Os pássaros cantam
As árvores que os acolhem
Suas flóreas ramagens
As folhas no chão
O Outono parece, tardou a vir
As árvores desnudas
Um pátio vazio
Folhas no chão: É Inverno
Escrevo no frio
Dois bancos alinhados
Um pátio de antigas Oliveiras
Duas belas donzelas
O tempo é ameno
Os pássaros cantam no Inverno
Alegria e felicidade
Um velhote passeia
Aprecia, deleita-se com a idade
O requinte da vida
O jogo do galo
dos antigos tempos de menino
Antigas memórias
Coordenadas geográficas
Do banco do jardim que escrevo
Algures Norte, Oeste
Piso o alcatrão
Como as folhas do Outono
neste ameno Inverno
As árvores nuas
que Desejo, sensual e emotivo
neste ameno Inverno
Os braços acolhem as aves
As aves entregam-se e encantam
As árvores engrandecem
Um pátio onde escrevo
Dois bancos e umas flores
As crianças brincam
A noite aproxima-se
As crianças soletram palavras
O novo ano está perto
O novo ano da harmonia
São horas de abraçar a alegria
A poesia Oriental
Não relva, alcatrão
sob os meus parcos pés
Os pássaros alegram-se
Cantam contentes
Neste vale urbano de folia
O silêncio aproxima-se
A alegria aproxima-se
O reencontro com a Natureza
Cresço com o ano Novo
O ano Novo está perto
O solstício do crescente
Os pássaros cantam em árvores desnudas
João Lopes Ferreira
31/12/2007
algures num pátio nos Olivais
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