Carta reveladora aos povos e às nações


Caros concidadãos do mundo, escrevo-vos de Lisboa. O mundo mudou nestes últimos séculos a um ritmo alucinante, as tecnologias permitiram ao homem conceber toda uma série de panóplias por vezes fúteis e frívolas, outras vezes úteis para o conhecimento e para a ciência. O homem é o maior lobo do homem. Esquecei aquela literatura e cinematografia frívola norte-americanas que referem extra-terrestres a atacarem a raça humana, ou cometas que se dirigem para a terra ameaçando a sobrevivência do planeta e das espécies que nele habitam, e onde os americanos surgem resplandecentes para salvar a raça humana das ameaças que vêm do espaço, quando no presente momento eles são na realidade a verdadeira ameaça à liberdade e à raça humana. A ameaça não vem do espaço, nem do cosmos longínquo, vem da própria natureza humana, enquanto ser colectivo. O Homem sempre teve uma sede insaciável por poder e hegemonia, tal apresenta-se desde o ímpeto mais primário de procriação e domínios de território que se revelava de forma feroz há sete milhões de anos, quando o homo sapiens começou a sua evolução, com as lutas entre machos pelo controlo de fêmeas e território, até à forma mais complexa da era moderna com o envio de porta-aviões e bombardeiros para o controlo económico ou político de uma certa região. As ameaças à raça humana não vêm do espaço, nem do cosmos, nem da própria Natureza que nos acolhe no seu berço, a ameaça vem das sociedades secretas sediadas no país actualmente denominado por Estados Unidos da América, nação do terror. As suas seitas, as suas sociedades secretas, a sua hegemonia imperial, através das armas, do dinheiro e do terror, ditam aos outros o que estes devem fazer e como estes devem agir. Todas essas sociedades secretas estão hierarquizadas em torno de um chefe maior, sanguinário, terrorista, hediondo, a que eu apelidei de grão-vil. O termo remete-nos para outros dois termos, grão, prefixo usado nas sociedades iniciáticas para referir maior, ou grande, e vil, neste caso para referir maldade ou vileza, exactamente o oposto dos desígnios das sociedades secretas ancestrais que procuravam a perfeição do homem através do trabalho intelectual ou físico com uma índole filantropa.

O mundo mudou caros concidadãos do mundo, tornou-se mais adverso aos seres humanos que respeitam os desígnios de Deus, da bondade e do altruísmo. As seitas e as sociedades ou associações secretas, são na realidade a maior ameaça ao mundo livre, democrata e filantropo. No presente momento que vos escrevo, não há ordens nacionais, ou soberanias nacionais ou regionais, não há legislação nacional soberana, não há democracia, não há solidariedade e a televisão e as rádios estão todas controladas pelas mesmas seitas, de cariz maçónico e diabólico. Mas nem sempre assim foi meus caros, a índole maçónica primordial era verdadeiramente filantropa e benigna para o ser humano. Grandes homens da ciência e das artes eram mações, e quão belo é asseverar tal facto. Uma das maiores obras-primas da literatura germânica, Fausto, foi escrita pelo mação Goethe. Fernando Pessoa, um dos expoentes da literatura do século XX português, apesar de referir que não pertencia à maçonaria, defendia-a acerrimamente, e fê-lo em 1935 no Diário de Lisboa, aquando de um projecto de lei da Assembleia Nacional para banir as associações secretas. O que na realidade aconteceu, foi que as associações secretas foram com o passar dos tempos tornando-se cada vez mais sequiosas por poder e dinheiro, foram-se deixando corromper, foram largando os pilares estruturais e ancestrais, foram renegando os livros sacrais, dito de uma forma simbólica, foram corrompidas por Satanás.
A Santa Sé, Igreja Católica Romana, e de uma forma geral todas as religiões, sempre professaram a ideologia em que existia Deus, bom, caridoso, filantropo, todo-poderoso, que assegurava a ordem dos homens nos seus relacionamentos e das coisas e como o homem e a natureza interagiam; e na sua antítese, também todas as religiões, idealizam que existe o mal, o anti-cristo, a maldade, a inveja, a futilidade e a frivolidade, o luxo, a gula, a luxúria desmesurada, a ira, a vaidade, a preguiça, o poder desmesurado, e tirania ou o terror. A todos esses conceitos, os homens de fé englobam em algo que a crença popular dita por satanás. Na realidade esse conceito religioso ou teológico é apenas uma metáfora, ou uma parábola para definir aquilo que se veio a tornar a maçonaria contemporânea internacional. Todos os credos, e também a religião católica, saberiam que satanás, um dia haveria de se soltar e de se revelar verdadeiramente, tais preceitos estão plasmados nos estudos escatológicos da fé católica, no entanto os mesmos estudos preconizam que nessa altura, haveria de surgir o Bem-Vindo que salvaria o mundo do despotismo, do terror e da opressão. A esse Bem-Vindo a fé judaica denomina por Messias. Para os franceses republicanos o seu Messias era Napoleão, para os alemães do século XX o seu Messias era Adolfo Hitler, para os americanos do século XXI, ou seja para a nação do terror, não há Messias, tais preceitos não passam para eles, homens estritamente ligados a satanás, de crenças e credos ancestrais sem coadjuvação científica ou racional.

Pois aquele que não crê, esse mesmo tem um pacto com o diabo. Não vos digo para crerem nos santos católicos que estão em todas as igrejas, ou nas nossas senhoras, ou nas relíquias de algum apóstolo, pois tudo isso não passam muitas vezes de sincretismos ou de profanações de algo mais divino, não vos digo para crerem em Alá, em Buda ou noutro Deus qualquer, digo-vos apenas para crerem. O ateísmo puro, é o verdadeiro diabolismo do ser humano. Mesmo os mações ancestrais, e mais especificamente a maçonaria regular, acredita no grande arquitecto e numa entidade transcendente e metafísica que rege o universo, e denominam-no por grande arquitecto. Esse grande arquitecto surgiu aquando da maçonaria operativa, pois os mações inicialmente cingiam-se a construir catedrais góticas e a ter os seus ritos, e como para um pedreiro-livre, o seu maior tutor e mestre é o arquitecto, pois é aquele que lhe dita o que fazer e como construirá a catedral ou o mosteiro, o grande arquitecto é assim uma entidade maior e metafísica que diz aos mações como construir o homem e as sociedades. A entidade metafísica que rege o cosmos para a maçonaria, é então o grande arquitecto, concluindo-se assim que mesmo a maçonaria tem os seus credos e não é ateia, pelo menos a maçonaria ancestral ou ainda a regular.

Com o passar dos anos, a maçonaria foi atingindo poder e hegemonia, retirando progressivamente poder à Santa Sé. E é fácil asseverar tais factos, a forma de pensar o mundo e a forma como encaramos certos aspectos sociais mudou radicalmente nos últimos duzentos anos. Há duzentos anos, na Europa, aspectos como o adultério, a homossexualidade, o aborto, o ateísmo ou o divórcio eram visto de maneira bem diferente de agora. Dir-me-ão que estamos melhor; e digo-vos que estamos em muito aspectos mas não estamos noutros. Na Roma antiga, império que colapsou, o aborto era prática corrente, na Grécia antiga, civilização que desapareceu, deixando no entanto algum legado, a homossexualidade e a pederastia eram práticas comuns. O que sucede é que quando os povos se afastam dos cânones sagrados, e dos desígnios da ordem divina, cedem e colapsam. E isto não é bruxaria, está bem assente em princípios metafísicos que preconizam a ordem e em como o grande arquitecto organiza o mundo e o homem. A maçonaria teve um papel preponderante ao longo da história universal até certo ponto, onde com sede absoluta por poder, se deixou corromper. A maçonaria, guarda desde há séculos, uma ira interior contra a Santa Sé, e tal facto, mesmo que os mações digam o contrário, é insofismável. Se tantos pilares basilares da Santa Sé foram demovidos, e se hoje o estado é laico, deve-se à maçonaria. Não digo que não esteja correcto até certo ponto, a partir do qual a maçonaria começou a ter um papel de poder absoluto e começou na senda pelo poder e hegemonia, a violar os seus próprios princípios.

Fernando Pessoa dizia que a maçonaria era indestrutível pois estava protegida por símbolos maiores que as leis do estado, e que era uma ordem iniciática que revelava a luz aos novos membros. Não o nego, o que sucede é que a maçonaria, o que faz presentemente, é utilizar essa mesma luz que em tempos lhe foi revelada, para praticar o mal e para obter a hegemonia do planeta; e o sistema já está tão hierarquicamente estabelecido, que já não há soberanias nacionais ou regionais, e com a modernidade, todos os grupos maçónicos e todas as associações secretas obedecem a uma mesma ordem despótica e tirânica sediada no novo mundo. Assim, os preceitos mais fundamentais e sacrais da maçonaria, como sendo a liberdade do homem, foram completamente pervertidos pelos próprios mações. O mação já não é um homem-livre. Foi-o em tempos quando se punha à parte dos ditames irracionais da fé cristã e usava a razão para descortinar o mundo. Hoje, na senda tão monstruosa pelo poder, a maçonaria na realidade castra os seus novos membros e obriga-os a seguir aquela ordem despótica, através do terror e do medo. Pois é meus caros, a maçonaria contemporânea tortura, e tortura severamente os seus novos membros. Aquelas cenas idílicas que vemos na literatura, do iniciado a passar por um corredor com a cabeça vendada é apenas uma representação profana; na realidade a maçonaria tortura severamente os seus novos membros para os reger, e para que estes sigam estritamente os seus preceitos. Mas não foi a maçonaria e os mações que redigiram a Carta dos Direitos do Homem? Foram, e como torturam? É mais um daqueles paradoxos crassos dos mações, que se foram deixando corromper pelos tempos.

Mas como surgiu então na Maçonaria essa ira e esse desrespeito pelos princípios da fé católica, levando-os até a criar novas fissuras dentro da própria igreja romana, com a profusão de novas seitas e religiões. Depois de muito pensamento, parece-me que na realidade a maçonaria irregular do sul da Europa, surgiu após a Reconquista. Ou seja, os soberanos cristãos, no movimento denominado por Reconquista, foram extremamente bárbaros e sanguinários contra os mouros. Os mouros eram considerados impuros e infiéis, como tal o único destino que um cristão poderia dar a um mouro era decapitá-lo ou degolá-lo. Mas os mouros não encaravam assim os cristãos. Durante os tempos da ocupação muçulmana na Europa, os soberanos mouros eram extremamente tolerantes para com os cristãos, as igrejas eram mantidas e os cristãos podiam prestar o seu culto. Aquando da tomada de Lisboa por Afonso Henriques em 1143, a fonte principal que relata a tomada da cidade, refere que os cristãos barbaramente assassinaram o bispo de Lisboa, referindo assim que Lisboa tinha uma comunidade cristã e até tinha um bispo. Com a Reconquista, nenhuns resquícios da cultura muçulmana ou de índole sufista permaneceram. A Reconquista foi extremamente bárbara, relatos da conquista de Lisboa revelam que as mulheres mouras foram severamente violadas e assassinadas e que as crianças foram degoladas, pelos exércitos cristãos. Após a reconquista, todas as mesquitas foram incendiadas ou demolidas, e não foram autorizadas nenhumas práticas corânicas, sob pena de se ver a cabeça cortada. Assim, parece-me a mim, que a maçonaria irregular, do sul do continente europeu, teve as suas géneses nas sociedades sufistas do tempo da ocupação muçulmana, e o desprestígio que tem contra a Santa Sé e os seus pilares basilares, deve-se somente a uma atitude milenar de Vingança. A Santa Sé através das guerras santas, apoiou um movimento cristão altamente bárbaro e sanguinário, enquanto à data, todas as fontes o atestam, os muçulmanos eram muito mais tolerantes com os cristãos durante a sua permanência no continente europeu.

Parece-me a mim, então que a maçonaria irregular do sul da Europa guarda desses tempos da Reconquista, uma sede e vingança visceral pelos pela cristandade. E tal não se poderia revelar nos actos de fé corânica, pois tais práticas estavam literalmente proibidas pelos soberanos cristãos, as sociedades sufistas e muçulmanas ancestrais passaram então a ter de se organizar em segredo ou em sigilo para orquestrarem certos movimentos sociais ou locais. Lembremo-nos que os árabes nos finais do primeiro milénio, eram grandes senhores da alquimia, da matemática e de todas as ciências, ora é natural que esse conhecimento tivesse chegado aos muçulmanos que se instalaram no sul da Europa. A maçonaria, parece-me a mim então, que ao contrário daquilo que é propalado pelos mações, que têm as suas origens no templo de Salomão ou no antigo Egipto, teve a sua grande raiz e influência nos movimentos sufistas de índole muçulmana, e é dessa barbárie cometida pela cristandade durante a Reconquista, que guarda a sede de vingança contra a Santa Sé. E a vingança é um prato que se serve frio, e a maçonaria tem-no conseguido. Lembremo-nos que desde os finais do século XVIII, muitos dos governantes em Portugal e na Europa eram mações, desde o Marquês de Pombal, alguns reis como D. Pedro IV, e muitos outros governantes com maior influência durante a república, como a título de exemplo Afonso Costa. Significa que se hoje encaramos a homossexualidade, o adultério, o divórcio ou o aborto de forma diferente, tal deve-se à maçonaria. Aliás, se hoje as igrejas estão praticamente vazias, durante as missas, ou se na sua maioria os crentes são de terceira idade, tal desprestígio da fé cristã, deve-se à maçonaria. Se hoje não há a prática corrente da oração, tal deve-se à maçonaria, ou se hoje em dia o estado é laico, tal deve-se à maçonaria. A maçonaria, e tal é indubitável, guarda um rancor visceral contra a Santa Sé e ataca-a em todos os preceitos basilares. Desde a extinção de todos os conventos e mosteiros em 1834 pelo mação Joaquim António de Aguiar, pela laicização do estado durante a primeira república pelo mação Afonso Costa, até à aprovação da lei do casamento entre homossexuais pelos mações das bancadas parlamentares do bloco central. A maçonaria guarda assim, desde as suas géneses, um rancor contra a Santa Sé, que se manifesta constantemente pelas suas práticas e ideários anti-clericais. Se durante a idade média, os muçulmanos que continuaram na Europa, tiveram de se cristianizar, essas sociedades secretas que já existiam então, tiveram fortemente de viver em segredo e em sigilo devido à senda inquisitória da Santa Sé, que teve o seu expoente máximo durante o santo ofício.

A maçonaria é então uma ordem ancestral, que segundo o meu entender, guarda um rancor antigo contra Igreja romana, que remonta aos períodos bárbaros sanguinários da reconquista cristã, pois durante a ocupação muçulmana os mouros haviam sido muito mais tolerantes com os cristãos. A maçonaria parece-me a mim então, que teve diversas influências sufistas, ou seja, a corrente mística islâmica surgida no final do século VII. Lembremo-nos que o Islão, ao contrário daquilo que possa parecer, é uma religião, do ponto de vista iniciático e místico, muito mais efeminada que o cristianismo, desde logo pela cultura literária dos povos semitas, que escrevem para a esquerda, sendo a esquerda o lado ligado à feminilidade. As mesquitas são essencialmente constituídas, pela sua forma arquitectónica, por linhas curvas, e não por linhas rectas, e tal até está plasmado no símbolo maior do Islão, o crescente. Tal do ponto de vista místico e esotérico, deve-se apenas ao facto, de a anatomia feminina ser essencialmente definida por curvas enquanto a anatomia masculina ser formada mais por linhas rectas e arestas e menos por curvas. É sabido também, que por questões anatómicas, os números pares são efeminados, enquanto os números ímpares são masculinizados, assim nas mesquitas encontramos em muitos dos seus aspectos os números pares. Mas o crescente maior e mais popular, pode-se encontrar no próprio parlamento português. Àquilo a que comummente se denomina por hemiciclo, é na realidade um crescente islâmico disfarçado, bem presente nos parlamentos do sul da Europa.

Concluímos facilmente que a maçonaria é crente, acredita num ente transcendente e metafísico, eclético que denomina por grande arquitecto, para assim englobar gentes de diversos credos e origens, como cristãos ou muçulmanos, concluímos facilmente que a maçonaria tem ideários claramente anti-clericais, e sabemos também que a maçonaria sempre teve grandes homens da ciência e das humanidades, como Voltaire, um dos grandes fundadores do iluminismo; mas o que sabemos também é que a maçonaria se deixou claramente corromper pela sede de poder, por dinheiro, por capital, por hegemonia, e tais apoteoses que metaforicamente os crentes denominam por satânicas, estão sediadas no novo mundo, no país com o maior número de mações. Lembremo-nos que foi esse país que ordenou o lançamento da bomba atómica que dizimou em fracções de segundos a vida a setenta mil pessoas, foi esse país que proliferou secretamente a SIDA, foi esse país que disseminou o tabaco, esse veneno que ceifou mais vidas que as duas grandes guerras, é esse país que tem a maior máquina militar e bélica que o homem alguma vez já conheceu, e sempre como o objectivo da hegemonia mundial através das armas e do dinheiro. Quando digo que esse país representa o grande Satã, ou que o diabo se apoderou dessa nação, digo-o de uma forma racionalmente metafórica, o que sucedeu é que essa nação na sede insaciável por poder e hegemonia quebrou todos os princípios basilares cristãos, budistas, islâmicos e acima de tudo maçónicos. Os iniciados nas associações secretas americanas não têm livre arbítrio, na realidade são comandados por esse grão-vil que tudo determina e que tudo dita. E esse despotismo é mantido através do terror e das armas.

Concluindo, os homens livres do mundo devem assim erradicar o império do mal sediado no novo mundo, e assim deixar às gerações vindouras a esperança para que estas sejam verdadeiramente livres e soberanas.

Com fé, Lisboa, 10 de Novembro de 2011

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