os sonhos imensos sem fundo
cessa a espuma e o luar
leva-me a dor ao mar profundo
Traz-me o orgulho e a vontade
Traz-me a força para cantar
Leva a angústia e a saudade
quando onda, voltares ao mar
Onda que cantas comigo
Traz-me do mar os teus sonhos
Sussurra-me ao ouvido
os versos mais medonhos
Escuta-me onda os pensamentos
Traz-me as memórias de menino
Leva-me os meus tormentos
Traz-me do Oceano o seu Hino
Onda que levas as naus
dos homens do Infante
Lava-me agora as mãos
que escrevem este verso errante
Onda que te vens em mim
numa lírica tão mágica
O teu tacto é de cetim
A tua história é tão trágica
Retorna ao mar e devolve
as sacras águas do baptismo
no corpo da dama envolve
os meus beijos em secretismo
Magna onda boreal
que me encontras na Holanda
Vieste de Portugal
pelos mares de quem te ama.
Aónio Eliphis
A Haia, 11/02/11
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