Pensamentos transcendentes


Os Homens questionam-se de todas as idiossincrasias que regem o mundo, de todas as formas que reiteram as estruturas atómicas do cosmos. O cosmos tem um regente, tem um ordenador, aquele regente programático computacional na Sua própria linguagem e semântica que doutrina os parâmetros que condicionam o Universo. Ele definiu os Limites, estipulou as funções, os caminhos de partida e de chegada, os integrais e derivadas são formados pelas estruturas moleculares que habitam nos espaços e nos sistemas estrelares como o nosso. Surge o Homem, a Sua obra Magna, com capacidade de abstracção e pensamento cujo próprio pensamento indaga sobre a própria Génese da matéria e da Ordem que reina no seu mundo.

O Homem indaga, pergunta, e a resposta é tão subliminarmente simples e bela: Deus é Uno, Deus é estranhamente bondoso regendo-se por normas que muitas vezes o próprio homem não entende. Resta-nos o livre arbítrio. Como escolher o caminho a tomar se o destino está traçado! Deus ilude-nos bondosamente para sermos magnos e felizes connosco próprios enquanto líderes da vida na Terra. Tudo o resto são funções matemáticas, tudo o resto são séries ou cálculo combinatório, tudo o resto são estruturas moleculares cujas normas nucleares estão desde há milénios estabelecidas. Deus é Pai, Deus é Uno, e eu sou crente Nele, mas cabe-me a mim combater o mal que assola os homens e o mundo, cabe a nós derrotar os déspotas e o mal. Deus é racional, Deus é Matemático, Deus é lógico, Deus é Amor, Deus antropomórfico é o Messias, Deus é neutro. Deus é tudo, Deus é a negação lógica do nada. A Sua obra prima é o homem e o Universo.

Lutemos veementemente contra o Mal sem provocar uma única vítima que seja, a não ser o próprio enviado do Satã, o grão-vil da ordem maçónica americana que nega a Liberdade às excelsas criaturas de Deus através do terror.

Lutemos, e com a Sua ajuda praticando o Bem, derrotaremos o mal.

Iniciação


Poço de Iniciação por Ana Ventura
Caminhas preso pelo Universo
Ansiando por amar
E surgirá no mar disperso
O Infante livre e imerso
na Luz que te irá Salvar

Teus egos deambulam pelo mundo
Desnuda-te e reúne-os num só
Remete-os ao teu Eu profundo
E verás quão nobre e imundo
tu és! Já teu corpo apenas pó.

Neófito, não há morte
Observa-te frio e nu
Deus detém-te a sorte
Com Ele serás mais forte
Quem teu tua vontade és Tu

O Assombro estarreceu-te
Para veres quão nobre és
O Infante ofereceu-te!
A nova ordem esqueceu-te.
Um Mundo Novo a teus pés!

Passaste pelo processo da dor
Mostraram-te o caminho sagrado
Do sangue ergueste uma flor
Cantaste o hino do Amor
Neófito, estás batizado!

Falta cumprir-se o que Deus escreveu
nas linhas curvas e misteriosas,
cujo Verso o Mago leu
e descortinou o breu
das crenças mais ditosas

Neófito, tens a Missão
Consagraram-te no Ministério
Derrotarás o vil mação
Abraçarás o teu irmão
Neófito, cria um Império!





Aónio Eliphis

Presidenciais 2011 - Voto Alegre


Sou anti-mação, sou nacionalista, sou contra o aborto, sou contra a união sacramental e consagrada nos ministérios do estado civil entre duas pessoas do mesmo sexo, sou crente em Deus, sou cristão, e voto Alegre!

Serei um mero paradoxo filosófico, serei contra-natura, estarei a lutar contra os meus próprios propósitos numa senda forçosamente inútil e contraditória? Estarei e tecer um voto que contribuirá para tornar mais árdua e difícil a minha luta pelos propósitos que acredito e defendo? Talvez, mas voto Alegre por questões de foro intrinsecamente pessoal e de actividade poética! Alegre é um homem filantropo, altruísta, erudito, apaixonado, e tais características são importantes não apenas ao homem, mas também ao político, pois o que elegeremos para presidente é o representante magno da nação Lusa!

Existem forças ocultas, despóticas, satânicas que têm como propósito máximo a castração dos poetas, mas lembro-me de ouvir Alegre vociferar veementemente: Poeta casto sim, mas Poeta castrado não! Não desgosto de Cavaco, é um homem grave, obtuso, recto, probo, íntegro, vertical, e confesso que confio eternamente na honestidade cavaquista. Governou a nação Lusa durante vários anos enquanto primeiro iniciado nos mistérios governativos do país, e a nossa nação enquanto estado europeu teve um forte e considerável desenvolvimento social e económico durante o seu reinado. Mas Cavaco defrauda o seu eleitorado, com a promulgação do casamento entre invertidos, nada faz para evitar a lei do aborto, e que eu saiba não é Poeta, no entanto é crente e católico. Mas terá plasmado Cavaco o seu catolicismo na sua acção governativa?

Assim sendo votarei num homem exuberante, que exacerba os instintos, magnanimamente apaixonado, um poeta augusto que combateu pela liberdade do povo Luso e um homem que foi deputado no magno e mui respeitável parlamento português.

Questionarão os mais cépticos se os poetas poderão liderar, se terão o discernimento político, filosófico, diplomático e tecnocrata para liderar a nação. Pois creio acerrimamente que a resposta à pergunta em apreço é definitivamente afirmativa. Um líder obviamente que necessita de ter o discernimento político e racional para decidir nas situações mais propícias, um líder tem de ter objectivos bem definidos, não pode ser nunca um homem publicamente irascível, mas um líder de homens e mulheres tem de ser um ente grandemente possuidor de subliminares instintos primários. Rogo aos prezados cientistas políticos e aos politólogos que não teçam doutrinas distintivas entre o homem e o político, não para a presidência da nação. Façamos um exercício filosófico; para certos politólogos o líder presidencial ideal seria um autómato completamente desprovido de sentimentos ou paixão, mas é do senso comum que tais pressupostos são completamente incompatíveis com o sangue quente que corre no povo Luso.

Não façamos distinções! Não separemos as doutrinas pessoais e profissionais! O cargo de presidente não é um mero e qualquer cargo de uma empresa com objectivos financeiros! Dizer que na política não poderá haver paixão ou sentimentos é um erro crasso histórico! E as oratórias gregas? E os poderes de argumentação tão sentimentalizados e tão belamente ornamentados que instigam nas massas o auge? E a arte na retórica? Não castrem os líderes!

Se Mário Soares diz, e muito bem, que a política europeia contemporânea carece de homens magnos capazes de elevar o espírito europeu numa pátria augusta, tal deve-se à sucessiva castração que tem sido imposta aos políticos europeus. Se formos probos, rectos, íntegros, honestos, profissionalmente competentes, porque não podemos transparecer por vezes nos discursos públicos sentimentos mais acesos ou acérrimos se estes não forem de cariz ofensivo ou indecoroso? E revejo todas estas qualidades em Alegre! Aquele plebeu, o Manuel!

Não sou partidário do partido maçónico, socialista e oligárquico que regeu o nosso país na última década, não sou partidário do partido burguês do pentáculo humanóide vermelho que se intitula de esquerda, mas voto Alegre. Um homem conscienciosamente aceso, uma referência para a Lusa nação, uma esperança para Portugal.

Nesta efeméride eleitoral, dia 23 de Janeiro de 2011, simbologia numerológica iniciática, entregar-me-ei ao deleite do meu dever enquanto cidadão luso, cumprirei as minhas doutrinas da cidadania, e votarei Manuel Alegre.

A Capital do Império pretérito - Considerações iniciáticas e urbanísticas sobre as referências históricas e intemporais da cidade de Lisboa


Vivo na capital do império esquecido. Vivo na capital do império pretérito. Os iniciados portugueses decidiram homenagear todos os povos alcançados pela hegemonia e influência do império Lusitano. Vejamos as homenagens que observo na capital do império pretérito. Tal como refere Pessoa, falta cumprir-se Portugal.

Perco-me nos desejos esquecidos enquanto vagueio por uma rua que é adereçada por um café de nome Danúbio. Danúbio, o rio que atravessa três capitais europeias, Danúbio, o rio de Budapeste, cidade esbelta, melancólica, por vezes sombria, por vezes encontrei nela a folia. A austera e humilde Budapeste. Passeio perto do café Danúbio na capital do novo império. Meus caros leitores deste pseudo-artístico guia turístico sobre as influências deste império pretérito, podemos vaguear pela avenida de Paris, onde encontramos lojas e montras com artigos chiques e requintados, esta avenida termina, ou direi começa, na praça de Londres, praça que é ornamentada com uma igreja em homenagem aos líderes, e à líder feminina messiânica do império Britânico, Sua Majestade, a rainha de Inglaterra. Tem esta praça de Londres, uma igreja em sua homenagem, tem um banco, pois sempre foram grandes homens de negócios e muito interesseiros os semitas ingleses e tem um ministério, sinal simbólico de poder, austeridade, rectitude, mistério iniciático maçónico e simbologia governativa. A lei masculina neste ministério, a igreja feminina em homenagem a Sua Majestade, a rainha do país cuja capital é Londres. Não dizem os exacerbados mações em apoteose extrema “God save our noble Queen”?

Praça de Londres - Inter-rede
Passeio pela capital do império pretérito e mal deixo a capital do império Britânico, faço uma vénia a Sua Majestade, rezo o terço, oro um Pai Nosso e cinco Avé Marias e caminho na direcção da capital do império Cristão, ou deverei dizer católico? Caminho na avenida de Roma que une a capital de Inglaterra ao país do novo mundo, o nosso Brasil brasileiro, em que o cantor vocifera alegremente que Deus só pode ser brasileiro. Se Deus for brasileiro encontrará na avenida do Brasil a ligação pela avenida de Roma à igreja de Sua Majestade. No cruzamento, deveria ter dito simplesmente, no entroncamento entre a avenida do Brasil e avenida de Roma, encontra-se o hospital psiquiátrico. A que se deve tal associação? A avenida do Brasil na horizontal, a avenida de Roma erecta, na vertical, a brasileira feminina, o Romano masculino. Será que provoca alguma demência intelectual o coito simbólico e urbanístico entre um romano e uma brasileira, entre um ser racional, austero, impetuoso, por vezes cruel, do velho continente, e uma mulher livre, louca, libidinosa, liberta de preconceitos ou restrições éticas ou morais, erógena, libertária do novo continente do Sul?

Vagueio pela avenida de Roma, caminho pela João XXI, o único papa Português que faleceu de forma que considero misteriosa, talvez sinal conspirativo, e chego à avenida de Madrid. Os nossos irmãos castelhanos foram contemplados com uma avenida simples, humilde e pouco reconhecida pelos lisboetas. Perguntarei a alguém na rua, “Poderá porventura, se me permite a questão e o afloramento algo inconveniente, dada a azáfama em que se encontra, indicar-me onde se situa a avenida que homenageia a capital do império de nossos irmãos castelhanos? ”, ou mais simplesmente, “Avenida de Madrid, onde fica?” Talvez em sinal retributivo pelo facto de Portugal ter sido homenageado em Madrid com uma rua esguia, embora central. No entanto os nossos irmãos têm uma praça enorme em Lisboa, a praça de Espanha. Será a praça de Espanha, uma crítica latente ao império espanhol? Austero, grandioso, enorme, com uma forte hegemonia, no entanto por vezes vazio de sentimentos, e por vezes criminoso na sua sede de poder e ganância. Lembremo-nos daquilo que fizeram aos Maias, Incas e Azetecas em nome do Cristianismo. A praça de Espanha, a maior da cidade, mas em que ninguém passeia, ninguém mendiga, ninguém escreve, ninguém fala, ninguém indaga; um poeta escreveu em tempos um poema e lá foi colocado no centro da praça; poucos o lêem. A praça limita-se a ser percorrida por automóveis, é penetrada e despenetrada, é atravessada e trespassada por viaturas ligeiras e pesadas.


Centro da Praça de Espanha - Inter-rede
Mas quão estranho é observar que quando vagueava no meu cavalo negro pela praça de Espanha, encontrei vários ruminantes açorianos a pastar pelo seu centro esverdeado. Ai, a mulher espanhola! Qual a relação entre o império Lusitano e o império de Cervantes? Se por um lado apelidamo-los de nossos irmãos, por outro dizemos que do outro lado da fronteira, nem bons ventos, nem bons casamentos. Mas as mulheres espanholas transmitem por vezes sensações estranhas libidinosas, exaltam as sensações exacerbadas e ímpias da libido. Se em tempos passados a cultura espanhola era representativa da ortodoxia e rectidão cristãs, hoje na mulher espanhola revejo os sonhos heréticos nas instâncias anatómicas carnais. Gado na praça de Espanha, porquê? Na maior praça de Lisboa.

Avenida Infante D. Henrique - unexpected-arts.com
Mas qual a maior avenida na capital do Império pretérito? Qual a que tem maior extensão, qual a mais subliminarmente viril? A avenida do messias lusitano, a avenida do Infante D. Henrique. Vai desde uma praça de um médico escritor, o Dr. José Queirós, até ao terreiro do paço, a praça do Comércio, o terreiro que já deixou de ter terra, com D. José, regente de outro regente mação e autoritário, o marquês da cidade de Pombal, D. Sebastião José, este terreiro que já deixou de ter terra foi o local de onde as embarcações, cujo conhecimento na ciência da navegação foi assimilado pelo legado do Infante, largaram e partiram em rumo às terras do Oriente. A maior avenida de Lisboa homenageia o messias português, o Infante, filho de D. João I e Filipa de Lencastre, filho de um português e de uma Inglesa, que gerou a denominada por Camões ínclita geração. A maior avenida do Império Lusitano homenageia o messias, o missionário da navegação, aquele que perscrutou através das ondas do azul do mar, novos mundos e novos continentes. Aquele que trouxe mundos ao mundo, que vagueou pelas ciências curvas e onduladas do mar imenso, que penetrou pelos horizontes infindáveis e misteriosos das neblinas intempestivas de além-mar.

Aurora boreal finlandesa - Imagens do Google 
Escrevo num café perto do café Danúbio, que atravessa Viena, Budapeste e Belgrado. No outro dia percorri a avenida da Igreja e encontrei o café Helsínquia. Fiquei deveras perplexo e intrigado! Qual a relação entre os pressupostos cristãos e católicos e a cultura de raízes altaicas existentes na Finlândia, a terra do fim? Porque é que a Finlândia é a terra do fim? Depois da Finlândia, nada mais, apenas o branco vazio, apenas o gelo ríspido e acutilante, aquele que se encrosta no sangue e que nos regela, impregnando temperaturas negativas no sangue quente dos homens do Sul. Entro na pastelaria da capital da terra do Fim e observo um mural feito de azulejos da cidade Finlandesa. Lembro-me de passear pela Finlândia, lembro-me de passear por Helsínquia, cidade tranquila, cidade maravilhosa e paradisíaca, passei pelas terras do fim, em período estival. Talvez por isso tivesse ficado maravilhado. Lembro-me de ter escrito obra profícua por Helsínquia, numa estalagem e em diversos estabelecimentos comerciais. Lembro-me de Helsínquia, cidade maravilhosa em período estival. Porque se encontra então na capital do Império esquecido, uma pastelaria de nome Helsínquia, a terra capital das terras do fim, e porque se encontra entre uma igreja, na avenida da igreja e a estátua daquele, que pelo facto de ninguém o ouvir, decidiu pregar aos peixes? A pastelaria Helsínquia, serve saborosos cafés, sacia o meu vício da cafeína e tem suculentas refeições, analogias às esbeltas e cândidas Finlandesas

Vale do Silêncio, Olivais - vneto 
Mas a avenida que mais me intriga, é a avenida que homenageia a capital do império Germânico, a avenida de Berlim. Percorro-a diariamente no meu percurso até ao laboro. Trespasso-a. Mas esta avenida, apesar de não ser muito extensa, tem algo representativo dos povos hiperbóreos e germanos. É ornamentada, adereçada com alguns espaços verdes, e une o Oriente ao aeroporto, talvez referindo o império alemão do segundo quartel do século vinte que indagou sobre as origens dos povos indo-europeus e elevou hediondamente os espíritos arianos e pseudo-superiores, com as origens indianas dos povos europeus. A avenida do império de Bismarck, é envolta em jardins e espaços verdes, do seu lado direito, quem caminha no sentido do aeroporto, encontramos um passeio esverdeado, do lado esquerdo, a meio, representando a virtude e o equilíbrio, o vale do silêncio. Porque é verde, pacato, tranquilo, num lugar de oliveiras, o vale do Silêncio? Sejamos contraditórios, façamos um concerto no vale do Silêncio, patrocinado pela cerveja Sagres e pelos cafés Delta. O vale iniciático do Silêncio, onde os homens e as mulheres fazem votos germânicos iniciáticos de silêncio, mas onde as crianças brincam alegremente, correm e falam, choram e cantam pelo vale do silêncio hiperbóreo.

Faço uma crítica acérrima aos urbanistas iniciados da capital do Império pretérito! Onde estão as referências aos povos nórdicos e aos povos eslavos? Onde se encontra a praça de Estocolmo, onde vivi dez exactos meses, onde se encontra a avenida de Minsque, cujas mulheres alvas e libidinosas instigam em mim sentimentos primários? E a rotunda de São Petersburgo, ou a alameda de Moscovo? Moscovo não temos. Mas habito perto de uma localidade cujo nome tem uma associação anagramática com a capital do império Russo; habito perto de Moscavide.

Av. dos Estados Unidos da América - Dmitriy T
E qual a segunda maior avenida da capital do Império pretérito? É a avenida dedicada ao novo império sediado no novo mundo. É a avenida dos Estados Unidos do novo mundo. É enorme, extensa, une Marvila, perto de Chelas, à avenida das Forças Armadas, une o instinto da pobreza e o miserabilismo de Chelas ao instinto bélico das Forças armadas da ordem. Atravessa uma feira, um estabelecimento comercial denominado Feira Nova; feira nova, mundo novo. Esta avenida atravessa a avenida do Almirante Gago Coutinho que atravessou o Atlântico Sul de avião, representando assim a ligação mais comum do século vinte e vinte e um entre o velho e o novo continente: o avião. Não começa a avenida Gago Coutinho na rotunda do aeroporto, representando assim a aviação lusitana? Não trespassa a avenida do Almirante, a avenida dedicada ao novo mundo? Como chegar nos dias de hoje ao império sanguinário do instinto, senão pela via aérea?

E quase que olvidava as avenidas do Oriente e de África, o continente negro. A avenida da Índia, enorme, extensa, junto ao mar e ao rio, simbolizando a ligação lusitana do império português ao Oriente através das águas. E a avenida de Ceuta, conquistada no século XV, bastião português no continente africano. Não poderei deixar de referir as avenidas de Moçambique e de Luanda. Ou a praça do Chile, cujo centro é ornamentado com uma estátua de Fernão Magalhães. Não passou Fernão Magalhães pelo Chile no seu périplo circunnavegante mundial?

Cais do Sodré - Inter-rede
E todos aqueles bazares do Cais do Sodré, com mulheres libidinosas, com nomes de cidades britânicas e associações com elementos nórdicos e viquingues. Nos cais, atracam marinheiros sedentos por prazer de sereias esbeltas de terra seca. Talvez aqui exista a associação entre os povos nórdicos e ingleses à arte da navegação. E todas aquelas ruas à direita da avenida Almirante Reis com nomes de cidades Inglesas como Cardiff e Manchester?

Alameda D. Afonso Henriques - Alexey A. Shevchenko 
E finalizo esta homenagem urbanística aos iniciados do império pretérito com a Alameda que consagra o seu regente primogénito: A alameda D. Afonso Henriques, que desce e sobe e continua através de uma alameda de uma universidade onde se lecciona Engenharia. Une uma fonte luminosa à sabedoria técnica, matemática e física! Há que retornar às origens, às raízes históricas do império através do seu primeiro regente, D. Afonso Henriques, para conseguir associar os princípios da luz, aos pensamentos matemáticos e físicos da universidade do Saber. Porquê então, as cotas do terreiro da fonte luminosa são as mesmas da entrada nascente do Instituto Superior Técnico? E porque se encontra o Instituto Superior Técnico alinhado com os eixos cardeais? Na entrada oriental temos trinta degraus, nove vezes três mais três, na entrada ocidental encontramos quarenta e cinco degraus, sendo nove vezes cinco degraus! A definir os pontos norte e sul, encontram-se duas torres cúbicas. Não é o cubo a figura geométrica idolatrada e venerada pelos iniciados sufistas? Na entrada nascente deste instituto uma alameda cujo nome retorna às origens do império português, e depois de atravessada e percorrida vemos a fonte que jorra sabedoria, cujos cinco falos aquáticos jorram a luz do saber, a água que sacia a curiosidade e a sede pelo Saber, a água doce que tem Sabor, e se tem Sabor tem Saber.

Padrão dos Descobrimentos - Imagens do Google
A capital do império pretérito, a capital do império que falta cumprir, tal como referia o poeta Pessoa. O império que falta cumprir, a cidade capital que o representa, que representa os seus históricos aliados, que carece de referências eslavas mas talvez encontre na sua língua, no seu 'c' de cedilha, as referências eslavas. Porque temos então com tanta frequência o 'c' de cedilha nas línguas eslavas, com o mesmo som representativo? Faltam as referências nipónicas na capital do império pretérito! Talvez novamente as encontre na língua. Esta forma simples de sílabas simples, apenas com uma consoante e uma vogal, esta associação de sílabas com apenas um sinal sonoro referente a uma consoante e outro referente a uma vogal relembra-me os nomes nipónicos. Basta pensar em Hiroxima, Nagasáqui, Quioto, Mitsubishi, Sony e muitos outros nomes nipónicos para encontrarmos algumas semelhanças com alguns termos da língua portuguesa, como por exemplo cafetaria.

Faço referência às representações simbólicas que a capital do Império pretérito tem.

Passeio por Lisboa, e de repente, vi o mundo!

O império mação


Explodem bombas no Iraque
Há mortes no Afeganistão
O general executou o ataque
em nome do império mação

A estátua ergue a destra mão
e com a outra, perpetra o saque
Não há ninguém que a mate?
Liberdade? Ou castração?

Não se crê que o império seja cristão
pois incute nos livres-homens a masmorra
É o império árduo, e cru da razão

É o império de Sodoma e Gomorra
É o império do bárbaro e do vilão
e o Novo Cristo fará, com que o seu líder morra.






Aónio Eliphis

As maleitas da alma - Nanotratado sobre a psiquiatria contemporânea


A psiquiatria é o estudo e a cura das maleitas da alma, Psique na mitologia grega era a personificação da alma, tendo Eros, o deus grego do amor, se apaixonado loucamente por ela. Psique era uma bela mortal, não era uma deusa, mas a sua beleza era tão exuberante que até os deuses por si se apaixonavam. Psique é então o elo entre a deidade e a humanidade, possui a perfeição de uma deusa, mas é constituída pela carne de uma mortal, assim Psique representa aquilo que nos homens e mulheres é etéreo e indefinido, mas no entanto poderosíssimo, que nos controla e que nos providencia o cariz humano: a alma.

A segunda parte do verbete, “iatria” significa cura, ou seja tratamento. Então a Psiquiatria na sua génese etimológica é a arte para a cura das maleitas da alma.

Por diversos séculos e milénios os investigadores se debruçaram a estudar quais as géneses que provocavam nos indivíduos certos comportamentos meramente desviantes, ou completamente lunáticos. Por certo que há vários graus na severidade patológica psiquiátrica que assolam um indivíduo, mas a minha análise será mais humana que estritamente fria e puramente científica. Nada resta ao homem que a salubre loucura para que se sinta vivo e teça vários escritos e tratados. Fernando Pessoa assim se referia à salubre loucura:

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

em a Mensagem


Então como distinguir os distúrbios da alma exuberantemente profícuos e profusos à grandiosidade artística e aqueles distúrbios que são real e severamente patológicos e castradores? A psiquiatria moderna engloba todos no mesmo grupo e tem tão-somente uma única terapia: o fármaco.

A psiquiatria moderna tornou-se na forma mais bárbara, severa, oligárquica de tratar as maleitas que são na realidade da alma, sendo que para todas as maleitas da alma a psiquiatria moderna aplica o fármaco. Os estados sociais são literalmente extorquidos pelas empresas farmacêuticas pois a maioria dos medicamentos do foro psiquiátrico tem comparticipações acima dos noventa por cento.

Já muito falei em outras circunstâncias sobre os poderes dos símbolos, de como o Amor, a Paixão ou a Fé demovem os homens, de como o Verso incute nos homens e mulheres um espírito de alegria magna e magnificência. Bem sabemos como uma conversa bem estruturada com um técnico, pode afastar as maleitas da alma que assolam o indivíduo, bem sabemos como a terapia de grupo pode funcionar se o líder souber estimular o grupo a partilhar experiências, e até o povo diz que quem canta seus males espanta, referindo-se nobremente a que quando o indivíduo canta, solta-se e liberta-se dos constrangimentos sociais que o afligem, e todos sabemos que a Poesia liberta as almas. Porque vemos então tantas pessoas a juntarem-se a clãs e novas igrejas onde se canta, porque vão as pessoas a concertos onde se divertem e se estimulam mutuamente? Mas para todas as maleitas da alma a psiquiatria moderna tem tão-somente uma terapia redutora: o fármaco.

A alma não se cura com químicos, nem com poções mágicas de alquimistas modernos altamente industrializados que têm o único objectivo de extorquir os estados sociais tendo contas bancárias bilionárias em paraísos fiscais. Extorquem o estado social que recolhe os seus proveitos através dos impostos, e depois colocam os seus lucros em países que não os taxarão. O psiquiatra é cooperante em toda esta máquina brutal, normalmente tem o seu consultório privado onde cobra por uma hora de consulta trinta vezes mais que aquilo que ganhou à hora o servente que lhe construiu o consultório. E no fim da consulta passa a tão aclamada receita que extorquirá mais umas boas dezenas de euros ao estado social e que colocará no bolso da farmacêutica, que por sua vez amamentará o rendimento do psiquiatra em mais um bom quinhão. O paciente leva para casa o fármaco que é a forma mais redutora e ineficaz de sarar uma maleita que tem a sua génese na maioria dos casos na alma.

Será que o fármaco tange a metafísica etérea da alma? E como sarar então as maleitas do foro psiquiátrico questionaram os caros leitores? A resposta é simples: com o Amor e a Paixão!

Dir-me-ão que sou utópico, mas assim não o é! O Amor verdadeiro demove o indivíduo, fá-lo sentir útil à sociedade e ao próximo, o altruísmo, a caridade, a filantropia, tornam o indivíduo profuso em obras em que lhe reconhecerão o mérito. Mas se o indivíduo se divorcia, se o indivíduo perdeu o emprego, se perdeu alguém que amava, o psiquiatra estará sempre predisposto após a boa cobrança de umas boas dezenas de euros, a prescrever a terapia redutora: o fármaco.

Para sarar as maleitas da alma recomenda-se a todos os indivíduos que saiam com amigos, que se divirtam, que se apaixonem, que cantem, que recitem poesia em voz bem alta, que gritem em espaço próprio, pois está provado que o grito é terapêutico, que dancem, e quanto mais severa for a maleita, mais primária deverá ser a dança, desde a dança clássica até à dança africana, a dança liberta as maleitas da alma; que escrevam em blogues públicos que partilhem emoções, que beijem, que toquem nos vossos próximos, que façam desporto e que se estimulem.

Porque é que todos os fadistas, e reparem que o fado é naturalmente melancólico, têm no seu quotidiano uma salubridade emocional que transparece para o exterior? Porque é que todos aqueles que praticam desporto salutarmente não padecem de problemas de foro psiquiátrico? Porque está bem provado que o desporto faz bem não só ao corpo mas também à mente. Porque é que aquelas mulheres mais velhas que vão até aos salões de dança dançar ao domingo à tarde guardam visceralmente uma alegria natural interior? E porque é que o Poeta que recita os seus versos é naturalmente apaixonado e tal como definia o próprio Pessoa é muito mais que a besta sadia, sendo louco de forma salubre? Mas para todas as maleitas da alma o psiquiatra tem a terapia redutora: o fármaco.

Porque é que aqueles que se entregam às doutrinas da Fé, qualquer uma que seja, guardam uma energia natural interior que transborda confiança e tranquilidade? Porque é que aqueles que praticam Ioga conseguem alcançar um estado espiritual tranquilizador que nos remete para uma paz interior quase divina? E toda a sabedoria oriental do foro da alma, que remete o mestre para as questões dos desequilíbrios pontuais que estão acentuados e para o equilíbrio natural do ser humano que tem de ser restabelecido? Porque é que todos os mestres orientais, mesmo os das artes marciais, transparecem uma tranquilidade quase divina, não sendo meramente um marasmo ou um amorfismo, mas uma paz que manifesta um equilíbrio interior muito bem estruturado e frutífero? Mas para todas as maleitas da alma o psiquiatra tem a terapia redutora: o fármaco.

A minha conclusão caro leitor é de que os fármacos são necessários para sarar as patologias do foro fisiológico, e assim já o é há milénios, mas nunca para sarar as maleitas da alma. A alma é muito mais transcendente e mais metafísica não sendo tangível pelos meros químicos que nos afectam o cérebro. Para a estimulação do cérebro, para a estimulação da alma, há milhentas maneiras humanamente conhecidas bem mais salutares e muito menos invasivas que já descrevi.

A psiquiatria moderna não é mais que uma forma redutora, oligárquica, elitista, extorsionária e arrogante de tentar sarar os males que assolam as almas dos indivíduos.

Pedido matrimonial


Escrevo versos sem pudor
Escrevo termos floreados
Nádia, meu amor
Somos dois enamorados
e estando os dois abraçados
peço-te com uma flor
para que eternamente enlaçados
na doença e na dor
na saúde e na alegria
cases comigo, amor.
Somos os dois Poesia
Eu a estrofe, tu o verso
És o soneto e a canção,
tu és o canto imerso
do Poeta no coração
Casa comigo, eu te peço
Dá-me Amor, a tua mão.
Casa comigo Paixão



João Pimentel Ferreira

O Poeta do Olimpo


O Poeta por Zita Madeira
Ouço os momentos do Saber
em que os homens me instigaram
Vénus, Afrodite provocaram
em Psique, em Eros o Prazer

Venha quem Zeus quiser
Pois os deuses emanaram
os espíritos que amaram
a literata e excelsa Mulher

Sou cristão monoteísta
Fui em tempos exogâmico
Escrevo os versos do fadista

que à mulher é espontâneo
Sou o amante altruísta
Poeta e Galã em simultâneo





Aónio Eliphis