O automóvel, vulgo carro, foi e por certo será por muitos mais anos o meio de transporte de eleição das sociedades ocidentais. É prático, oferece alguma liberdade na movimentação quotidiana dos habitantes das polis, e salvo algumas, agora muito mais frequentes exceções, é fácil de estacionar, pois os parques citadinos começam a abundar. No entanto, por certo que nunca poderá ser o meio do futuro, o meio das metrópoles das novas gerações, e todas as cidades cujos arquitetos, urbanistas e políticos camarários tiveram algum intento visionário na sua conceção, tiveram por certo de apetrechar tais urbes com o transporte da multidão, do público, dos cidadãos.
Uma carruagem do metropolitano pode, em situações de pleno conforto aos seus ocupantes ter pelo menos cinquenta passageiros; no mesmo espaço, caberiam quatro veículos automóveis, que em média nas cidades devem conter dois passageiros, o que dará oito cidadãos. As cidades visionárias têm de ser concebidas para o futuro e imagino, eu, mente por vezes sectária e ortodoxa, outras vezes sonhadora e visionária, as cidades do futuro super populosas, onde por certo o automóvel nunca terá lugar de existência. Observemos grandes metrópoles como por exemplo, Nova Iorque, Hong Kong, Xangai, e vemos o quão importante é o transporte coletivo. Em Nova Iorque, onde a política americana para o transporte público durante muitos anos se limitou ao sector urbano, o transito por certo, nunca lá estive, é literalmente caótico, e os meios de transporte público nunca publicitados nos meios cinematográficos, são raros e os que existem face à tecnologia da nação em causa são deficitários. Já em Hong Kong, cidade que gostaria de visitar um dia, parece-me que dada a elevada densidade populacional, foi uma cidade com projeção futurística, onde o transporte coletivo foi uma grande aposta. Creio que essa mistura étnica e tecnológica entre saber colonial britânico e espírito regrado de trabalho Oriental deve ter proporcionado aos arquitetos de Hong Kong fazerem uma metrópole moderna e de futuro. O mesmo, creio, pode ser aplicada às grandes urbes do Oriente, cidades hiper populosas, onde o número de habitantes é enorme dada as suas dimensões, não se podem dar ao luxo que os seus cidadãos tenham cada um automóvel para irem onde quiserem. Se os chineses usam muito a bicicleta, não é por certo por razões ambientais, pois o crescimento económico de tal nação não pode ser suportado com restrições de tal ordem, o ambiente é secundário; foi antes por questões de pragmatismo urbanístico. Onde caberiam tantos automóveis em cidades tão populosas. E o mesmo talvez se aplique à América Latina.
Estou perdido nos pensamentos ao me aperceber que na realidade a densidade populacional de Pequim é na realidade inferior à de Lisboa, bem agora perco razão ao que digo, mas por certo está relacionado com a área muito superior do distrito de Pequim. E o mesmo a Hong Kong. Mas eu, nesta pequena missiva que faço sobre a simbologia automóvel quero ficar perplexo, com as contrariedades engraçadas dos apetrechos do carro, por isso mudo o estilo da escrita, torno-a mais sublime, mais poética, uma espécie de prosa-poética em homenagem a todos os mágicos adereços que os automóveis das cidadelas do Ocidente podem comportar, desde o contrário travão-de-mão; quão estranha é esta peça de auxílio à paragem do veículo que utilizamos quando estacionamos a viatura, pois para travar, para parar, elevamo-lo, erguemo-lo, fazemo-lo subir e depois de erecto trava o carro; não é por certo este fenómeno contrário à razão carnal e humana. E mudanças, porquê sempre cinco na maioria dos automóveis? E o que mais me intriga é o escape, esses jovens sempre prontos a quitarem, a apetrecharem as suas viaturas com imponência e realce, colocam aqueles espessos escapes, firmes, hirtos, que deitam o fumo queimado pela combustão do veículo, o escape, que situado na traseira do carro, e largando dejetos do automóvel, tem uma simbologia um pouco estranha, lembrando os despojos de uma criatura rápida, célere, em movimento. Mais uma contrariedade da figura automóvel.
O motor, é o coração, é a máquina vital à aceleração da viatura, promove a inércia, faz com que esta máquina divina obedeça à lei da variação de velocidade postulada pelo mais grandioso físico Britânico com nome de semita. O motor, a peça chave desta máquina de movimento, é por vezes poluente e trágico aos olhares das polícias rodoviárias. Para esses jovens rebeldes que adulteram as suas viaturas com o intento de as tornarem mais poderosas, o motor está obviamente relacionado com a força motriz, com o impulso, com o vigor humano, com a força dos seus músculos, com a potência da sua fértil verga. É por isso que vejo essas rivalidades entre imbecis e inconsequentes moços, com as suas viaturas quitadas, em competição por nada, e quando as miúdas estão por perto, o desejo de auto afirmarem a sua virilidade aumenta, aumentando consequentemente a profundidade do pedal do acelerador das suas máquinas motrizes.
Os faróis são os olhos, os piscas são os braços que acenam e cujas mãos levantam o polegar, ou os piscas são simplesmente os olhos a piscar. Numa bela donzela, voluptuosa, os faróis, tal como refere o mais vil calão dos bairros degradados, os faróis são por mais que evidente as suas duas protuberâncias que lhe embelezam a estatura, e quando nos máximos, enchem e encadeiam de desejo o mais celibatário dos transeuntes.
As portas serão os braços, que se abrem e podem dar asas para voar; quantas imagens vemos nós em desenhos animados de automóveis, estes esvoaçando na atmosfera, com as portas a suportarem tais diferenças locais de pressão atmosférica, que permitem qualquer ave voar. Os pés e as mãos são as rodas; se o coração é a fonte da motricidade, os pés são o meio pelo qual essa mesma força é transferida, e o qual entra em contacto com o solo. A sola dos sapatos, são os pneus, que providenciam a aderência, a suavidade ou a rigidez do contacto com a superfície.
E tal como os jovens da metrópole se exibem com as suas máquinas infernais de vigor, potência, força, esse aparato que é não mais que uma mescla de tecnologia nos campos da mecânica, eletrónica e aerodinâmica; gostam também de embelezar as suas máquinas de movimento, colocam-lhes autocolantes, e fazem pinturas peculiares, como o belo galã que se veste bem, e coloca aqueles pequenos detalhes de realce na sua já cara indumentária, também estes lhes colocam luzes, para atrair as atenções visuais das redondezas por onde vagueiam, normalmente à noite. E como não poderia deixar de referir o campo do audível, enchem tais maquinetas andantes com os sistemas de som mais potentes e encarecidos que o mercado automóvel alguma vez observou. Tal como o alegre e divertido negro passeia na praia com o rádio sobre o ombro, tradição um pouco já esquecida com o advento do MP3, também os rapazes do xuning adoram vaguear pelas ruelas das metrópoles e fornecer variações de pressão atmosférica à multidão, muitas vezes não requisitada, e muitas mais vezes nada melódica, limitando-se na maioria dos casos a meras batidas de música eletrónica. Sonho em ter tais aparatos de tecnologia, mas para ouvir a terceira Sinfonia de Beethoven para piano. Isso sim é de louvar! Aliás, a música dita clássica, deveria dizer-se erudita, é a mais internacional de todas as músicas pois não tem letras, apenas sons, e a melodia é poética e muito mais rica do que quaisquer ritmadas citadinas.
O carro, mobilidade, tecnologia, conforto, decadência, desconforto grupal, uma tragédia ao coletivismo urbanístico, belo, pessoal, diz muito sobre a personalidade de quem o tem, desde a cavalagem à aparência exterior; desde o delinquente que tem o carro mais podre do mercado que mal anda, ao político abastado que anda nos topos de gama das marcas da indústria automóvel; diz muito sobre o indivíduo.
O carro, inimigo da nação humana, dado o combustível que consome, vejo quantos meios de transporte são construídos por esses continentes fora, por esses mundos, e tantos milhões dedicados a auto-estradas, a via rápidas, a estradas e "estradecas", a ruas e ruelas rodoviárias. Quantos já morreram dentro de um automóvel, quantos morrem diariamente, em todo mundo dentro de um automóvel por velocidades que por certo estão relacionadas com paragens cárdiorrespiratórias: Muita tensão, e o carro imove-se, má condução e o veículo pára para a morte. Quantas tragédias por esse mundo fora em torno do automóvel? Quantos milhões despendidos no seu aperfeiçoamento? Quantas guerras foram travadas pelo combustível que consome, desde os continentes de África até ao Oriente Médio? As guerras e as tragédias em homenagem ao veículo automóvel.
E tudo começou com o advento daquele senhor industrial que mecanizou a sua produção em linha, nos princípios do século vinte. Desde então nunca mais parou em todo o mundo, e se tal crescente não parar, ou se pelo menos não regredir, haverá por certo o caos humano do planeta Terra, em termos ambientais e civilizacionais.
Uma carruagem do metropolitano pode, em situações de pleno conforto aos seus ocupantes ter pelo menos cinquenta passageiros; no mesmo espaço, caberiam quatro veículos automóveis, que em média nas cidades devem conter dois passageiros, o que dará oito cidadãos. As cidades visionárias têm de ser concebidas para o futuro e imagino, eu, mente por vezes sectária e ortodoxa, outras vezes sonhadora e visionária, as cidades do futuro super populosas, onde por certo o automóvel nunca terá lugar de existência. Observemos grandes metrópoles como por exemplo, Nova Iorque, Hong Kong, Xangai, e vemos o quão importante é o transporte coletivo. Em Nova Iorque, onde a política americana para o transporte público durante muitos anos se limitou ao sector urbano, o transito por certo, nunca lá estive, é literalmente caótico, e os meios de transporte público nunca publicitados nos meios cinematográficos, são raros e os que existem face à tecnologia da nação em causa são deficitários. Já em Hong Kong, cidade que gostaria de visitar um dia, parece-me que dada a elevada densidade populacional, foi uma cidade com projeção futurística, onde o transporte coletivo foi uma grande aposta. Creio que essa mistura étnica e tecnológica entre saber colonial britânico e espírito regrado de trabalho Oriental deve ter proporcionado aos arquitetos de Hong Kong fazerem uma metrópole moderna e de futuro. O mesmo, creio, pode ser aplicada às grandes urbes do Oriente, cidades hiper populosas, onde o número de habitantes é enorme dada as suas dimensões, não se podem dar ao luxo que os seus cidadãos tenham cada um automóvel para irem onde quiserem. Se os chineses usam muito a bicicleta, não é por certo por razões ambientais, pois o crescimento económico de tal nação não pode ser suportado com restrições de tal ordem, o ambiente é secundário; foi antes por questões de pragmatismo urbanístico. Onde caberiam tantos automóveis em cidades tão populosas. E o mesmo talvez se aplique à América Latina.
Estou perdido nos pensamentos ao me aperceber que na realidade a densidade populacional de Pequim é na realidade inferior à de Lisboa, bem agora perco razão ao que digo, mas por certo está relacionado com a área muito superior do distrito de Pequim. E o mesmo a Hong Kong. Mas eu, nesta pequena missiva que faço sobre a simbologia automóvel quero ficar perplexo, com as contrariedades engraçadas dos apetrechos do carro, por isso mudo o estilo da escrita, torno-a mais sublime, mais poética, uma espécie de prosa-poética em homenagem a todos os mágicos adereços que os automóveis das cidadelas do Ocidente podem comportar, desde o contrário travão-de-mão; quão estranha é esta peça de auxílio à paragem do veículo que utilizamos quando estacionamos a viatura, pois para travar, para parar, elevamo-lo, erguemo-lo, fazemo-lo subir e depois de erecto trava o carro; não é por certo este fenómeno contrário à razão carnal e humana. E mudanças, porquê sempre cinco na maioria dos automóveis? E o que mais me intriga é o escape, esses jovens sempre prontos a quitarem, a apetrecharem as suas viaturas com imponência e realce, colocam aqueles espessos escapes, firmes, hirtos, que deitam o fumo queimado pela combustão do veículo, o escape, que situado na traseira do carro, e largando dejetos do automóvel, tem uma simbologia um pouco estranha, lembrando os despojos de uma criatura rápida, célere, em movimento. Mais uma contrariedade da figura automóvel.
O motor, é o coração, é a máquina vital à aceleração da viatura, promove a inércia, faz com que esta máquina divina obedeça à lei da variação de velocidade postulada pelo mais grandioso físico Britânico com nome de semita. O motor, a peça chave desta máquina de movimento, é por vezes poluente e trágico aos olhares das polícias rodoviárias. Para esses jovens rebeldes que adulteram as suas viaturas com o intento de as tornarem mais poderosas, o motor está obviamente relacionado com a força motriz, com o impulso, com o vigor humano, com a força dos seus músculos, com a potência da sua fértil verga. É por isso que vejo essas rivalidades entre imbecis e inconsequentes moços, com as suas viaturas quitadas, em competição por nada, e quando as miúdas estão por perto, o desejo de auto afirmarem a sua virilidade aumenta, aumentando consequentemente a profundidade do pedal do acelerador das suas máquinas motrizes.
Os faróis são os olhos, os piscas são os braços que acenam e cujas mãos levantam o polegar, ou os piscas são simplesmente os olhos a piscar. Numa bela donzela, voluptuosa, os faróis, tal como refere o mais vil calão dos bairros degradados, os faróis são por mais que evidente as suas duas protuberâncias que lhe embelezam a estatura, e quando nos máximos, enchem e encadeiam de desejo o mais celibatário dos transeuntes.
As portas serão os braços, que se abrem e podem dar asas para voar; quantas imagens vemos nós em desenhos animados de automóveis, estes esvoaçando na atmosfera, com as portas a suportarem tais diferenças locais de pressão atmosférica, que permitem qualquer ave voar. Os pés e as mãos são as rodas; se o coração é a fonte da motricidade, os pés são o meio pelo qual essa mesma força é transferida, e o qual entra em contacto com o solo. A sola dos sapatos, são os pneus, que providenciam a aderência, a suavidade ou a rigidez do contacto com a superfície.
E tal como os jovens da metrópole se exibem com as suas máquinas infernais de vigor, potência, força, esse aparato que é não mais que uma mescla de tecnologia nos campos da mecânica, eletrónica e aerodinâmica; gostam também de embelezar as suas máquinas de movimento, colocam-lhes autocolantes, e fazem pinturas peculiares, como o belo galã que se veste bem, e coloca aqueles pequenos detalhes de realce na sua já cara indumentária, também estes lhes colocam luzes, para atrair as atenções visuais das redondezas por onde vagueiam, normalmente à noite. E como não poderia deixar de referir o campo do audível, enchem tais maquinetas andantes com os sistemas de som mais potentes e encarecidos que o mercado automóvel alguma vez observou. Tal como o alegre e divertido negro passeia na praia com o rádio sobre o ombro, tradição um pouco já esquecida com o advento do MP3, também os rapazes do xuning adoram vaguear pelas ruelas das metrópoles e fornecer variações de pressão atmosférica à multidão, muitas vezes não requisitada, e muitas mais vezes nada melódica, limitando-se na maioria dos casos a meras batidas de música eletrónica. Sonho em ter tais aparatos de tecnologia, mas para ouvir a terceira Sinfonia de Beethoven para piano. Isso sim é de louvar! Aliás, a música dita clássica, deveria dizer-se erudita, é a mais internacional de todas as músicas pois não tem letras, apenas sons, e a melodia é poética e muito mais rica do que quaisquer ritmadas citadinas.
O carro, mobilidade, tecnologia, conforto, decadência, desconforto grupal, uma tragédia ao coletivismo urbanístico, belo, pessoal, diz muito sobre a personalidade de quem o tem, desde a cavalagem à aparência exterior; desde o delinquente que tem o carro mais podre do mercado que mal anda, ao político abastado que anda nos topos de gama das marcas da indústria automóvel; diz muito sobre o indivíduo.
O carro, inimigo da nação humana, dado o combustível que consome, vejo quantos meios de transporte são construídos por esses continentes fora, por esses mundos, e tantos milhões dedicados a auto-estradas, a via rápidas, a estradas e "estradecas", a ruas e ruelas rodoviárias. Quantos já morreram dentro de um automóvel, quantos morrem diariamente, em todo mundo dentro de um automóvel por velocidades que por certo estão relacionadas com paragens cárdiorrespiratórias: Muita tensão, e o carro imove-se, má condução e o veículo pára para a morte. Quantas tragédias por esse mundo fora em torno do automóvel? Quantos milhões despendidos no seu aperfeiçoamento? Quantas guerras foram travadas pelo combustível que consome, desde os continentes de África até ao Oriente Médio? As guerras e as tragédias em homenagem ao veículo automóvel.
E tudo começou com o advento daquele senhor industrial que mecanizou a sua produção em linha, nos princípios do século vinte. Desde então nunca mais parou em todo o mundo, e se tal crescente não parar, ou se pelo menos não regredir, haverá por certo o caos humano do planeta Terra, em termos ambientais e civilizacionais.
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