Vagueio pelas ruas da cidade e indago sempre, e sempre questionarei sobre a origem dos símbolos e dos respectivos significados. Caminho, ser pensante, vagabundo, pois vagabundo é aquele que vagueia pelo mundo. Mas um vagabundo culto, literado, erudito, e sabedor das géneses das representações pictóricas que abundam nas metrópoles. Caminho e vejo muita gente, muitas pessoas a divagar, a caminharem, ao que parece sem destino ou propósito, e nos seus quotidianos absorvem as imagens que as rodeiam. Se há milhares de anos, as representações, as imagens que os ancestrais seres observavam eram apenas sinais dos tempos, formações astronómicas, geófisicas e geográficas, apenas representações anatómicas do Homem, e também dos animais; já nos tempos modernos e com a capacidade que o ser humano adquiriu ao produzir a arte, ao se libertar das banais rédeas da concepção e reprodução, o homem começou a representar diversas formas pictóricas, coloridas, afloradas com belos cenários, traços, formas, silheutas que lembram as ancestrais representações. O homem não é por natureza um animal nocturno, a lua no seu percuros luminosos sinusoidal foi sempre a única fonte de iluminação pública que contemplou o ser humano, muito antes das iluminações que contemplaram Londres ou Paris, vulga cidade das luzes. Na lua, encontramos a génese da luminosidade noctígava, e fonte da luz, no entanto nas metróploes modernas, com o advento da electricidade, com o advento do transistor, com o advento do entretenimento de fonte luminosa eléctrica, apareceu o ser nocturno moderno. Aquele que se deixa iluminar pelo ego, pela luz criada por si própria, pela luz interior, pela luz que o próprio homem concebe. O ser da noite cosmopolita moderna. Diverte-se, aprecia os momentos de lazer e fobia na noite. O homem a partir de tal momento passou a ser um ser nocturno artificial, no entanto adaptou-se, e pareceu fruir de uma criatividade e folia nocturnas que até então nunca tinha tido opurtunidade de desfrutar. O Homem nocturno, aquele que vagueia pela noite cosmopolita.
Mas é durante o dia que que vagueio, pois a noite é para a reflexão, é para a entrega aos deuses da razão e da arte, entrego-me aos espíritos das letras, das letras singulares que conjuntas formam as palavras escritas. Documento os pensamentos que fluem a cada letra, a cada frase. Foi durante o dia que imaginei, e que me surgiu na mente pensante, que talvez a letra H tão difundida e venerada pelos arianos, fosse na realidade um altar aos astros boreais. Posso estar senil, ou talvez com os pensamentos um pouco deturpados, mas creio, e a razão di-lo-mo que talvez a letra H, seja quem sabe uma forma diferente de escrever a suástica. Imagino-me, como uma craiança harmoniosa, a brincar com pequenas tiras de madeira, imagino-me a dispor tais pequenas hastes em diferentes formas e sentidos ou direcções, e pego eu nas pequenas hastes que formam e letra H e converto-as numa suástica.
E quando encontrei eu tal enigma? Quando descobri eu tal paradigma? Vivo em Lisboa, cidade replecta de pequenos bares e cafés, pequenos estabelecimentos comerciais, pequenas lojas, onde se transaccionam bens, produtos, onde se comercializa, onde se bebe um café, onde fumava uns cigarros, que por questões de salutares recomendações médicas ficaram arquivados pelo passado, cafés, onde se consomem bens consumíveis, onde no final se pede a conta, acto latentemente luxiriante. E num café, num estabelecimaneto comercial, onde a moeda é transaccionada, não mais é que um lugar de fortes traços caldaicos, ou chamá-lo-emos judaicos. Tal é natural, onde o dinheiro circula, existe por certo influência judaica por perto.
As batalhas entre os povos do sul e do norte, não são recentes, tento eu apenas considerá-las e observá-las, tento enquanto ser pensante compreender as formas de luta. E bem sei, e reconheço no íntimo que tais formas são bem mais latentes e subtis que umas meras balas projectadas pelos canos de umas armas de fogo. São as batalhas financeiras, económicas, guerras linguísticas e simbólicas. E num café, encontro eu a forma ariana da iconografia popular portuguesa. O H à entrada da casa de banho dos homens. É certo e sabido que a um local como uma casa de banho pública associam-se actos por certo menos asseados. Será isto apenas uma pequena batalha entre os polos?
Talvez não, tenho de encontrar a génese para tais actos. Freud, o Homem que revolucionou a forma de observar o Eu, que descobriu algo mais além sobre o Ego, sobre a entidade, ou pelo menos se tais preceitos sobre o individuo já eram sabidos, foi Freud que os revelou ao mundo. Foi Freud que os deu a conhecer ao mundo profano, se é que se pode denominar assim os seres não contemplados pelo saber dos deuses. E Freud falou bastante dos vários estágios infantis da natalidade, da forma como a criança observa e conhece o próprio corpo, como se contempla a si própria, como obtém prazer com os diversos orgãos genitais do seu corpo. O conhecimento interior na idade adulta é reconhecer os prazeres dos estágios infantis, mas sempre obedecendo aos critérios e condicionantes do bom senso e da moral.
Pois talvez este ataque semita de colocar o H boreal nas casas de banho do país, talvez não tenha sido um ataque assim tão feroz, talvez relemebre ao adulto os tempos de criança, enquanto brincava alegremente com os orgãos corporais. No entanto não deixa de ser um ataque, pois para um ariano budista, a Harmonia, a Harmoniosa Habilidade para o reencontro vai muito mais além que um simples H colocado na fronte de um WC para o génereo masculino.
Mas não posso deixar de afirmar que o H boreal é muito mais que um H de Homem colocado na porta das casa de banho espalhadas pelo nosso país. O dicionário da língua portuguesa dá quase 2000 entradas de palavras começadas por H, o que não é de todo pouco para uma letra de certa forma afónica. Palavras importantíssimas e bastantes utilizadas nos textos portugueses, nos textos comuns, recebem a letra H como letra inicial, letra primeira, letra de começo da palavra. Será isto a latente adoração da língua portuguesa aos povos do norte? Haja História!
Hajam Hebraicos como estes para louvar os arianos desta forma.
Mas o Português é por vezes também anti-semita, é por vezes estranho, é conturbado e muitas vezes vai contra todos os preceitos da Humana Harmonia. É língua de dípolos distantes.
Será então o H a mais popular ariana representação do ser, na iconografia portuguesa?
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