto provocam um desgaste no ciclista e na bicicleta que tornam extremamente difícil percorrê-la.

Ando de bicicleta todos os dias, e faço deste meio de transporte o meu modus mobili; moro na zona de Braço de Prata e os meus pais moram na zona norte do Parque das Nações. Em tempos tentei percorrer um pouco esta ciclovia, mas confesso que mesmo apesar do enorme esforço que fiz, não consegui percorrer nem 50 metros. A irregularidade do asfalto, onde chega a haver blocos contíguos que distam em altura cerca de 3 cm, torna este percurso extremamente tortuoso. Os braços tremelicam fortemente, os pulsos estremecem e quanto mais força se faz para agarrar nos punhos da bicicleta mais árduo se torna o percurso, ficando o ciclista com as mãos completamente inchadas e avermelhadas devido à irregularidade do pavimento, mesmo que use o mais eficaz e protetor par de luvas.

A razão para tal idiotice urbanística prende-se essencialmente com a conversão que a Parque Expo, fez em tempos na Alameda dos Oceanos. Até há poucos anos, nesta alameda, estava completamente proibida a circulação automóvel. Mas como o poderio automóvel fala mais alto, a Parque Expo lá decidiu abrir esta via ao trânsito automóvel. Mas para ficar bem na fotografia, disse publicamente que em paralelo faria também duas ciclovias paralelas ao longo da Alameda dos Oceanos. Mas na prática, nada fez, limitou-se a colocar alguma sinalética vertical, e uns pequenos sinais no asfalto, criando este autêntico aborto em termos de mobilidade.

Eu rogo-vos: citem-me um único ciclista que tenha conseguido fazer este quilómetro e meio de pseudociclovia. Percebe-se muito facilmente que quem comanda os desígnios do Parque das Nações, por certo que anda bem montado no seu veículo motorizado e de ciclovias e de mobilidade suave, percebe muito pouco. Aliás basta atestar pelas etiquetas de metal colocadas na calçada à portuguesa que supostamente definem os trilhos onde se poderá andar de bicicleta no Parque das Nações. São trilhos que ninguém usa e ninguém respeita.

É lamentável, que nem numa zona nobre e planeada, como o Parque das Nações, se tenha dado o devido respeito à mobilidade suave. Fica o repto para que a gestão do Parque das Nações coloque um pavimento decente e apropriado para a ciclovia principal desta zona nobre da cidade.

Muito obrigado pela atenção prestada.

João Pimentel Ferreira

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missiva enviada ao Jornal do Parque das Nações,
à Associação de Moradores do Parque das Nações
e à gestão da Parque Expo



ATUALIZAÇÃO

O autor deste texto refere que criou uma ocorrência no portal da CML "A minha Rua" a que foi atribuído o número OCO/38867/2012 com o intuito de solucionar esta situação.

OCO/38867/2012 OCORRÊNCIA:
Manutenção ou falta de ciclovias
DESCRIÇÃO: Pede-se POR FAVOR para renovarem a pseudo-ciclovia da Alameda dos Oceanos. Como ciclista utilitário e NÃO de mero lazer, devo dizer que esta ciclovia em condições daria mesmo muito jeito a todos os moradores desta zona. Neste momento trata-se apenas de uma aberração ciclável, a que alguém teve a ousadia de chamar ciclovia.

Muito obrigado

Um par de sonetos às tetas da Matilde


São massas de carne disforme
esféricas, que andam sempre em par,
são as tetas da Matilde a chocalhar
que eu lambuzo, que me mata a fome

Por paneleiro, não há ninguém que me tome
pois ver a mamuda com as tetas a abanar
é uma sacra imagem, que me faz babar
e invejo sempre, o cabrão que a come

Seja russa, africana, zuca ou portuguesa
branca, preta, verborreica ou até muda
quando a vejo, a bazuca fica tesa

E se não for gorda, então é tão tesuda
Deem-me um par de tetas: magna surpresa
Não há puta mais bela que a mamalhuda

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Os dois melões que ostenta de frente
são os faróis, inchados do amor
que dão ao incauto, um visceral calor,
grita o mudo, o casto mente

O tetraplégico com elas sente
um invulgar e primário furor
são o antídoto para qualquer dor
O mais gélido macho, fica quente

As tetas da Matilde são um altar
para qualquer macho adulto
Os crentes nela, veem-se esporrar

e não lambê-las é um insulto
Esta puta é uma deusa para fornicar
E qual pagão, presto-lhe o culto!


Aónio Eliphis, Kiev, Janeiro de 2011