Retirado de PhotoBucket |
da amargura e embriaguez
Seca-me as lágrimas com os lenços
dos desamores que tu não vês
Cigana que vendes os pensos
que saram as mágoas do poeta
Os teus negros olhos imensos
encantam quem te inquieta
Romena bela e morena
com as tuas tranças de cetim
expia-me a pele amena
e façamos hoje um festim
Os pensos que tu me vendes
Saram as mágoas da alma
E somente o que pretendes:
um pouco de pão, que a fome acalma
Romena humilde e bela
Provéns do oriente
Guardas a chancela
de quem só rouba e só mente
Acolho-te no meu país
Pois sou contigo solidário
Guardas a nobre raiz
de quem já suportou o calvário
Vende-me os pensos que saram
todas as funestas mágoas
que se desprendam as amarras
e que navegue pelas lusas águas
Dos mares do Báltico, sara-me a dor
Claipêda, cidade trágica
onde mendiguei o amor
e venerei uma dama mágica
Lava-me as mágoas do pensamento
com os teus pensos da lucidez
Limpa-me da alma o tormento
das dores que tu não vês
Romena, encosta-te a mim
E aplica-me os pensos dos teus versos
Odora-me com alecrim
E rejeita-me os amores adversos!
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