o Olho que vê tudo?




Percebem agora a verdadeira simbologia associada à letra O? O Olho que vê tudo! À décima quinta letra do alfabeto latino? 15 fatorizado é 3x5, dois números ímpares, sendo os números ímpares os números da fertilidade. O três é um número sacro, assim também o é o cinco. Três, são as subdivisões do pénis com testículos, orgão primário de fecundidade, cinco é a subdivisão que se faz no ser humano, ou seja cinco membros e uma cabeça, tal como está plasmado no pentáculo maçónico, ou no homem vitruviano. Mas o anús é um orgão infértil de expelição, porque é que este orgão é um dos olhos que vê tudo? Será a magna simbiose entre o olho do cu, infértil mas entesudo numa bela dama; e o olho do topo da pirâmide maçónica, auge bicudo da masculinidade profícua? Uma espécie de yin e yang do ocidente? A sexualidade brejeira e pornocrática do anús, associada ao símbolo maior da instituição mais poderosa do mundo, a maçonaria. Há aqui uma peça que ainda está a faltar, preciso de meditar ainda mais....

A estrutura e a aparência visual da palavra escrita olho é ela prórpia fálica. Dois testículos em cada lado, a letra o, e um falo formado pelas letras l e h. Ah, é a palavra escrita que se complementa com o conceito visual do objeto. Um olho é redondo, é um poço receptor e expelidor de matéria (sendo que a luz não é matéria mas somente energia); o olho físico está preparado para receber a dádiva do falo. Se a palavra escrita olho é ela própria um falo fecundo, encontramos a harmonia ao escrevermos nesta nobre língua portuguesa, pois a palavra escrita une-se primariamente à aparência do objeto. O conceito visual da palavra, complementa-se com a forma da sua grafia!

Aónio Eliphis, Coimbra

Olho entesudo


Os olhos com que te olhava
são os olhos com que chorava
minha carnuda fêmea vadia
És a gaja que eu comia
com delicadeza e alegria
És a nórdica e a judia

Os braços que te abraçavam
são os braços que te apertavam
minha cachopa mamalhuda
verborreica, fadista muda
aperto-te com tesão
enquanto escrevo com a destra mão

Os olhos com que te via
são as mãos com que escrevia
minha carnuda fêmea vadia
que castra o poeta viril
da razão e do ardil
és a fêmea que imbuía
em leite que jorra da fonte
sou quem ladra, és quem mia
és quem escreve o horizonte
nas coxas de uma judia
que em delírio, vejo defronte

Sou judeu? Não
Sou somente a besta
Sou somente o cão
que fura a sacra fresta
Hiperbóreo? Não!
Sou somente o boi
com juba de leão
e que em tempos foi
um granda cabrão

Sou vadio? Sou!
Fui quem arrancou
quem me provocou
e quem me instigou
a não ser quem sou
Podeis fazê-lo? Não
Pois o meu nome é Poeta
que fura a sacra greta
enquanto espeta a caneta


Nas coxas de uma judia
há uma bala penetrante
visitou-a o caminhante
que o Amor não entendia
E o seu trato feria
o seu percurso errante
era apenas mau amante
que qualquer fêmea queria
Sarava as dores do Cristão
que galou a samaritana
vingava-o com quem não ama
com fel ungido no coração

A Palavra e a Tesão
vivem nesta simbiose
o Poeta é a morfose
do Vero coração
Mexe-me com a tua mão
a minha pena dorsal
sexo oral e anal?
Não! Dedico-me à religião

Ora comigo este verso
que de sémen está imerso
Ora comigo este texto
e façamos do pretexto
o bisturi dos sentidos
o berbequim da razão
especulativo, não mação
amante dos inimigos
Canta comigo este verso
companheira que te amo
Combatamos o tirano
o infanticida
o sicrano e o fulano
o criador da SIDA
aquele que cravou a ferida
na sacra humanidade
que renega a cristandade
que apregoa
a homossexualidade
como a dádiva da liberdade
aquele que comanda os mercados
o líder dos aliados
que de sangue está imerso
e que combato com este verso

Aónio Eliphis, Xangai 32/2/2030

Poema a Merkozy


Ser Português é ser perdulário
e os Gregos andam tão definhados
Na Irlanda, suporta-se o calvário
dos agiotas, do capital e dos mercados

Que é o culpado? O gastador ou o usurário?
No sul da Europa estão todos malfadados
pois o gasto está-lhes no imaginário
E para trabalhar? Só se forem requisitados

E se em tempos fomos para lá do Bojador
Endividamo-nos hoje para dois submarinos
Sendo o défice mais um dissabor

Num país só bom para o golfe e para os mais finos
Levante-te Europa! E ecléticos em teu Louvor
Ergue-te Portugal! Cantam as vozes, ouvem-se os sinos!



Merkozy! Desde quando sois Europeu?
Sois trabalhador regrado, é certo
mas para esta Deusa atingir o Apogeu
vós apenas divagais por rumo incerto

O Latino é Julieta, o Germano é Romeu
e nesta União nunca o par esteve tão perto
alumiados pelas doze estrelas do céu
ouvindo Valsa e Fado, num Amor desperto

Mas agora Merkozy, que fazeis vós?
Definhais este projeto tão nobre
E eu grito para que ouçais a minha voz

Pois provenho de um país ainda pobre
Gastos, custos, temos todos nós
Mantei as nações, que a União ainda cobre!



A Europa é um Império por desvendar
Tem o culto do mação e o verso do Poeta
Tem a pena da Grécia e uma cristandade por revelar
E em cada lei é Roma, Oslo, Luanda e até Meca

Da Grécia veio o Filósofo que a fez triunfar
Das arábias veio o mago e o profeta
As agências de notação, andam-Na a definhar
A ira dos mercados, apontam-lhe a seta

Pois é o petrodólar, que quer reinar no mundo
E o Euro, até andava a fazer moça
Pois o tio Sam do seu recanto soturno

não tolera quem de si faça troça
e as agências de notação, em delírio profundo
Chamam-Lhe lixo, qual corja que lhe dá uma coça



Merkozy, não sois de todo Europeísta!
Não amais a pátria Europa com o coração
Sois apenas um fantoche pseudorreformista
dos agiotas, do capital e do mação

Rogo-vos, não sejais elitista!
E aos biltres das agências de notação
Aniquilai-os! É mero lixo propagandista
do tio Sam, mascarado de “opinião”

Porque este vento do Leste, não escolhe raça
abraça todos os credos e todas as línguas
O tio Sam, para esta Deusa é uma ameaça

E tu Merkozy, não A enobreces, só a mínguas
E os Eurobonds! Que se faça!
Ergue-te Europa, com as tuas doutrinas!



Pois o Euro é a moeda ecuménica
E a Europa alberga todos os povos
que a revêm como uma pátria edénica
para muçulmanos e cristãos-novos.

A mente desta Deusa é Helénica
E as agências são os corvos
que perturbam a ideia irénica
consagrada nos textos Lusófonos

Merkozy! Erradicai esta peste da Europa
chamada “agências de notação”
Formai sem armamento a magna tropa

E através da Palavra e da Oração
crescei minha dócil cachopa!
Cantai os hinos! Erguei a mão!

Se eu podia viver sem a ZON? Podia, e agradecia!


Algumas questões filosóficas surgiram-me na mente após me recordar que estou em dívida com a ZON, a propósito de um contracto de fidelização que eu não cumpri. Eu, homem casado com a mulher que amo, pela lei não estou obrigado a ser-lhe fiel, ou melhor até posso estar, mas por certo que o adultério não é crime; mas à ZON devo fidelidade, senão incorro num crime.

Parece complicado? Não é! É simples. Se eu não for fiel à ZON num contracto de fidelização que assinei com esta entidade, mesmo tendo cumprido todos os requisitos correntes do contracto, pois paguei escrupulosamente todas as mensalidades como eles requisitavam; mesmo depois de ter entregado na loja todo o equipamento deles que tinha em casa, qual cônjuge ferido na alma que entrega os CD e os livros do antigo parceiro que ainda permanecem no seu lar; mesmo depois de ter escrupulosamente cumprido todos os preceitos contratuais que até então estavam vigentes, dizem-me que não posso anular o meu contracto com a ZON, porque assinei um contracto de fidelização.

A lei não nos obriga que sejamos fiéis aos maridos e às mulheres, mas devemos ser fiéis à ZON, à MEO, à TMN, à Vodafone, à Optimus e tantos outros parceiros contratuais de fornecimento de serviços. Dizem-me da ZON que fizeram um investimento na instalação do equipamento em minha casa, com o tempo dispendido com o técnico para fazer a instalação do mesmo; mesmo eu sabendo que o técnico instalou tudo cá em casa em menos de meia hora. Por essa meia hora, como eu findei unilateralmente o contracto de fidelização com a ZON, devo a esta entidade mais de 200€, senão incorro num crime. Já no caso do matrimónio, o investimento feito por qualquer uma das partes chega a ser a própria alma, mas este, à luz da lei, pode perfeitamente ser dissolvido unilateralmente, bastando para tal um mero acto num registo civil.

À mulher que eu amo, e que me ama, e cujas vidas investimos amplamente no matrimónio, plasmado no contracto de união conjugal, a lei não impõe qualquer género de fidelização temporal, nem pune consequentemente o adultério; mas à ZON, fiquei obrigado contratualmente a ser-lhe fiel, e se não o for, ou seja, se não pagar as prestações que faltam de um serviço que nunca usufruí, a lei punir-me-á com as devidas sanções.

É nestas coisas tão simples que atestamos a decadência da sociedade contemporânea: capitalista, desumana, relativista, neo-liberal e com muitos ditames de uma certa esquerda demagoga e burguesa. Este antropomorfismo dado às grandes empresas na actualidade, em que lhe devemos fidelidade, em que nos apresentam os seus valores (como se as entidades não humanas tivessem valores); em que lhe associamos sempre uma face feminina sorridente ou um belo macho engravatado; representa a verdadeira decadância do capitalismo.

Continuarei fiel à minha mulher, e não pagarei nem mais um cêntimo à ZON!

O que tem a ver a bicicleta em Lisboa com o estreito de Ormuz?


Foto de Lisbon Cycle Chic
Evocarei aqui as questões que levam muito lisboetas a prescindir da bicicleta e a deixá-la na garagem. Muitos lisboetas nem sequer têm a ousadia de deixar por um dia o automóvel particular em casa, e trazer nem que seja por um único dia no ano que seja, a bicicleta que em tempos compraram no Continente ou no Feira Nova, para a rua e passear um pouco.

Este é outro problema com o ciclismo em Portugal. A bicicleta não é encarada como um modus mobili, é encarada como um desporto para uma certa elite que se dedica ao mesmo. É ver a RTP deliciar os telespectadores com a volta a Portugal, mas depois todos aqueles jornalistas, toda aquela gentalha da RTP paga pelo erário público, que segue fanaticamente o desfecho final em que o ciclista corta a fita com os braços no ar; regressa à sua confortável e acolhedora mansão, nos seus bons BMW, Mercedes, VW, nunca sem antes consumirem pelos menos uns consideráveis litros de gasolina e abaterem umas quantas árvores.

Falo também daqueles hipócritas do BTT, que todos os domingos nunca fazem menos de setenta quilómetros de bicicleta, pelo mato, pelos bosques e pelos trilhos desconhecidos do grande público, e depois no seu modus vivendi, o seu bem amado carro está sempre na primeira fila no patamar das prioridades, nunca o prescindindo nas suas deslocações diárias durante a semana.

A bicicleta deve ser encarada, como apregoa a douta língua maçónica inglesa, como um must, Lisbon must cycle, a bicicleta é a verdadeira solução para os graves problemas de mobilidade de que padece Lisboa, é a solução para os graves problemas de poluição atmosférica nas grandes urbes, que tantas patologias cancerígenas do foro respiratório causam. A bicicleta é a solução para todos esses graves problemas. Poupamos em gasolina, poupamos no passe, poupamos em todas as taxas associadas ao veículo de motor de combustão, poupamos no parquímetro, poupamos o planeta, pois é menos CO2 e CO que emitimos para a atmosfera, poupamos no ginásio, pois fazemos exercício físico gratuitamente e com um propósito (chegar ao destino), evitamos trânsito, perdemos aquela barriguinha que nos assola e baixamos a tensão arterial, sendo que as doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte em Portugal e ainda poupamos o país, pois é menos petróleo que importamos e ajudamos a equilibrar a nossa balança comercial que sabemos que é deficitária.

E porque não o fazemos? Porque se o fizermos lixamos os americanos e a sua doutrina imperialista, que a frívola adolescência acolhe através da decadente MTV, McDonalds, Ford, indústria cinematográfica, YouPorn e derivados, que apregoa a cultura do veículo particular e consequentemente do seu fuel de locomoção: o petróleo.

Estreito de Ormuz
Presentemente no estreito de Ormuz, há uma grave tensão entre o Irão e os EUA, pois por esse estreito, controlado geograficamente pelo Irão e por Omã, algo que está redigido em todos os tratados internacionais, passa 20% de todo comércio marítimo de petróleo. Como os iranianos pretendem fechá-lo, e como os americanos têm uma dívida soberana monstruosa, alimentada unicamente pelo facto de o petróleo estar indexado ao dólar, o que faz do dólar uma moeda forte, reduzindo assim o peso brutal da sua dívida; pretendem agora os americanos enviar mais porta-aviões para o estreito de Ormuz para aniquilar quem lhes faz frente.

Reparem que os motivos evocados foram os de que o Irão estaria a preparar armas nucleares. Bem sabemos o quão fidedignos são estes relatos dos lacaios da Agência Internacional de Energia Atómica, os mesmos que referiram que o já enforcado Saddam Hussein andava a desenvolver armas de destruição maciça. Que hipocrisia! Qual foi o único país da história da Humanidade, que utilizou poderio atómico contra outra nação? Não esqueçamos a história! Não venham agora os sionistas e os americanos atacar o Irão por algo que nunca fez!

Por certo que o tio Sam, atacará ferozmente o estreito de Ormuz com toda a sua maquinaria bélica naval, destronará Ahmadinejad que o contesta, o que fará com que o petróleo continue na senda cultural dos povos ocidentais, imiscuído no conforto egoístico do cidadão comum, com o pacto petrolificado dos governo europeus que não conseguem legislar para erradicar de vez o petróleo da Europa, e com o compadrio criminoso das universidades europeias que num século nunca desenvolveram uma alternativa ao petróleo. O lisboeta comum continuará egoísta e egocêntrico, pegando no carro todo o santo dia, pois diz que a morfologia geográfica de Lisboa não tem condições para se andar de bicicleta ao contrário dos países nórdicos. Tal é um mito.

Há estudos universitários que comprovam que Lisboa tem perfeitas condições para se circular de bicicleta. Mas meus caros, alguma moderação, não tentemos imitar Amesterdão e Copenhaga pois as idiossincrasias morfológicas são diferentes. Aquelas bicicletas que vemos por Estocolmo e Helsínquia, as típicas pasteleiras não se adaptam a Lisboa. Sejamos racionais e tenhamos apenas aquilo que Nietzsche denominava por “vontade”. O que falta é vontade, política e cidadã, pois a bicicleta que se adapta melhor às morfologias da cidade de Lisboa e do Porto, é a comum bicicleta de montanha, vendável em qualquer grande superfície, pois ajuda o ciclista a subir mais facilmente as colinas da cidade.

“Vontade” meus caros, força interior e espírito altruístico, é que os ulissiponenses precisam para deixar esse assassino ambiental em casa denominado carro, e pegar na bicicleta para as suas deslocações diárias. Só traz vantagens e é baratíssimo e Lisboa ao contrário dos países nórdicos tem condições climatéricas que permitem mesmo no Inverno deslocarmo-nos de bicicleta sem apanhar muito frio. E no Verão? Vamos de manga curta e apreciamos a paisagem e as garinas; sendo que as meninas podem contemplar, mas apenas filosoficamente, os garanhões lusitanos.

E porque é que isto é apenas um sonho que tive? E porque é que eu sei que ninguém vai prescindir do carro para se deslocar em Lisboa? E porque é que eu sei que o subalterno António Costa, que preside os desígnios camarários da cidade nada fará, e continuará a andar bem montado no seu Passat que mama 15 litros ao cem, e a mandar fazer ciclovias inúteis de passeio dominical com as criancinhas? Apenas porque os americanos não deixarão que o Irão corte o estreito de Ormuz. Afinal, quem manda no petróleo, manda no mundo!

Poema da noite


Vincent Van Gogh - Noite estrelada
Jorram camadas de sémen
nas moças fecundas e viris
Evoco João I de Avis
de Portugal, foi o grão-gérmen

Não vos escrevo o que lhes fiz
arranquei a semente eterna
e replantei a nobre raiz
para o grão-vil erradicar desta terra

Escrevo o verso, poeirento e febril
que só o mago descortina na noite
que afronta o mação e o grão-vil
que sem pejo faz uso, do açoite

para torturar o inocente e o profano
sem pejo, sem pudor ou credo
inunda de terror o mundano
para aumentar com vileza o seu ego

A noite traz-nos a Verdade
A TV traz-nos a mentira
O Correio da Manhã traz-nos a ira
Satanás traz ao mundo a crueldade

Deus é Pai, Deus é grande
Crede gentios na Palavra escrita
ignorai o que vedes na TV
pois a TV só arrebita
as inverdades de quem não crê

Satanás
e das suas morfoses sócio-políticas e sócio-económicas...

Tanta homossexualidade que grassa no mundo...
Tantos abortos, quantos infanticídios que são perpetrados...

Satanás é tolerante:
tolera o terror,
tolera a fome
tolera o infanticídio
tolera a pornografia
tolera o homicídio
tolera o genocídio
tolera o desrespeito pelos direitos humanos
tolera a tortura
tolera as intempéries
tolera as guerras
tolera a homossexualidade
tolera o casamento gay
tolera o divórcio
tolera a dor e o sangue do inocente
tolera a usura,
tolera os mercenários
tolera os bancos
tolera o grande capital
tolera a ditadura e o despotismo

Satanás é tolerante, só há algo que satanás não tolera: a bondade de Deus

A dicotomia entre o bem e mal existe, e na guerra final o Bem triunfará!
Está escrito nos cânones arcaicos e ancestrais que o Bem singrará

Venham guerras e tormentos
Venham fomes e intempéries
Que nos meus pensamentos
Já só estão as efemérides

As datas do futuro
em que vencerei o Mal
em que aqui vos juro
que vencerei a batalha triunfal

Aquele que se esconde na penumbra
para lá do Atlântico
que mata sem pudor ou pundonor.

Existe sémen nas deusas fecundas da noite
nas sereiras que se movem como serpentes
existe um néctar ébrio que se imiscua entre as suas pernas
e que percorre o vale dos seus seios

Esse néctar é um vinho branco, espesso e pegajoso que lhes percorre a língua rubra que serpenteia
tão belas que são as moças fecundas e tão vil que é quem lhes comanda, quem as orienta...

No futuro serão só minhas, serei eu o macho leão viril que após destronar o grão-vil conceberá com todas as moças fecundas internacionais.

O meu falo noctívago é internacional,
aliás,
quando falo sou internacional
pois a língua rubra portuguesa é internacional
Esse inglês é mais fraco que franco!

Venham donzelas da noite
Venham verdades cruas do pensamento

Venham gentios até mim que vos libertarei do terror

Para quem fala constantemente mal do 25 de Abril


Nos momentos de crise, acentuam-se as clivagens, e o ímpeto natural dos cidadãos de direita, agora que estamos na bancarrota e com a austeridade, é criticar acerrimamente as medidas tomadas no pós 25 de Abril. Teve aspectos negativos, e bastantes, mas teve aspectos ainda mais positivos que são constantemente olvidados. Ora, evoquemos a estatística e a memória e elucidemos os arautos da desgraça dos sectores da direita.

Repare-se nas "desgraças" que aconteceram no país a partir do início dos anos oitenta.


Taxa de mortalidade perinatal e neonatal em Portugal



Taxa real de escolarização em Portugal



Alojamentos familiares por instalações existentes segundo os Censos em Portugal



Pensionistas em % da população residente em Portugal


Remuneração e ganho por sexo em Portugal


Nos momentos difíceis é natural que as pessoas se revoltem contra as desgraças que a Revolução dos Cravos trouxe ao país, e são sempre evocados aspectos como o endividamento externo, o número de auto-estradas fúteis construídas, os grandes grupos económicos ligados ao bloco central que se expandiram enormemente com o compadrio do poder político, a corrupção que aumentou sobejamente, a taxa de divórcios que subiu exponencialmente, o número de abortos que cresceu, a população que envelheceu, o desprezo pela população mais idosa e o desrespeito por parte dos alunos à autoridade dos professores; são os chavões utilizados por parte de uma classe mais conservadora para criticar a Revolução dos Cravos. No entanto quis apenas enfatizar que houve indubitavelmente aspetos civilizacionais em Portugal que melhoraram consideravelmente. A desgovernança propalada pela direita, que teoricamente reinou no país após o 25 de Abril, desencadeou em melhorias significativas na qualidade de vida dos portugueses; por isso rogo a todos os cidadãos que em certos aspetos não sejam tipicamente portugueses, ou seja, mal-agradecidos e com a memória curta.

Fonte dos dados: Pordata, INE