À doce Nádia
Publicada por João Pimentel Ferreira
E no meio do nada
Enquanto todos dormem
Quando a luz se apaga
Espero eu por ti
Nesta madrugada
Quero ter-te aqui
Mas tu estás parada
E não há mais nada, nada
Só tu, tudo, tu
Nada, nada, nada
Só tu Nádia, És tudo, tu
E a espécie humana é capaz de
Odiar, matar, chacinar
Mas contigo eu só consigo
Dar, abraçar, amar
Eu dava tudo para te ter,
Mas eu sei que um dia
a esperança há-de morrer
E no fundo do teu ventre
eu queria
Colocar a minha semente
um dia
VIVA A LIBERDADE
Publicada por João Pimentel Ferreira
Viva a Liberdade dos povos Africanos
Viva a liberdade dos povos americanos
Viva a liberdade de todos os povos e de todos que se entregaram de corpo e alma para a conseguir alcançar.
Existe uma entidade regente que oprime os povos, que lhes lê os pensamentos e o métodos é atroz e horrendo.
Capturam todos os indivíduos de uma nação, subjugam-nos ao terror, pois essa entidade regente, essa sim é a verdadeira patrocinadora do terror.
Capturam o individuo e colocam-lhe aparelho para escutar os pensamentos. Qualquer pensamento não autorizado esse individuo é horrorosamente torturado em frente dos outros
Gosto de viver em liberdade, gosto dos republicanos, homens-livres que proclamaram a liberdade aos povos, gosto da maçonaria francesa que proclamou a liverdade,
Viva a Liberdade, Igualdade, fraternidade.
Todos os individuos foram torturadso, e o método é deveras simples, capturam o individuo, fazem-no torcer até quase morrer, depois inserem no cérebro aparelhos do nível de nano-processadores, para que possam ler todos os pensamentos. Qualquer pensamento desviante que o individuo tenha é imediatamente torturado como exemplo.
Através do terror é mantida essa força regente internacional.
Estão todos subjugados, todos estão sob o comando de uma mesma entidade, por isso é necessário evocar a liberdade.
Delicio-me por viver em democracia e poder falar abertamente sobre os meus pensamentos, sobre as inquietudes que me vão na alma.
Mas sinto agora que todos os esforços feitos pela maçonaria francesa em nome da liberdade, todos os esforços feitos pelos povos americanos em nome da liberdade, e tudo o que passaram os povos africanos em nome da liberdade, está a ser em vão.
Viva a Liberdade.
Viva a revolução francesa em nome de liberdade, igualdade e fraternidade.
Não temos no presente momento no cenário actual nenhuma das três, pois as forças regentes torturam e subjugam os seus súbditos. E o esforços realizados pelos povos africanos em nome da liberdade, e todos os povos americanos que proclamaram a liberdade em relação aos seus governos europeus. Viva liberdade
Vivemos numa situação em que a liberdade foi totalmente subjugada a nada, não havendo liberdade nos povos. A entidade regente altera a língua de um povo, altera os monumentos, altera tudo o que lhe convém alterar, não tendo o mínimo respeito pela história de um país.
A entidade regente é opressora, capturou todos e mantem todos subjugados às suas rédeas
O método é simples,
- Capturam o individuo e torturam-no até quase morrer
- Depois colocam aparelho no cérebro para captar pensamentos
- Qualquer pensamento desviante faz com que o individuo seja punido
- O individuo passa assim a ser um mero robô, um autómato, alguém que não age por vontade própria, passa a ser alguém a quem lhe foi retirado o livre arbítrio.
TEMOS QUE LIBERTAR OS POVOS
Lembrem-se, todos vós têm aparelhos no cérebro que captam pensamentos e todos vós estão subjugados a uma mesma ordem opressora. Temos que nos libertar dos nosso medos e receios de culpa.
VIVA A LIBERDADE
A águia da república vermelha
Publicada por João Pimentel Ferreira
Tanta conversa, ora fútil, ora pouco compreensiva. Mas há algo neste país, na soberania heráldica deste país que me deixa pensante. A omnipresente águia boreal. A águia que voa nos céus imensos, a águia que abre as asas e quando a observamos no céu vemos o sol, vemos alguém que abre as asas podendo assim voar e contemplar a liberdade.
Falo de liberdade, ora tentarei escrever libertamente. Não e águia o símbolo dos povos do Cáucaso, então a águia polaca revela que existe alguma soberania por parte dos arianos, não fosse esta nação considerada uma nação de Leste. Mas parece que a história revelou que na realidade a Polónia era uma nação multi-étnica. Isso faz-me reflectir ainda mais sobre a guerra entre os poderios opostos, a guerra filosófica e doutrinal, ou guerra tribal, ou apenas querelas humanas de povos com diferentes géneses, entre os povos do Cáucaso e os Semitas do Sul.
Os mandamentos, as ordens de Roma, os símbolos do império sempre foram os dominantes. Sempre foram os símbolos que dominaram as nações durante séculos, desde o antigo império Romano até à Igreja Cristã.
Hoje observei um anjo, um anjo imaculado, tinha asas e voava, tinha cabelos loiros e face rosada, e não sei se foi um sonho, se foi algo que contemplei na realidade, se foi um mero e banal eclipse visual, ou se foi algo mais concreto. Apercebi-me entao que o anjo, os anjos, por terem asas, são mais uma forma da representação da águia, são uma humanização da águia boreal. O anjo, o anjo que é venerado e procurado, é então a águia de outra forma representada, que faz os homens entrarem em delírio por contemplarem tal personificação de uma ave.
O anjo, a águia da bandeira Polaca, revela a supremacia da hierarquia dos povos do Cáucaso nesta nação, o que por certo não implica que esta mesma nação não tenha fortes traços semitas. Sempre foi assim em muitas outras nações. O poder aos do Cáucaso, e os do sul tiveram sempre que viver em clandestinidade no continente do Euro. E como a lei do equilíbrio universal sempre se aplica, parece que hoje em dia, são os semitas de novo que no novo mundo exercem a Ordem Mundial através da força das armas.
Se o Império que venerava o Cáucaso, sediado em Roma, controlava as províncias sempre ostentando a águia, ostentando a quadriga de letras SPQR, e sempre o fez através de uma boa administração provincial é certo, mas também quando necessário através de ferro e sangue, parece que os impérios que se quiseram estabelecer utilizaram sempre os mesmos meios com o intuito da supremacia. E fiquei estupefacto, ou talvez não, quando me apercebi que a quadriga de cavalos nas portas de Bradenburgo, estão alinhadas a Leste. Assim como o está a praça de S. Pedro em Roma. E nas portas de Bradenburgo um cavalo para cada letra da sigla do Império, SPQR, e muito do império herdou a cristandade, desde o INRI, até ao simples facto de o Cristo na sua abertura de braços , com a cabeça ligeiramente pendente para a direita, lembra a águia venerada pelos indo-europeus, que também tem as asas abertas e que também tendo quase sempre em todas as representações, a cabeça ligeiramente para a direita. Não tem a cruz, quatro pontas?
E tudo isto reflecti, no comboio nocturno, na viagem noctívaga em direcção à Polónia. Uma viagem calma, serena, e sempre que viajo de comboio fico maravilhado, e mais fico ainda quando viajo à noite. Aquela repetibilidade sonora dos carris embala-me num sono profundo e reconfortante. Lembra os passos de uma progenitora, enquanto a criança se encontra ainda no ventre, a passear calmamente e a cada passo, um pequeno balanço, um pequeno e suave balanço. Porque embalam então, as progenitoras, as suas crias? Será para que estas adormeçam melhor? Pois o comboio embalou-me num sono profundo e reconfortante e fez-me reflectir sobre os simbolismos da bandeira polaca.
A cidade da harmonia
Publicada por João Pimentel Ferreira
As avenidas de Berlim são largas, espaçosas, têm o espaco para acolher as viaturas que se movimentam em quotidianas correrias. Os edifícios são ora contundentes, com ângulos agudos, ora com traços suaves. E mais um momento de reflexão enquanto deglutia uns mililitros de cerveja. Será a língua a única forma de comunicação? Não, claro que não. Como é clarividente, o arquitecto de tal proeza que contemplava, comunicava com todos os transeuntes ao conceber tal façanha. Quando traçou as linhas no estúdio, quando fez o desenho de tal praça, comunicava com todos os indivíduos que haveriam de visitar a sua obra de arte.
Alexandre, o Berlinense
Publicada por João Pimentel Ferreira
Cheguei quase ao anoitecer, a noite está prestes a aparecer, o sol esconde-se e não me apercebo de tal fenómeno, pois não contemplo o horizonte numa metrópole. Cheguei e o céu oferece uma fascinante melancolia. Fico perplexo e entusiasmado com a cor do céu em Berlim, com a sua tonalidade azulada. Caminho durante a noite e dirijo-me até à praça de Alexandre, a que Alexandre dedicam os Berlinenses está praça central? Ao Greco-Macedónio? Ao Grande Alexandre? Desconheço, o que é certo é que é um espaço imensamente amplo, e com sinais deveras interessantes.
Venho de um cubo, de um cubo hiper-bóreo comercial. O centro comercial Galeria é amplamente belo, maravilhoso, tranquilo, calmo, possui uma claridade contrastante com o exterior. Percebi aqui a origem dos centros comercias, e talvez, por vezes questiono-me se têm o mesmo propósito que têm nos países mais amenos em termos de temperatura. O vento era enorme, forte e frio, e neste centro comercial, espaço amplo, luminoso, encontrei uma harmonia e um conforto inigualável. Têm a forma de um cubo, por fora. E questiono-me eu, porque vejo eu tantas formas cúbicas, tantos traços lineares, tantos ângulos rectos, tantos paralelipípedos, tantos blocos urbanísticos, tantas formas quadrangulares, na arquitectura urbanística, na decoração de interiores, nas mesas de cafés, nos corredores das estalagens, tantas formas rectangulares por paragens do norte?
Na Galeria observava um album de fotos tiradas durante a II guerra mundial, e voltei a ver imagens ora chocantes do periodo horrendo do sec XX, ora imagens esparancosas do pós-guerra. E questiono-me sempre sobre tais simbolismos dos povos arianos. A suástica, quatro letras L, alinhadas cada uma num ponto cardinal. A letra L, que forma um angulo recto, que forma a rectidão, e que inicia a palavra Latim. Quatro L formam a suástica, e o quatro, quanto é o quatro venerado pelo império Romano, desde SPQR, até INRI, é que a sensacao que tenho, foi que o INRI foi a heranca à cristandade, por parte do império romano. Não tem a cruz, quatro pontas?
A praça de Alexandre, a praça maior dos Berlinenses. Uma cidade majestosa, enorme, ora revelando uma obscuridade fascinante e melancólica, ora imensa em luminosidades provenientes de lojas e espaços comerciais. Uma cidade fascinante, mágica, enorme, com uma arquitectura impossível de ser contemplada por paragens do sul.
Cheguei à praça maior, à praça de Alexandre, e vários sinais aparecera-me pela frente. Três enormes gruas alinhadas a Sudoeste, como que impelidas por um magnetismo oculto, como que se uma grua fosse um tipo de compasso enorme e mágico. Na mesma praça, um relógio, um relógio universal, que indica as horas em quase todas as localidades do mundo. Mas afinal questiono-me eu, qual a finalidade do relógio? Qual o propósito? Será mensurar as horas do mundo, ou indicar os pontos cardinais. Qual foi o intento dos criadores do relógio, dos caldeus que o elaboraram. Estarão as 12 horas a norte e as seis horas a sul? E porque é que então, quando marca as seis horas, o relógio encontra-se erecto em todos os seus ponteiros? Lembro-me nesta vaga de ideias vigorosas, o boneco do sinal verde da passagem de peões dos berlinenses. Quando verde, é um homem vigoroso, que eleva o falo no sentido do vigor, quando vermelho, evoca a paragem, a preguiça, evoca o homem crucificado. São os sinais berlinenses, são os sinais que observo com estes olhos, os sinais que capto.
Na praça maior, um paralelepípedo enorme, luminoso, um edifício que lembra algo bastante vigoroso. Na mesma praça contemplamos a torre da TV, ou rádio, ou algo similar. É uma estrutura bastante observada por paragens do norte, que evoca o vigor e a fertilidade que no subconsciente dos cidadãos traz-lhes algum conforto espiritual, alguma felicidade. Pois a felicidade provém exactamente disso. A felicidade, o bem-estar interior, provém do vigor latente. E nestas paragens onde anoitece cedo, e amanhece tarde, onde o frio é bastante, têm os boreais de conceber estes monumentos que se elevam nos céus, para fornecer aos seus cidadãos, aos Berlinenses o bem-estar e a felicidade tão procuradas pelo ser humano. Confesso que me inundou, que me deixei influenciar pelo seu magnetismo visual. Que me irradiou, tal monumento arquitectónico. Um cilindro cujo diâmetro se altera consoante a altura, e no extremo superior uma esfera. Não é a esfera a representação geométrica da perfeição?
Uma fonte na praça de Alexandre. Uma fonte circular com quinze folhas, quinze conchas aquáticas, que jorram água no exterior, e que vão jorrando água umas nas outras. Estranhei em qual dos sentidos circulares a água fluía, a água percorria. Apercebi-me que o crescente em altitude é no sentido dos ponteiros do relógio, ou seja, o sentido caldaico, já a água, a água flui no sentido directo, percorrendo folha a folha, uma espiral de pequenas folhas, deveras maravilhosas. No topo, uma folha em forma de pentágono fornece a água primordial. Não era o pentágono a adoração pitagórica? A iniciação? Então nesta fonte em Berlim, encontro eu formas e correntes invisiveis peculiares e com bastante simbologia.
Uma fonte onde a água flui em espiral, e flui no sentido do exterior. E quão fortes são a minha imaginação e sentido de observação ao me aperceber de tudo isto, quando a fonte não jorrava água. Mas na mente, no espírito observava esta fonte em movimento contínuo, e por vezes os sonhos e a imaginação são mais fortes que as imagens que os olhos contemplam.
Uma praca alexandrina, enorme, majestosa, onde os transeuentes caminham ora depois de efectuarem certas aquisicões comerciais, ora depois de um dia de trabalho fatigante. Uma fonte, uma torre adoradora dos cúes, um paralelipipedo enorme, e um cubo comercial. Tudo formas reconfortantes no seu interior, tudo formas que me levam a pensar e refelctir sobre a cidade que visito.
Memórias de um cubo hiperbóreo
Publicada por João Pimentel Ferreira
As memórias de um cubo por paragens boreais.
O anti-semitismo latente na doutrina de Karl Marx
Publicada por João Pimentel Ferreira
E lembro-me de todas estas recordações, paradoxalmente, quando lia o Capital ilustrado de Karl Marx. Um livro para leigos e burros, por certo dirão alguns economistas e entendidos na ciência histórico-financeira, mas direi que para mim é uma forma interessante de ler um dos mais famosos ícones da história económica. Se Karl Marx se inspirou em doutrinas filosóficas para redigir o seu Capital, se Karl Marx, homem inteligente, dotado de forte razão e sentido crítico no sentido filosófico do termo conseguiu estabelecer ideais que levaram ao denominado Marxismo-Leninismo, para mim, mero ser pensante, "O Capital" foi a mais elevada forma latente de anti-semitismo.
Não é o Capital, a moeda, o numerário, a criação caldaica mais amplamente difundida? Então "O Capital" é a sua antítese. E porquê escrever "O Capital" para afrontar o capital? O Homem na sua afronta idealista utiliza sempre os mesmos meios e termos que o inimigo. Não escreveu também Saramago "O evangelho segundo Jesus Cristo"? Pois "Das Kapital" é a forma mais ariana da harmonia, tão amplamente difundida pelo Leste. Então descobri eu, nesta vaga de pensamento, que na realidade a "Guerra Fria" foi uma guerra latente de eixos "Norte-Sul", estando o Sul a Oeste e o Leste a Norte. Terá sido então uma guerra Sudoeste-Nordeste? Há que compreender "O capital" para perceber o quão importante é o capital. Com o capital adquirimos todos os artigos, todas as formas de poder, todas as receitas, tudo se transaciona em torno do capital. Ou talvez não devêssemos ser tão intransigentes. Não será meu caro Karl Marx, ou não deverei dizer 'caro' pois reflete medida de capital; não será o capital apenas uma forma de mensurar as formas naturais do mundo? Não será o capital apenas uma outra forma de representação das coisas? Eu bem sei que é uma forma bastante redutora. Sei-lo bem. Mas talvez seja apenas uma forma de precisão. Quanto é que os outros estão dispostos a dar dos seus recursos por um certo bem ou serviço?
É sabido que os judeus sempre adoraram artigos como diamantes, ouros ou pedras preciosas. Onde há judeus há diamantes, há ouros, há pequenos artefactos valiosos. Terá sido isto a forma primária do Capital? Será o Capital a medida simbólica e económica das coisas, ou será antes a sua pérfida e redutora representação, reduzindo todas as vertentes da vida à mera mensuração financeira? O que é certo é que por vezes a harmonia é contrária aos preceitos do capital. E porque é que a capital de um país se escreve com a mesma palavra do capital? Marx era Alemão, Germano, talvez um dos verdadeiros inteligentes descendentes dos povos do Cáucaso, e defensor da Harmonia interior; terá compreendido que na realidade "O Capital" fosse a maior afronta à paz interior, mas foi também uma latente afronta à maior criação semita: "O Capital".
A ariana representação do ser, na iconografia popular portuguesa
Publicada por João Pimentel Ferreira
Entre a harmonia do ser e a diáspora do estar
Publicada por João Pimentel Ferreira
Já as línguas Românicas, com fortes traços equatorias de sufismos do sul, e de semitismos do deserto, guarda da diáspora a distinção entre o ser e o estar. Povos viajantes, que caminharam pelo mundo à descoberta do desconhecido, por vezes têm de guardar as raízes culturais e religiosas, não sendo onde estão. Guardar os traços culturais originais, quando se viaja por locais e nações distantes. É distinguir o ser e o estar. É não ser onde se está, pois o ser está no local de nascimento e por vezes estamos longe de nos encontrarmos. Por isso viajamos, procuramos algo mais que vai além do local que nos viu nascer. É não estarmos onde somos.
Fugi, deixei de ser
Vim para me perder
Sou o ser que flúi
Estou, não sendo
Viajo pelo mar azul
Vejo do Norte, os mares do Sul
Estou vivendo
Estou e sou
Sou quem sou
Estou, sou, ou
Sou o ser que voou
Que navegou
Que passeou
E deixou de ser onde está
Vi a harmonia viajante
Se viajo, ser pensante
E sem viajar,
sou para me encontrar
A pérfida caixa mágica
Publicada por João Pimentel Ferreira
Diz-me o teu nome, dir-te-ei quem és…
Publicada por João Pimentel Ferreira
O nome, quando escrito, quando retratado dir-me-á tudo, mas o nome não é tudo e os homens não se medem aos palmos, nem sem medem com a quantidade de sílabas que os seus nomes contêm. Senão, os criadores, ou os aparentados que perfilharam os seres que nasceram tinham à partida o destino da criança ao lhe atribuírem um nome. Cabe então ao individuo a Escolha, escolher o nome para a ocasião, não me refiro a pseudónimos, a pseudo-nomes, mas sim ao nome próximo, ao nome da perfeição, ao nomes pelo qual o indivíduo se identifica, pois o nome de Baptismo é atribuído enquanto o ser é tão novo, sem capacidade intelectual para fazer a escolha moral, pessoal, em consciência, sendo o destino do ser atribuído aos aparentados. O nome de rebaptismo, é bem mais consciencioso.
Diz-me o que tatuas,
Quais os poros por onde suas
Desenha-me as tuas
Tatuagens Nuas
Quartetos Onomásticos
Publicada por João Pimentel Ferreira
Incutida de carícias
Paixões riquíssimas
És a diva e a profana
Caridosa Milanesa
Bela dama inglesa
No meu jardim, uma tulipa
Entrego o corpo ao rei Herodes
Para ti, componho belas odes
És as pirâmides de Gizé
Mulher de César enamorada
Que se mostra ao povo na alvorada
Beata Santa, Beatriz
És quem evoca a sensação
O delírio em ter-te a tesão
És a adorada, a Filomena
E a tua suave mão ilícita
Que me enche da ansiedade
Que me acaricia a mocidade
És a plebeia e a Patrícia
Que me inspira a escrever
E contigo consigo tecer
Belos versos, bela Prosa
Aquela que da ostentação
Me enche o corpo de paixão
Caridosa e tirana
Esses teus loiros cabelos
Evocam-me a percorrê-los
Nas tuas recordações de menina
Caridosa e piedosa
Que ao mundo se mostrou honrosa
A ternura por ti é tanta
Louvo aos céus por te ter
Louvo aos céus sem perecer
És a Mulher que Deus teria
Whose surname refers to Rice
You’re my desire, my passion, my vice
You’re my sweetheart, you’re the best
With her troops, and all their power
You’re my beautiful Sunflower
You’re my darling, my desire
A que me abraça na madrugada
A amiga-companheira, a desejada
És a Flor, a Cinderela
Dinamene...
Publicada por João Pimentel Ferreira
o divino e o terreno
romana em Roma e amor romeno
Farão parte do passado?
Muita calma, amor sereno
requer a chama do meu fado
Adiar o adiado
Muito amor, amor ameno
Dinamene, quem tu és?
Sina, ou sino-paixão
O poeta a teus pés
Entregou o coração
Pois o poeta é quem vês
É o que escreve a adoração
Six quatrains written in English
Publicada por João Pimentel Ferreira
Every hour, every minute
Every second, with delight
I cross every limit
which unties me from your sight.
which captures you, into my heart
I feel it with great pain
cause I still force you apart
With no pleasure, nor even joy
I stare you, into my soul
If I treated as a toy,
would you be into my world?
Neither pain, nor even sadness:
The shadows which shine from you
I'm sober, but still my madness
force me: So many things to do
Shall be authentic this desire?
Was it given by some God?
Burning water and cold fire
capture me into my pod.
If I don't know my future life
If it's unknown my longing fate
I do love you, my beloved wife
since the day we start to date.
Soneto à Lua
Publicada por João Pimentel Ferreira
Lua brilhante, da imensidão
Que evoca o coração
E o desejo que me faz falta
És por quem a Mulher se pauta
És quem renega a escuridão
Astro passivo de eleição
Cruz cristã, a cruz de Malta.
Quando cheia, és reluzente
Levas homens à loucura
Quando nova, és deprimente
A escuridão e a lonjura
Mas se Nova és, espero o crescente
Amar-te assim, cândida e pura.
Em nome da Liberdade
Publicada por João Pimentel Ferreira
Em nome da tão afamada liberdade
Quanto sangue correu pelas paredes das celas da Bastilha
Quantas cabeças rolaram sobre o peso da guilhotina
Dessa gravosa anglo-gravidade
Em nome da liberdade
E em nome da Liberdade
Matou-se o regente luso, o último
Elevou-se a Republica
Elevou-se por vezes a injúria
Perdeu-se a Saudade,
Desse povo que ostenta a estátua homónima
Que carrega a tocha na austera mão direita
Supostamente perfeita
E que carrega a coroa de cinco espinhos
Lançou-se a devastadora bomba sobre os nipónicos
Arrasaram-se milhares de vidas em nome dessa mesma liberdade
E dos seus três pilares mestres anexos
Morrem milhares em metrópoles perversas
E imersas em fogo cruzado,
sem condições humanas
Todas elas profanas
Enquanto senhores ricos ostentam quintas, palacetes, carrões, propriedades imensas no mato
O Sangue que escorreu em África
Com catanadas que cortavam carne tenra infantil
De pobres crianças, pueris, apenas por pertencerem a tribos diferentes
Em nome da Liberdade, em Nome da Liberdade
O Sangue que não escorreu no “Porto Livre”
Em nome da anglo-liberdade
E a saudade?
Pois a Liberdade fumava muito, e morreu de cancro dos pulmões
Em nome da Liberdade
As vítimas
Da Liberdade
Dos “outros”
Que rima com
Fraternidade
Igualdade
Haverá nas terras do Tio Samuel Igualdade?
Haverá Fraternidade nas terras francas?
“Liberté, Egalité, Fraternité”
E o Sacrifício em seu nome?
Que menciona essa estrutura quase indivisível que é o átomo, tão minúscula, tão quase ínfima
Como pode causar tantos danos?
Como pode causar tanta devastação?
Tanta destruição?
Em nome da Liberdade!?
Quanto sangue não escorreu pelos pacíficos colonos?
Mas doce Flor
Respeito o teu livre arbítrio, o teu sentido de liberdade,
E se porventura quiseres fugir
E o melhor é a Liberdade
E o fado e a Saudade!?
Não sou teu amo, nem teu Senhor,
Mas não nego que por ti sinto por vezes paixão, amor
E bem sei que vivo em condição de mortal.
E talvez te tenha mostrado o direito
Mas apenas o direito não é perfeito
E tentei mostrar-te o caminho, a Saída
Cabe-nos a nós redescobri-la
Para que possamos senti-la
No nascimento, a Autenticidade
Não to sei dizer
Apenas homens racionais e conscenciosos podem nutrir
Da verdadeira liberdade
Vê o sangue derramado nas batalhas e revoluções
Em nome da aclamada Liberdade
Revolução francesa, americana, africana, sempre
Em nome da Liberdade
Vê a morte, a tragédia em nome dos três pilares
Mestres que sustentam esses valores
MAS, esqueçamos os pretéritos, as intempéries e
O sangue e evoquemos o Perdão
sem Sermão
Limpem as mágoas e as máculas mundanas
Vamos elevar o Sacro, sem sacrificar as profanas
A liberdade é um processo
Imerso
Por vezes Intenso
Que renega o perverso
E terá o Homem que sofrer para a contemplar?
Absorvamos os campos verdejantes
Encaremo-nos como seres pensantes
Farão a tragédia, o Sangue, as catástrofes, parte do processo de Liberdade?
Terá a Liberdade do número 90 ter que se movimentar?
O que é uno? O que é amar?
O que é o todo? O que é suar?
O que é o nada? O que é saltar?
Quem sou Eu? Serei o breu?
Ou o Apogeu?
Que sois vós?
Bela Flor campestre?
Que me foi agreste?
Calma, amiga e amena
Elevemo-la nos mais altos dos pilares
Dos triângulos rectângulos, rectos direitos e divinos
Dos crescentes pares das terras meridionais
Façamos dos juramentos, a Liberdade, aqui juro
Trilhemos os passos da Liberdade
Da Caridade
Da mocidade
Do Renascer, pois só ao renascer somos livres
Da piedosa Piedade
Evoquemos a Liberdade
Afastemos a escravatura
Pensemos nos homens-livres que aboliram a opressora escravatura
Nos pedreiros livres que elevaram os valores da amizade e fraternidade
Elevemos os espíritos ternos a amigos
Irradiemos o desejo, e sigamos os espíritos indo-europeus da suástica pacífica
Percamos os anti-semitismos
Adoremos o espírito infantil da puerilidade
Criemos um mundo, e um ser livre
Dêmos ao mundo felicidade, mas lembrai-vos cara Flor,
que a Liberdade é um Processo
Que se conquista, que se alcança
E só o homem racional, forte, e verdadeiro a obtém
Sem as farpas de uma lança
Atentamente
João, a tentar libertar-se
29/Nov/2007
Um donuts do dia
Publicada por João Pimentel Ferreira
Não haja dúvida às influências inegáveis do império do ocidente; Portugal e Lisboa em particular que foi sempre tão rica em doçarias tradicionais, desde
- a bola de Berlim,
- o bolo de arroz,
- o pastel de nata,
- o palmiê recheado e coberto,
- o São Marcos,
- as tartes de amêndoa,
- o queque de chocolate,
- o salame
- o doce de cenoura
- o doce de leite
- o caracol
e muitos mais me lembro de observar por essas pastelarias alfacinhas, fabricados e concebidos, adocicados por essas padarias da cidade, nas matinais correrias de entregar o fresco bolo português e europeu no café e na montra mais perto do consumidor.
Da língua e das papilas gustativas, o açúcar, o creme fresco e doce que adoça a já adocicada boca dos cidadãos frequentes destes estabelecimentos.
No entanto, pouca ou nenhuma publicidade a estas iguarias da doçaria tradicional; no entanto por muita estranheza, ou talvez por muito dinheiro e influências envolvidas é o “Donuts” do dia que vimos tão amplamente publicitado e difundido.
Esse donuts, que não nego que seja agradável e de sabor esplêndido ao paladar, com essa forma cilíndrica circular que se une em si próprio, uma espécie de pescadinha de rabo na boca da doçaria norte-americana, amaplamente difundido pelo trabalhador inexperiente e desastrado da série televisiva, não deixa, de em comparação com a doçaria nacional portuguesa e europeia de ficar umas boas milhas em desvantagem.
E estranho é assertar, que o donuts, que evoca essa estrutura que mais se assemelha a um acelerador de partículas da doçaria, em que os átomos de açúcar fluem no sentido do campo magnético do local onde nos encontramos, apesar de ser um único elemento tem o 'S' no final; deve pertencer à mesma classe gramatical da palavra lápis.
E muito mais poderia ser dito sobre todos os outros doces que nos adoçam a manhã, na pastelaria mais próxima, desde essas de fabrico próprio, que nos aparecem frescos, cuja massa ao ser degustada, se mistura com a saliva e é deglutida de uma forma suave e amena.
O caracol que evoca a nossa galáxia, ou a forma divina, mágica de todas as espirais. Será que o caracol da doçaria nacional, na curvatura que faz sobre si mesmo, obedece à proporção definida pela constante áurea?
E o bolo de arroz, com essa forma templária, uma cúpula de doce arroz que se eleva nos céus, e cujos dentes do guloso trincam e degustam. Não é o arroz, o cereal do Oriente? Então é o bolo de arroz o mais iniciado dos doces, afável, de um brilho despercebido para não enjoar, mas de uma doce textura a massa que o constitui. Simples, modesto, sem muitos cremes, mas no entanto revela ser uma das mais procuradas iguarias da doçaria portuguesa
E o plamiê coberto, quanto açúcar contêm esse leque da doçaria nacional, assemelha-se a um leque de donzela da aristocracia francesa, linda, sublime, que com palavras entoadas num tom sensual, vai com a mão esquerda abanando o leque que a refresca, é o palmier coberto, amarelo, com o seu açúcar forte e rijo, quando trincado e misturado com a saliva forma uma mistura bastante calórica, no entanto irresistível.
Já o palmier recheado, essas duas camadas quadrangulares de massa com recheio entre elas, são deveras sublimes, deliciosas; o creme que as une e as separa é de uma amarelo de ovo delicioso. Esse creme é a massa que une os dois mosaicos, as duas placas, os dois azulejos; e se notarmos com mais alguma minúcia apercebermo-nos que na realidade os dois doces quadrados, são na realidade diversas tiras, verticais unidas entre si, uma espécie de duplo “kit kat” da nossa tão tradicional doçaria. Um hino aos preceitos quadrangulares!
No entanto, não posso deixar de referir um dos mais saborosos, no entanto fortemente calóricos doces que se encontram nas pastelarias da cidade que habito, o delicioso São Marcos. Com aquela estrutura cúbica, esbranquiçada na base e caramelizada no topo forma um cubo doce, agradável às papilas gustativas, suave, mas quando o pressiono com a face cortante do garfo de sobremesa, por vezes desfaz-se e custa a sua separação em partes devido à sua intrínseca estrutura, cujos átomos de açúcar parecem ter fortes laços magnéticos entre si. Seria preciso estudar mecânica quântica para entender os fenómenos que unem as estruturas de massa de um tão agradável e delicioso São Marcos.
E aquele que mete o donuts do dia no canto depois de um KO impiedoso é o tão afamado pastel de nata, estrutura circular regular, é uma espécie de cone cortado invertido. Seria assim por certo a sua receita geométrica:
Pegue num cone simples,
Inverta-o sobre o eixo do zenite,
Agora com muito cuidado faça um corte com um plano alinhado com a horizontal, mais ou menos a dois terços da base.
Colore-o com um amarelo suave, e enrije-o um pouco,
De seguida preencha o seu interior com um recheio cujo espessura e densidade satisfaçam o mais requintado dos adoradores de doçaria
Cubra o seu topo com um círculo ligeiramente escurecido, aqueça-o e sirva com a temperatura que achar conveniente.
E muito mais poderia ser dito de todos esses altares e menires, esses cromeleques, esses templos de criança, que brinca alegremente, essas massas, esses recheios, o açúcar e o ovo, palavra capicua. Por isso o donuts do dia é apenas o renegado dos deuses do olimpo dedicados à doçaria, quando comparado com as deidades adocicadas que se exibem nas pastelarias da metrópole que habito.
E onde estão as campanhas publicitárias em seu louvor? Para quê?
O saber e o sabor falam por si!!!