Rezam histórias e tormentos
Caem Césares, nascem impérios
Os teus cabelos, negros filamentos
que me acordam, para o sono etéreo
Irrigas-me os pensamentos
com amor fecundo e primos mistérios
Recordo meu amor, os momentos
carnais, ternos, e até os mais sérios
Caem bombas atómicas no Japão
há balas que perfuram carne no Iraque
há mulheres violentadas no Irão
há cidades em África a saque
Boa noite Nádia, o meu nome é João
Sou Poeta! E não há ninguém que me trate!
És a mais bela diva do Universo
És o corpo celeste no qual eu gravito
neste cosmos de moléculas, disperso
E por ti corro, rasgo, firo e até grito!
O meu corpo no teu está submerso
És a deusa Helénica, és o mito
Eslavo, da Lusitânica paixão deste Verso
em que te oro, escrevo e até medito
Há vasta fome na Indochina
Degolados no Afeganistão
há raptos na América Latina
atentados no Paquistão
Boa noite Nádia, doce menina
Sou Poeta. O meu nome é João!
Neste dia mágico de São Valentim
ofereço-te este puro Verso do Amor
para que façamos de um beijo o Festim
dos tempos, em que me saravas a dor
Amo-te Nádia! Amas-me a mim!
provocas-me um primário furor
embora terna, pele de cetim
És o meu Sol, fonte de luz e calor
Beija-me Nádia, neste repto sensorial
em que me entrego à tua alma
Façamos o amor, terno e carnal
Dá-me a volúpia, a ternura e a calma
Nádia, és a mulher fundamental
que me enlouquece, que me ama e me acalma
redigido no Italiano da baixa no dia 14/2/12
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